RIO - Anunciada com estardalhaço em fevereiro de 2011, a parceria entre o Grupo Estação e o Sesc Rio chegou ao fim. Na época, Marcelo Mendes, diretor-presidente do Estação, disse que era um momento de retomada, em meio a dívidas e a ordens de despejo em dois cinemas. Para Felipe Reif, superintendente de produtos e serviços do Sesc Rio, era como se a instituição ganhasse sete novos complexos: Estação Rio, Estação Botafogo, Estação Ipanema, Laura Alvim, Barra Point, Vivo Gávea e Odeon.
Em julho deste ano, porém, o Sesc manifestou a decisão de romper a parceria. Em carta a Mendes, o administrador Maron Emile Abi-Abib falava em “realinhamento da atuação do Sesc Rio”. “Nossa prioridade é direcionar recursos em favor de programação educativa, com maior ênfase em instalações do próprio Sesc”, escreveu. Mas as negociações continuaram.
— Até que no começo de outubro veio uma nova proposta de renovação anual, com novos valores e outras contrapartidas. Concordamos. Disseram então que o projeto estava em análise na presidência. Só que, no dia 30 de novembro, mandaram outra carta, comunicando que não iriam renovar. Mas como das outras vezes as negociações continuaram, imaginamos que aconteceria o mesmo — lamenta Mendes.
Mais salas no Estação Rio e no Gávea
Em julho, quando recebeu a primeira carta, Mendes anunciou que talvez fosse obrigado a fechar algumas unidades. Mas agora, diz ele, a situação está melhor.
— Como essa insegurança se arrastava há meses, fomos tomando precauções, cortando custos. Fechamos a Laura Alvim, porque era inviável para nós. O Grupo Estação não fechará, mas terá um dia a dia mais duro do que tinha.
As salas mais complicadas são as duas do Estação Ipanema.
— O aluguel ficou caro demais. Há riscos, mas estamos buscando parcerias. Procuramos duas distribuidoras e dissemos: “Que tal se juntarmos forças para manter?” Acho que vai rolar. A situação do Estação Ipanema é preocupante, mas não é alarmante.
A posição das outras salas é mais tranquila, diz ele. O grupo renovou com a Petrobras o patrocínio do Odeon por mais um ano e meio. Já a renovação do Gávea com a Vivo é só em 2013.
— E temos o projeto de fazer uma quarta sala no Estação Rio e uma sexta no Gávea. Assim que passar janeiro começaremos as obras.
O anúncio do encerramento do contrato nesta época do ano traz outro agravante.
— Essa definição só ter acontecido agora me impediu de obter patrocínio para 2013 — diz, afirmando que cumpriu com as contrapartidas previstas, como beneficiar 90 mil comerciários com desconto de 60% no preço do ingresso.
