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Washington Fajardo reflete sobre a qualidade de vida nas cidades

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RIO - Na semana passada, o arquiteto e urbanista Washington Fajardo teve seu nome anunciado pela Fundação Bienal de São Paulo como curador do pavilhão brasileiro na 15a Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza (de 28 de maio a 27 de novembro de 2016). Diretor do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, com longa trajetória dedicada às cidades e a projetos urbanos, Fajardo só deve divulgar o conteúdo da mostra brasileira no início de fevereiro, mas já adianta que, diferentemente de anos anteriores, o pavilhão não trará uma abordagem “historicista” da arquitetura. No pré-projeto que elaborou, selecionado numa concorrência entre cinco arquitetos convidados, ele pretende tratar de temas que considera fundamentais hoje para o setor, ligados, principalmente, à construção de uma melhor e mais justa qualidade de vida nas cidades. E diz que a proposta do curador-geral, Alejando Aravena, “está carregada desse otimismo”.

Você cuidará da representação brasileira num ano em que Veneza terá como curador o chileno Alejandro Aravena, fortemente identificado com questões urbanas e sociais. Isso foi determinante para a sua escolha?

O Aravena é um grande arquiteto. Como designer, tem projetos de muita qualidade, mas o que chama mais atenção no seu trabalho é a dedicação a temas sociais. Ele lidera um grupo que se chama Elemental, com propostas muito interessantes para a habitação. Ele diz que em geral, nas políticas de habitação social, você tem um dinheiro para fazer uma casa. Só que essa casa não resolve os problemas da vida daquela pessoa. Porque, diferentemente de outros bens, a casa não se deprecia, ela é uma plataforma de melhoria de vida. Então a lógica deles era fazer meia casa; a outra metade fica vazia. Isso permite que a pessoa, com o tempo, possa, através da autoconstrução, crescer a sua casa e obter mais qualidade de vida. O mais interessante nisso é a qualidade do design. A autoconstrução, quando acontece, não tira a qualidade do projeto arquitetônico. Acho que todo arquiteto latino-americano precisa se dedicar a esses assuntos.

A proposta da curadoria para a Bienal de Veneza tem o título “Reporting from the front” (“Notícias do front”). Como você a avalia?

O tema mostra que não vai ser uma bienal de caráter histórico. É uma mostra que está refletindo sobre o que acontece hoje. Os desafios da urbanização, das regiões metropolitanas, das megalópoles. É uma bienal mais prospectiva: como será esse mundo urbano, muito mais parecido com as condições latino-americanas, africanas, do sudeste asiático, do que com a experiência pregressa que nós temos, de cidades europeias. O tema dá uma certa eletricidade para esta bienal.

É verdade. A Albânia, por exemplo, vai tratar de migrações, com o tema “I have left you in the mountain”; a Alemanha, refugiados, com “Germany. Arrival country”. E como será o pavilhão brasileiro?

Não sou um curador, sou um arquiteto que fará uma curadoria, uma pessoa dedicada ao enfrentamento da realidade das cidades. E enfrentar a realidade das cidades é um pouco o que está contido na proposta desta bienal: como lidar com a realidade das cidades e como ter uma perspectiva de esperança nesse confronto. A proposta da bienal está carregada desse otimismo, de reconhecimento da arquitetura como valor cultural, que ajuda a resolver esses desafios. A forma final ainda precisa ser elaborada, mas quero falar de uma arquitetura que é conquistada. Usando como referência o Italo Calvino, no (livro) “Cidades invisíveis”, quando fala: “no inferno, reconhecer o que não é inferno e dar espaço para que isso possa florescer”. Uma arquitetura não necessariamente institucional, ou acadêmica, mas em que pessoas fazem um esforço de conquista da arquitetura. Quero falar do que estou tratando como “mensageiros”: pessoas que entendem que a arquitetura tem uma dimensão cultural e até espiritual, em certo sentido. Obviamente, esta é uma bienal que quer falar sobre o que acontece no mundo hoje. Um pavilhão brasileiro precisa falar desse contexto de crise em que estamos. A pergunta é: onde, diante dessa crise, podemos identificar a arquitetura como um meio pelo qual se produza melhor qualidade de vida, mais justiça, e, numa dimensão espiritual, onde se possa sentir uma certa plenitude humana?

