RIO - Série estrelada por Marcelo Adnet nas noites de sexta-feira, "O dentista mascarado" não vai ganhar uma segunda temporada. Com audiência oscilante — em torno dos 13 pontos — , a comédia escrita por Alexandre Machado e Fernanda Young chega ao último capítulo daqui a duas semanas. Segundo o diretor, José Alvarenga, "não é fácil contar a história de um babaca no país da malandragem".
— Fomos mal de Ibope em São Paulo, os paulistas odiaram a gente. Faz parte do jogo, estamos felizes porque arriscamos — justifica ele, que já dirigiu séries como "Os normais" e "Minha nada mole vida".
Para Alvarenga, o principal diferencial da atração foi fugir da comédia de costumes e partir para algo totalmente ficcional. No entanto, ele reconhece, aumentar a “voltagem da sacanagem” foi um risco.
— A gente queria falar de sexo mesmo. Somos neuróticos sexualmente, eu Alexandre e Fernanda gostamos de falar desse assunto e todos os nossos programas têm esse viés. No “Dentista” temos a personagem da Taís Araújo que fala as maiores barbaridades, mas o público rejeitou. Talvez seja conservador — analisa ele, avisando que o último episódio será esclarecedor. — O público vai entender tudo o que é o dentista. Pensamos numa jogada genial para encerrar. Se tivesse segunda temporada, mudaríamos, já que não vai ter, vamos colocar no ar.
Apesar do fim da série, Alvarenga continua a parceria com Adnet e parte da equipe da comédia no “Fantástico”. No clima da Copa das Confederações, a dupla apresenta, no dominical, sete minutos e meio de esquetes sobre futebol.