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‘Xingu’, de Cao Hamburguer, vira microssérie em quatro episódios

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RIO - Dirigido por Cao Hamburguer, o filme “Xingu” chega à televisão a partir do dia 25 de dezembro em formato de microssérie, em quatro episódios, antes do “Jornal da Globo”. O enredo narra a trajetória real de Cláudio (João Miguel), Orlando (Felipe Camargo) e Leonardo (Caio Blat), os irmãos Villas-Bôas. Parte da equipe da expedição Roncador-Xingu que, na época do governo Getúlio Vargas, pretendia explorar locais ainda desconhecidos do Brasil, os três se apaixonaram pela cultura indígena e foram responsáveis por preservar a cultura de diversas tribos com a criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961.

— Os irmãos Villas Bôas são alguns dos maiores heróis brasileiros e, ao mesmo tempo, os mais anônimos. A grande importância dessa adaptação é essa história estar disponível a uma quantidade de gente muito maior na televisão. Na TV, ela ganha um significado político e ideológico enorme — explicou o diretor de núcleo Guel Arraes, durante o evento de lançamento da microssérie para a imprensa, na manhã desta segunda-feira.

O diretor Cao Hamburguer conta que o auxílio de Guel foi fundamental para transformar o filme em um produto para a televisão. Além de cenas extras, a nova produção ganhou uma narração em off feita pelo ator João Miguel.

— Incluímos mais algumas cenas que haviam ficado de fora e retrabalhamos o conteúdo para deixar o ritmo um pouco mais acelerado. Fizemos um trabalho de edição que deixou a série com cara de TV de boa qualidade, gostosa de assistir na tela pequena — conta Cao.

O diretor e os atores contaram ainda sobre a experiência de preparação para o filme que, segundo Cao, começou 3 anos antes das gravações, com o processo de pesquisa. Para os atores, a convivência com os índios — que atuam no filme — ajudou muito a entender o processo pelo qual passaram os irmãos Villas-Bôas.

— Com a ajuda dos índios, entendemos melhor a trajetória dos irmãos. Moramos nas casas junto com eles, passamos semanas dentro da mata, aprendendo a fazer o que eles faziam. Para os índios, a atuação tem um outro sentido. Eles não estavam ali interpretando, e sim contando sua própria história. Talvez tenha sido a experiência cinematográfica mais forte que eu tive, principalmente pela responsabilidade de interpretar esses caras — relembra o ator João Miguel.

Caio Blat contou que várias das tribos com que a equipe trabalhou no Xingu têm acesso a internet e que ainda mantém contato com alguns deles.

— O gerador deles fica ligado apenas duas horas por dia. Às vezes, estou na internet e dá para perceber que eles ligaram o gerador: começam a pipocar vários índios em janelas no Facebook falando “Oi, Caio” — disse o ator.


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