Isso parece ser uma questão fundamental para você.

Tenho batalhado muito por isso, mas é uma luta de toda a classe dos arquitetos no Brasil, porque o modo institucional de se fazer arquitetura, o projeto, vem sendo destruído. Não é mais valorizado dentro do setor público brasileiro. E estamos diante de uma ameaça de maior flexibilização da lei de licitações, com o Regime Diferenciado de Contratos, o RDC. Significa que o governo poderá contratar obras sem projeto. Ele contratará construtoras, e elas terão esse papel de desenvolver os projetos. Isso é um grande risco. Nesse sentido, também quero que essa representação brasileira tenha uma dimensão política, de apresentar com muita clareza a força e o papel da arquitetura, que não é somente uma organização dos meios de produção da construção, mas uma dimensão de qualidade.

Você é muito associado ao Rio, onde desde 1999 está à frente do patrimônio. A cidade terá papel importante na mostra?

Quero dar um panorama que possa ser representativo do país, mas sinto que o Rio tem uma mensagem importante para passar. Não será uma mostra restrita à cidade, mas o Rio é uma inspiração, pelos diferentes aspectos do que tem para contar. Além da dimensão olímpica, há o fato de ser uma cidade que tenta se reafirmar, ser mais unida. Os debates urbanísticos que existem no Rio hoje são fundamentais para o Brasil e para as cidades do século XXI, essas cidades de grande concentração urbana, de desigualdades territoriais, necessidades de infraestruturas. Mas que, ao mesmo tempo, têm uma pulsação vibrante que vem das periferias, das concentrações de populações negras, da juventude, da força da cultura e da dimensão amorosa da cidade.


‘Sou inquieto e gosto de estar ocupado’, diz Kiko Mascarenhas

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_C4A7030.jpgRIO - Apesar de ter encarnado os mais diferentes tipos na televisão, os últimos personagens de Kiko Mascarenhas têm em comum o humor. O ator, que vem emendando um papel no outro, pode ser visto agora em duas produções na Globo. Está na nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo”, exibida aos domingos, às 14h25m — ele faz Galeão Cumbica no humorístico. Interpreta ainda Gomes, o assessor pessoal de Michele (Taís Araújo), em “Mister Brau”, série que vai ao ar às terças-feiras, às 22h20m (e encerra sua primeira temporada no dia 29).

— Isso de ficar fazendo sempre o mesmo tipo não aconteceu comigo. Foi sorte. Tenho participado de séries cômicas, mas são possibilidades de humor diferentes — diz o ator, que viveu o picareta Tavares em “Tapas & beijos”.

A série estrelada por Andréa Beltrão e Fernanda Torres chegou ao fim em setembro depois de cinco anos no ar. Antes de Tavares, Mascarenhas interpretou Santo Antônio — ele mesmo, o santo casamenteiro — na primeira temporada do programa. O ator chegou a gravar episódios de “Mister Brau” ao mesmo tempo em que rodava os momentos finais de “Tapas”.

— Já nas leituras do personagem dava para ver que o Gomes era mais sutil. Ele tem um tipo de humor mais contido. O Tavares era explosivo — compara o ator, que já começou a gravar a segunda temporada de “Mister Brau”, com estreia prevista para abril.

Ao falar sobre a “Escolinha do Professor Raimundo”, ele diz ter dificuldade para descrever a “experiência de ter estado naquela sala”.

— Tive taquicardia, me faltou o ar. Acho que foi uma emoção para todo mundo. Chorei assumidamente quando vi o Bruno (Mazzeo) caracterizado como o Professor Raimundo — conta o ator, de 51 anos, que interpreta o personagem que foi de Rony Cócegas (1940-1999). — Foi muito difícil achar o tom, o trabalho dele é requintado.

