Mesmo correndo o risco das pessoas acharem que só gosto de músicas fofas, depois de já ter dedicado colunas à doçura de Clarice Falcão e à banda Hidrocor, não posso deixar de indicar também um dos CDs que mais ouvi nas últimas semanas: “Pequenas margaridas”, da cantora Nana.
A bela baiana de 22 anos tem uma voz tão gostosa de escutar que me fez gostar de lavar louça. A pior parte de morar sozinho para mim é ter que lavar a louça. Acho muito chato, independentemente da música que eu coloque para me distrair. Mas, ouvindo a Nana, não apenas a atividade se tornou agradável, como também me peguei ensaiando uns passinhos de samba.
O som dela é uma coisa meio bossa nova, meio sambinha cool, com pitadas de Camera Obscura e Belle and Sebastian. Mas uma das coisas que me fez simpatizar de cara é que o álbum me lembrou de uma bandinha obscura que eu adorava quando adolescente, The Incredible Moses Leroy.
O álbum foi produzido pela própria Nana em sua casa. Não satisfeita em apenas ter uma voz deliciosa, ela também fez todos os arranjos e bases eletrônicas das 13 faixas de “Pequenas margaridas”.
Nana acaba de lançar o clipe da música “Montanha-russa”, que é uma explosão de fofura. No momento, minha favorita do CD é “I can’t fall in love”, mas “Expressionismo alemão” também é irresistível. Nunca mais vou assistir a “O Gabinete do Dr. Caligari” com os mesmos olhos.
Aqui tem ela cantando “Retrato pra Iaiá”, dos Los Hermanos. E aqui, “I will always love you”, da Whitney Houston.
Curtiu? Você pode ouvir o álbum inteiro no YouTube ou baixa-lo no site da cantora.