RIO - No ar em “Amor à vida” como a autista Linda, Bruna Linzmeyer tem conseguido dividir a energia dispensada para a personagem com outras atividades. A atriz se matriculou no curso de balé (“Para me preparar para uma possível personagem no cinema”), faz aulas de canto semanalmente (“Tenho muita vontade de participar de um musical um dia, uma ópera rock, mas não sei se já estou pronta”), de pintura e ioga:
— A ioga me ajuda a manter a calma e a concentração. Sou muito agitada. Sou escorpiana, tenho 20 anos e quero fazer tudo ao mesmo tempo. E eu preciso me acalmar, senão eu enlouqueço, morro de ansiedade.
A partir de agosto, ela terá que conciliar mais um compromisso: começará a cursar História na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), “para entender melhor o mundo”. Férias, talvez? Quem sabe...
— Eu tenho uma superviagem programada. Quero passar meses conhecendo todas as capitais da Europa com Michel (Melamed, ator com quem ela se relaciona desde “Afinal, o que querem as mulheres?”). É inadiável, faremos assim que tivermos uma folga. O que é muito louco e bonito nessa profissão é que nada é completamente férias. Estarei sempre de olho num curso e verei as coisas com um olhar curioso, como uma fonte para um possível trabalho no futuro.
A última viagem que Bruna e Michel fizeram juntos foi para Nova York. Eles voltaram em março, após uma temporada de seis meses de estudos.
— Pensei em milhões de cursos para fazer que iam além da atuação, inclusive culinária. Optei pela escultura. Foi difícil, mas foi muito bom, porque, como eu não tinha nenhuma obrigação, me abri para o que todo mundo ali tinha para me falar — observa a atriz.
O casal acabou importando a experiência de morar junto em Nova York para o Rio:
— Foi fluido, deu certo. Somos muito parceiros e nos respeitamos muito.
Com tanta mudança em três anos, Bruna faz um balanço do presente:
— Desde que comecei, foram poucos e muito anos. Aconteceram muitas coisas boas e diferentes, tive muitas oportunidades. Olho para trás e penso como eu era uma menina. E ainda sou uma menina. Tive muitas experiências que me tornaram mais madura, mas não acho que seja completamente madura. Gostaria muito de fazer terapia, mas preciso de tempo para dormir.