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O rei do mangá Osamu Tezuka ganha mostra no Rio

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RIO - “O pai do mangá”, “o padrinho do anime”, “O Walt Disney japonês”... o cartunista, roteirista e animador Osamu Tezuka tem apostos suficientes para que sua obra seja largamente reconhecida e admirada no Japão. No fim de janeiro janeiro, a segunda parte da animação com seu personagem “Buda” será o primeiro filme a ter sua première mundial do Museu do Louvre, em Paris. No Brasil, seu legado ainda é de conhecimento restrito aos seguidores dos quadrinhos e desenhos animados orientais, mas uma chance de contato com a obra do artista gráfico, morto em 1989, é a exposição “Tezuka — O rei do mangá".

Em cartaz desde a noite de terça no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, o Castelinho do Flamengo, a mostra reforça a tradição do local, que já abrigou a Bienal de Quadrinhos na década de 1990 e, mais recentemente, eventos dedicados a ilustradores brasileiros e a Comic-Mania. A curadoria ficou a cargo da cenógrafa Daniela Thomas e da designer Mari Alves Pinto, que apresentam as várias facetas do criador de personagens de sucesso, como o Astro Boy, e Kimba, The White Lion.

— Essa mostra é uma pílula sobre Osamu Tezuka. A ideia é mostrar quem foi esse cara e um pouquinho das coisas lindas que ele fez. Sem Tezuka, não existiria “Avatar”. — explica Daniela, fazendo referência ao filme de James Cameron.

A exposição destaca os principais personagens de Tezuka, amplia detalhes das cuidadosas paisagens desenhadas por ele e exibe suas animações comerciais e experimentais, que lhe valeram a admiração de nomes como o cineasta Stanley Kubrick e o artista plástico Takashi Murakami.

— Tezuka é dono de uma produção incansável, exuberante, prolífica — enaltece Daniela, lembrando que, em 40 anos de carreira, o artista desenhou mais de 15 mil páginas e produziu cem animes. — Ele criou a indústria do mangá, criou inovações técnicas e estéticas, suas temáticas eram as mais variadas, com questões políticas, sexuais, incrivelmente dramáticas. Graças a ele, a cultura pop japonesa ganhou o mundo. Seu trabalho merece ser mais difundido.


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