RIO — Saul Zaentz, um lendário produtor de Hollywood, morreu nesta sexta-feira, aos 92 anos, em sua casa em São Francisco, por complicações decorrentes do Alzheimer. Ele ganhou três Oscars, por produzir "Um estranho no ninho" (1975), "Amadeus" (1984) e "O paciente inglês" (1996).
"Ele era um homem extraordinário", disse o produtor Paul Zaentz, sobrinho de Saul, com quem trabalhou por 37 anos. "Ele tinha muita coragem e integridade."
Antes de enveredar pela indústria cinematográfica, Saul atuava no ramo musical. Ele lançou a banda Creedence Clearwater Revival pelo seu selo Fantasy Records.
"Um estranho no ninho", estrelado por Jack Nicholson e baseado no romance de Ken Kesey, rendeu a Zaentz o seu primeiro Oscar, que ele compartilhou com Michael Douglas, que também produziu o filme. Ao todo, o longa venceu cinco estatuetas, um feito raro para a época.
Em coerência com sua carreira musical do passado, ele conquistou o segundo Oscar por "Amadeus", sobre a vida e música do compositor Wolfgang Amadeus Mozart. O filme levou oito prêmios para casa, incluindo o de melhor ator para F. Murray Abraham. Já "O paciente inglês" ganhou nove Oscars.
Zaentz ainda produziu uma versão animada de "O Senhor dos Anéis" (1978), "O último acerto" (1973), "Three warriors" (1977) e "Brincando nos campos do Senhor" (1991). Ele também foi produtor-executivo de "A costa do mosquito" (1986), de Peter Weir.
Zaentz deixa quatro filhos e sete netos.