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Competição da Mostra Tiradentes é marcada por ausência de filmes do RJ e SP

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Já consagrada como importante vitrine do cinema experimental brasileiro, a Mostra Tiradentes chega à 17ª edição confirmando que a descentralização da produção independente caminha a passos largos. Nenhum dos sete títulos que disputarão o troféu Barroca da seção Aurora, a seção competitiva da maratona mineira, que acontece entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, são do Rio ou de São Paulo.

— Chama atenção o fato de que o cinema de Minas Gerais vem forte, com quatro filmes na competição. Mas Tiradentes confirma a tendência debatida na mostra de 2013, de que a regionalização é um fato também na produção independente — afirma o crítico Cléber Eduardo, curador da mostra.

A produção mineira é representada pelos documentários “A vizinhança do tigre”, de Affonso Uchoa, e “O bagre africano de Ataleia”, de Aline X e Gustavo Jardim; a ficção “Aliança”, de Gabriel Martins, João Toledo e Leonardo Amaral, e o filme de linguagem experimental “A mulher que amou o vento”, de Ana Moravi. Os demais candidatos também transitam entre as narrativas tradicionais: o paranaense “Aquilo que fazemos com as nossas desgraças” (experimental), de Arthur Tuoto, o paraibano “Bat-guano” (ficção), de Tavinho Teixeira, e o brasiliense “Branco sai, preto fica” (documentário), de Adirley Queirós.

— Os critérios de seleção partiram de um pressuposto: um entendimento panorâmico dos estilos e dramaturgias em jogo no cinema brasileiro contemporâneo. — explica Cléber.

A 17ª Mostra Tiradentes, que abre o calendário de festivais brasileiros, tem como tema Processos Audiovisuais de Criação, e pretende discutir a inventividade e originalidade dessa produção. O homenageado é o ator paulistano Marat Descartes, conhecido por seu trabalho em filmes como “Os inquilinos” (2009), de Sergio Bianchi, e “Trabalhar cansa” (2011), de Marco Dutra e Juliana Rojas. “Quando eu era vivo”, o novo filme de Marco Dutra, protagonizado pelo homenageado, ainda inédito no circuito, é o título de abertura.

O tributo a Descartes inclui uma retrospectiva de seus trabalhos no cinema, com títulos como “Uma dose violenta de qualquer coisa”, de Gustavo Galvão; o média-metragem “E além de tudo me deixou mudo o violão”, de Anna Muylaert, entre outros.


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