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Fora do Eixo coloca a música independente em atividade

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O Macaco Bong não vem, mas o espirito do celebrado grupo de Goiás — que já lançou um disco batizado de “Artista igual pedreiro” e simboliza a nova postura dos artistas independentes do país — vai estar presente na terceira edição do festival Fora do Eixo. O evento, que começa hoje, às 20h30m, no Studio RJ, com show das bandas Me and The Plant e Fábrica, tem entrada franca. Ao final, o público poderá contribuir com o valor que achar justo, com o total sendo dividido entre os participantes.

O festival — realizado pelo Circuito Fora do Eixo e pelo coletivo carioca Ponte Plural — segue com shows em Niterói, amanhã, às 18h, na Praia de Icaraí, com as bandas Teatro Mágico, El Efecto e Nayah; em Nova Friburgo, sexta-feira, com Autoramas, Folks, O Vazio e Hell Oh!; e acaba, domingo, às 20h, no Circo Voador (entrada gratuita até 21h), com Gaby Amarantos, Tereza, Mahmundi e João Brasil.

— Esse festival dá continuidade ao trabalho que o Fora do Eixo tem feito no Rio há cerca de três anos, lançando bandas novas e tentando fortalecer a cena independente local — afirma Felipe Altenfelder, um dos coordenadores do Fora do Eixo, a rede de produtores culturais com 72 unidades espalhadas pelo país, que promove bandas e organiza festivais como esse. — E a Gaby, com quem temos uma relação antiga, representa bem esse novo modelo de artista independente e popular. Ela começou baseada na autopirataria e na iniciativa própria e hoje faz shows para 40 mil pessoas.

Seguindo essa trilha, estão artistas no festival como a cantora e instrumentista Mahmundi e a banda Tereza, além da novíssima Me and The Plant, projeto do cantor Vítor Patalano, cujo primeiro disco, “The romantic journeys of polen”, foi produzido por Kassin e tem participações de Rodrigo Barba (Los Hermanos) e Marcos Lobato (Rappa).

— Como em outras cidades, o cenário independente do Rio tem suas características e dificuldades, mas já aprendemos a transformar problemas em oportunidades — afirma Altenfelder. — Quando começamos, em 2005, buscamos iniciativas que não se limitassem aos grandes centros e pudessem fortalecer a descentralização da cultura independente do país. O fato de termos um dia do festival em Nova Friburgo simboliza um pouco isso.

Além de tocar festivais como o Fora do Eixo, o atuante grupo responde por projetos como a Rede Brasil de Festivais e a PósTV, com suas transmissões de eventos em formato de streaming pela internet. Tanta atividade faz com que o Fora do Eixo tenha sua representatividade reconhecida pelo Ministério da Cultura, onde sua voz tem sido cada vez mais ativa.

— Na gestão anterior, tivemos uma pequena ruptura de um diálogo iniciado há quase oito anos. Mas o momento é de retomada e estamos bastante animados com isso — garante Altelfender.


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