VENEZA – Lindsay Lohan aprontou novamente. Esperada no 70º Festival de Veneza para promover “The canyons”, de Paul Schrader (“A marca da pantera”), amargo e picante retrato dos bastidores da indústria de cinema de Hollywood, a atriz americana de longa ficha policial – que inclui acusação de roubo e direção em estado de embriaguez – não apareceu para a coletiva de imprensa e a sessão de gala do filme, programados para esta sexta-feira (30). Até ontem o nome de Lindsay estava na lista de presenças confirmadas da organização.
– Hoje eu sou um homem livre. Durante 18 meses convivi com uma atriz imprevisível. Lindsay se comprometeu a vir (a Veneza) para promover o filme e, não é exatamente uma surpresa, ela não está aqui. Portanto, podemos falar sobre “The canyons” e a performance dela como atriz, mas não vamos conversar sobre a vida particular dela – desculpou-se Schrader diante da plateia de jornalistas, mas sem deixar de elogiar o trabalho da atriz. – Lindsay é uma intérprete destemida, o único problema é que ela permite que sua vida particular interfira na profissional.
“The canyons” descreve a relação amorosa entre uma aspirante a atriz (Lohan) e um jovem produtor de cinema de Los Angeles, que levam uma vida sexual aberta a experiências com estranhos. O projeto, financiado no esquema de crowdfunding, causou certo escândalo pelas cenas de nu frontal com os protagonistas, e a escolha de um ator pornô profissional, James Deen, para o principal personagem masculino da história. Na ausência de Lohan, este acabou se transformando na principal atração do encontro com a imprensa, durante a qual teve a chance de falar sobre o quão “educativo” foi sua primeira experiência fora do universo do filme adulto.
– É comum dizer que filme pornô não tem história, mas alguns têm, sim. A diferença de trabalhar para uma produção tradicional é que os atores têm mais tempo para desenvolver um personagem completo; nos filmes pornôs, não – explicou Deen. – Outra diferença é que a nudez não é feita para excitar a plateia.