POUCOS FOLHETINS

Nome conhecido do teatro, Mascarenhas começou na TV na novela “A viagem”, em 1994, mas atuou em poucos folhetins. Nos últimos anos, fez participações em séries como “A grande família” (em 2006 e 2008) e “Faça a sua história” (também em 2008). Contratado por obra, ganhou personagens fixos em “Separação!?”, de 2010 (fazia o peruano Delavega), e “Aline”, de 2011 (interpretou o fotógrafo João), antes de “Tapas & beijos”. Ele esteve ainda em “Junto & misturado”, exibido em 2013. E apareceu numa participação em “Chapa quente” este ano como Tavares (o personagem de “Tapas”).

— As séries me dão uma liberdade de transitar em outros meios, mas uma hora ainda vou fazer mais novelas — diz o ator, que encerrou recentemente uma temporada de quatro meses da peça “O camareiro”, em São Paulo.

Além de atuar, Kiko produziu o espetáculo, que também tem Tarcísio Meira no elenco. Escrita pelo britânico Ronald Harwood e dirigida por Ulysses Cruz, a peça deve vir ao Rio no ano que vem (“Estamos procurando teatro”, diz) e passar por outras cidades. “O camareiro” concorre ao Prêmio Shell de São Paulo em seis categorias.

— Tarcísio ajudou muito na construção do espetáculo. Chegava e falava: “E se a gente fizer desse jeito?”. E estava sempre certo. Ele não fazia teatro havia 20 anos e completou 80 anos de idade (em 5 de outubro) em cartaz.

Carioca, Mascarenhas estará ainda nos cinemas na comédia “Até que a sorte nos separe 3”, ao lado de Leandro Hassum, a partir de quinta-feira. Após um ano intenso de trabalho, vai tirar uns dias de descanso numa praia “bem deserta” no Nordeste.

— Acredita que, conversando com a Taís Araújo sobre o fim do ano, eu descobri que ela e o Lázaro vão para o mesmo lugar? Aliás, fiquei sabendo que vai uma turma — conta, fazendo mistério sobre o destino.

O ator, que tem dois gatos em casa (chamados de Meu Bem e Meu Anjo), costuma escrever cenas inspiradas nos livros que lê. E adora desenhar e fotografar.

— Sou inquieto e gosto de estar ocupado. Viajo com o material de desenho na mala. Eu vou ao museu e fico desenhando. Essa é uma atividade que me leva a um silêncio absoluto.

Exclusivo: Tom Zé entrevista Gil e Caetano

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RIO — Um dos fundadores da Tropicália, personagem da “foto de família” do álbum-manifesto do movimento, Tom Zé teve uma trajetória que correu paralela e distanciada das de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Agora, quando os dois últimos celebram seus 50 anos de carreira com o CD e DVD “Dois amigos, um século de música — Multishow ao vivo” (Sony), O GLOBO propôs um reencontro dos “parentes afastados”.

— Não me lembro de ter sentado para uma conversa assim com Gil — contou Tom Zé, que durante o encontro disse, em tom afetuoso, ter medo do ex-ministro da Cultura.

Repleta de gargalhadas e de memórias que vão do sertão à chegada do homem à lua, confissões de inveja e revelações de bastidores da turnê da dupla, a conversa tocou também no atual momento político brasileiro. Para eles, a radicalização entre esquerda e direita e a presença do ódio fundamentando as relações estão entre os males que a música (“os anticorpos da nação”, como identifica Tom Zé) pode combater. Uma perspectiva que se afina à fé de que “as camélias da segunda abolição virão”, como afirma o verso da canção inédita que Caetano e Gil apresentaram na turnê brasileira de “Dois amigos”. Tom Zé, Gil e Caetano: "a nação tem anticorpos"

Tom Zé: Os olhares de um para o outro no DVD são muito engraçados. Porque, quando a gente está fazendo essas coisas, por mais que confie em quem está junto e no que está fazendo, toda hora olhamos para a pessoa para decidir se aquilo é aprovado ou não.

Gilberto Gil: Ainda mais no nosso caso. Teve um período longo da nossa trajetória que foi muito compartilhado, espelhado um no outro. Toda música que a gente fazia mostrava um para o outro.

Tom Zé: Vendo o show, me veio outra coisa. A nação tem anticorpos. Os músicos construíram uma defesa a todos os bacilos de koch que o mundo pode ter. Ninguém tem uma canção popular como a gente tem desde os tempos dos arranjadores da Rádio Nacional.

