LONDRES — O público que assistiu à premiere da nova cinebiografia sobre Nelson Mandela, na noite de quinta-feira em Londres, foi informado sobre a morte do líder sul-africano após os créditos de encerramento. O produtor Anant Singh anunciou a morte ao final do filme, pedindo um minuto de silêncio. Na plateia, estavam o príncipe William e sua mulher, Kate.
“É uma notícia extremamente triste e trágica”, disse William ao sair do cinema.
O cancelamento da exibição de "Mandela: long walk to freedom" chegou a ser cogitado, mas as filhas do herói da luta contra o apartheid, presentes na sessão, pediram que ela fosse mantida. Ao chegar ao cinema, ainda no tapete vermelho, Zindzi Mandela chegou a dizer que seu pai estava bem.
Com o ator Idris Elba no papel de Mandela, o filme estreou esta semana na África do Sul, alcançado a maior bilheteria no país, com arrecadação de 4,4 milhões de rands (cerca de R$ 1 milhão).
“Eu visitei alguns cinemas no fim de semana e experimentei a resposta emocional ao filme com a plateia deixando as salas completamente satisfeita”, disse Anant Singh. "Para mim, como cineasta é muito recompensador”.
A produção britânica e sul-africana, baseada na autobiografia de Mandela, teve até agora apenas um lançamento limitado em Nova York e Los Angeles. O filme acompanha a vida do líder político desde sua infância numa remota área rural da África do Sul, através de seus anos de luta contra o Apartheid, os 27 anos de prisão e sua eleição como primeiro presidente negro, em 1994. “Mandela: long walk to freedom” ainda não tem data de estreia prevista no Brasil.
Nelson Mandela morreu na noite de quinta-feira em sua casa, em Johannesburgo. Ele tinha 95 anos, sofria de uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido sob cuidados médicos. Mandela esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e outras complicações.