LOS ANGELES (AP) — O responsável pelo desenvolvimento e produção da primeira temporada de "The walking dead" abriu um processo contra a emissora AMC pelo que afirma ser uma campanha para impedir que ele receba dezenas de milhões de dólares dos lucros da série. O roteirista e diretor indicado ao Oscar por “Um sonho de liberdade” e “À espera de um milagre” entrou com a ação na Corte Suprema de Nova York na terça-feira.
No processo, ele afirma que apesar das quatro temporadas da série terem alcançado “sucesso sem precedentes e rentabilidade” para os réus, ele não recebeu nenhuma parte dos lucros como desenvolvedor do programa. A AMC se recursou a comentar a ação, na qual também se afirma que Darabont foi demitido sem justificativa.
“The walking dead” foi criada pelo roteirista a partir dos quadrinhos de Robert Kirkman, um dos produtores do programa. A ação afirma que a AMC decidiu produzir a série internamente e pagou a si mesmo uma licença deliberadamente baixa para transmiti-la, incorrendo no que se qualificaria como “a prática inadequada e abusiva de ‘autocontratação’”.
“A única meta dessa transação fraudulenta é aumentar os lucros para a empresa matriz minimizando os lucros que vão para os fundos ‘comuns’ para os participantes do programa”, acrescenta o texto.
Darabont deixou a série no início da segunda temporada, com críticas públicas à AMC. Ele afirma que um acordo forma pedia que lhe pagassem como se a série fosse produzida por um estúdio não afiliado, que supostamente estaria envolvido em “negociações independentes e livres sobre cessão de direitos”.
Segundo declarações da AMC, para dezembro de 2012, dois depois da estreia do programa, “The walking dead” teria que superar um déficit de US$ 49 milhões antes que Darabont pudesse ver “seu primeiro dólar de lucro”.
“A fraude da AMC e a fórmula da cessão de direitos estão claramente desenhados para assegurar que os demandantes nunca vejam esse primeiro dólar”, assinala o processo.