Caetano Veloso: Leo Peracchi, Radamés Gnattali...

Gil: (Lindolpho) Gaya...

Tom Zé: E mesmo os que tinham os conjuntos na rádio. A gente, quando ouvia aquelas músicas, ouvia num arranjo excepcional e não imaginava...

Gil: Que era tão excepcional.

Tom Zé: A gente achava que nasceu assim. Nenhum país tem isso. E vocês... O melhor a dizer do show é: eu também me afogo dentro d’água (risos).

Caetano: Gostei de você qualificar como anticorpos. Há algo disso mesmo. Há certas forças do organismo do país...

Tom Zé: Um tá querendo derrubar, outro tá querendo manter, mas os anticorpos estão aí, nenhum lado está livre disso.

Caetano: O show entra para fortificar os anticorpos.

Gil: Sim, o sistema imunológico.

Tom Zé: Fico arrepiado. Lembro que Alain Resnais fez um filme no qual dizia que o ser humano aprende mais de 0 a 2 anos, quando não sabe nem a língua. Fico pensando que ouvidos ele tem, como ele chupa de todo mundo talvez coisas muito mais sensíveis. Aí penso nos nossos quintais, a gente no berço com essa capacidade de percepção profunda. Por exemplo, em Irará não corre uma gota d’água e tem a chegança, uma dança dramática na qual os caras abordam navios, falam toda a linguagem de navios, ficam lutando com espada para expulsar o incréu, que na verdade já está dentro da gente, não pode mais ser expulso (risos). A sociabilidade estava em diversos níveis, o aguadeiro que bota água no pote. E esse povo, cada um fazendo parte de uma coisa, acabava trazendo no corpo, na fala, alguma chegança... Não é o aboio, o aboio nunca me entusiasmou e nunca ouvi em Irará com tanta constância. Tom Zé, Gil e Caetano: memórias, e o ódio no Brasil de hoje

Caetano: Gosto muito de aboio, ouvi uns bonitos, a maioria mais do Nordeste mesmo: Pernambuco, Paraíba.

Gil: Ituaçu (cidade baiana onde Gil passou a infância) tinha muito aboio. Porque é a região entre a caatinga e o Gerais. Os tropeiros vinham para a feira, aquele fluxo de gente com as mercadorias, as passagens do São Francisco, o contato com o litoral, com a Baía de Todos os Santos vindo por ali também. Aquilo tudo criava um tráfego muito interessante.

Tom Zé: Uma escola.

Caetano: Vocês são mais sertanejos do que eu, que sou muito do Recôncavo.

Tom Zé: Onde foi que Luiz Gonzaga bebeu, Patativa do Assaré? Porque nossa música vem da cultura celta, a fundamental da Europa antes da romanização. Depois no século VII chegou outro povo de grande tradição cancionista, o povo moçárabe. E, por fim, a canção sufi da Pérsia. Mas já estou eu falando como um filhadaputa...

Caetano: Eu estou adorando ouvir!

Gil: Não quero outra coisa (risos).201512162316189349.jpg

Tom Zé: Quando vocês estavam para começar o show na Bahia antes de ir para a Europa (gravado no disco “Barra 69”), eu estava do lado de fora do teatro, vendo pela TV a chegada do homem à Lua. Porque o negócio da corrida espacial... Não é a toa que eu ajudei a fazer “2001”. Eu pensava: “Ai meu Deus, não posso deixar Caetano e Gil”. Vocês iam começar e (o astronauta Neil) Armstrong estava descendo a escada. Aí deixei ele lá pelo terceiro degrau e entrei no show.

Caetano: Isso é bem louco. A gente não viu a descida do homem na lua porque estava fazendo o show de despedida (para o exílio em Londres).

