RIO - Ao entrar na Cidade do Rock, vire à direita, passe pela montanha-russa, dê uma espiadinha na área vip e, antes de chegar ao Palco Sunset, do lado oposto à Rock Street, atente à nova atração do festival: a Street Dance. O novo palco vai abrigar uma programação que engloba a apresentação de grupos de dança de rua, aulas de passinhos para o público e um concurso que vai distribuir prêmios no valor total de R$ 67 mil.
As incrições acontecem de quinta-feira (11) a 5 de agosto no site www.rockinrio.com, onde está o regulamento completo. É preciso baixar a música selecionada pela produção, criar uma coreografia e enviar um vídeo. Haverá uma votação popular, e as bandas finalistas vão se apresentar durante o festival, em uma disputa com os vencedores das edições de Madri e Lisboa. A vencedora receberá R$ 44 mil, segundo lugar, R$ 15 mil, e o terceiro, R$ 7 mil.
— A Street Dance é a grande novidade desta edição — diz Roberta Medina, vice-presidente do festival. — Nosso desafio sempre é a busca da inovação. A música é o que une tudo, mas está presente de várias formas. O que todo mundo faz no Rock in Rio? Dança! E o objetivo é criar uma programação para estimular que as pessoas cheguem cedo para aproveitar o dia inteiro e de forma tranquila.
A Street Dance vai funcionar de 14h a 0h, intercalada à programação dos palcos Sunset e Mundo. Miguel Colker, curador do novo palco, garante os clássicos da dança de rua, como b-boys e break, aliados a ritmos do momento.
— O estilo apresentado no palco vai respeitar a programação. No dia da Beyoncé, vamos seguir o estilo dela. Até no heavy metal vamos ter coreografias temáticas — explica. — A dança urbana cresceu. Já passamos da fase de provar que não é uma cultura marginal. Consolidamos o movimento como uma arte, assim como a dança contemporânea foi marginalizada, sendo chamada de coisa de hippie, e hoje é consagrada. Vamos mostrar o que há de melhor no Brasil.
As danças temáticas e a interação com o público ficam a cargo de uma companhia oficial, composta por dez dançarinos. Um dos integrantes do grupo, o coreógrafo Filipi Ursão acha que este é um dos melhores momentos para a dança de rua no Brasil, por conta de artistas que têm usado o recurso em seus shows.
— Essa oportunidade que o Rock in Rio está dando para a street dance é única. Certamente vai ser o nosso maior público, e queremos mostrar que qualquer um pode praticá-la, de idosos a crianças. Todos nós vivemos da dança e estamos numa fase positiva, porque artistas como Anitta e Naldo têm recorrido a coreografias, e isso dá um fôlego a mais para o nosso trabalho.