RIO - O hype é mentiroso, mas às vezes fala a verdade. Em 2008, emergiu da blogosfera, muito alardeado, um quarteto de Nova York de nome esquisito, misturando punk, rock e afropop. Cinco anos e um sólido segundo disco depois, o Vampire Weekend está agora divulgando seu novo álbum, o excelente “Modern vampires of the city”, distante o bastante do CD de estreia pra ficar claro o amadurecimento, mas perto o suficiente pra reafirmar sua identidade sonora.
Gravado em Los Angeles e Nova York e produzido por Ariel Rechtshaid (Usher e Major Lazer) e o músico Rostam Batmangilj, tecladista e letrista da banda, “Modern vampires” é um álbum cheio de nuances, mais sombrio, orgânico e melódico que os anteriores.
Assim como sugere a capa do disco, a Big Apple é o pano de fundo para o álbum. “Obvious bicylcle” é uma balada harmônica e ácida na qual o vocalista Ezra Koenig se dirige a um amigo desempregado que não precisa fazer a barba porque “ninguém vai perder tempo com você”. “Step” é uma das melhores faixas, e carrega uma amostra do que o cantor da banda, hoje aos 29 anos, pensa sobre esse negócio de amadurecer: “Sabedoria é uma benção/Mas você trocaria isso pela juventude”.