Tom Zé: Foi uma coisa ligada a isso que começou essa conversa toda. Nessa época, li no Arthur C. Clarke que o povo árabe era o mais culto do mundo no século VII, quando invadiu Portugal. Li que se o rei Charles Martel não tivesse impedido que os árabes ocupassem toda a Europa, então nós não estaríamos indo à Lua, mas sim às estrelas mais próximas. Foi ali que descobri que os árabes invadiram a Europa. E que depois (pelos ibéricos) foram para essa região minha e do Gil. Euclides da Cunha falava em “Os sertões” que o nordestino age como um cientista. Um dia, por acaso, porque eu nem era de leitura, fui ler Euclides da Cunha e desconfiei que ele estava falando do cara que eu atendia na loja do meu pai. Comecei a sentir uma febre que vinha de lá de dentro. Meus companheiros estavam sendo comentados num livro.

Caetano: Mas Euclides, quando bate, bate muito forte. Mesmo para quem nasceu no Recôncavo, fora desse universo sertanejo.

Tom Zé: Tenho a desgraça e a felicidade de conviver com vocês. Porque sendo humanos de vez em quando sentimos uma coisa que as pessoas não gostam, que é a inveja.

Gil: Às vezes digo: a santa inveja. Uso muito essa expressão. A inveja invadiu minha vida em muitos momentos. Caetano Veloso, Gilberto Gil - Nossa Gente (Avisa Lá)

Tom Zé:Pensei (vendo o DVD): “Eu não posso sofrer com isso”. Porque tenho muito medo de você, Gil. Caetano é mais caridoso comigo, mas você é outro mundo, outro universo. Aí uma hora o computador parou pra recarregar. Ficou o seu rosto congelado. Pensei: “Agora vou olhar pra ele, não vou fugir não”. Passava da testa pros olhos, dos olhos pra boca, mas como eu tenho medo! Não tem nada, Gil, a vida é assim (risos).

Gil: Sim, estou entendendo. Com relação a Caetano, o que sinto não chamaria de medo. É respeito.

Caetano: E eu tenho muita inveja da musicalidade natural de Gil, essa capacidade inata de captar a relação entre as alturas dos sons.

Tom Zé: E o violão sinfônico.

Caetano: Sim, isso se traduz em como ele toca violão e como ele percebe a estrutura das canções. Isso, eu não tenho.

Tom Zé: Uma vez você, Caetano, me disse assim: “Quero que você venha para São Paulo porque quando der entrevista você vai abafar, vai pintar o diabo”.

Caetano: Achei que você indo para São Paulo àquela altura (no período da Tropicália) ia realmente traduzir...

Gil: Ia dizer muito do que a gente queria.

Tom Zé: Pensei: “Caetano está enganado”. Tom Zé, Gil e Caetano: o Brasil e as canções

Caetano: Zeca, meu filho que segue tudo o que acontece, me mostrou que o “Pitchfork”, esse site americano de música, formador de opinião de alto nível, escolheu entre as melhores canções da década de 1980 uma única canção brasileira, que foi “Nave Maria”, de Tom Zé. É uma beleza, porque é um negócio bem original, único. E muito ousado. Ou seja, você pode ter pensado em algum momento que e eu estava errado, mas no fim das contas eu estava certo (risos).

Tom Zé: Adorei ouvir (no DVD) aquelas duas canções. A do Gil é “Marginália II”, a sua é a primeira, de 1962.

Caetano: “É de manhã”. Você viu que Gil rearmonizou? Quando ele propôs a rearmonização, eu só pensava em você! “Isso aqui é uma traição ao que Tom Zé viu nessa canção.” Você gostava da radicalidade modal da música.

Tom Zé: Mas não era o modalismo que entrava num sofrimento nordestino. Era uma coisa joãogilbertiana em cima do nordestino.

Caetano: E “Marginália II”?

Tom Zé: Aí é a sofisticação, né? Com relação a Caetano, o que sinto não chamaria de medo. É respeito.

Caetano: Um dos maiores prazeres para mim neste show é ter aprendido a pecinha que Gil fez para acompanhamento. Depois de fazer alguns shows, aprendi e faço junto com ele. Isso me dá um prazer enorme.

Gil: E eu acabei fazendo junto com você. Na minha proposta, quando fiz isso em casa na véspera do ensaio, era para você fazer aquilo e eu fazer uma outra coisa em cima, complementando. Quando eu vi que você aprendeu e fazia, veio um prazer novo pra mim naquilo que eu tinha feito. Não precisa de mais nada, já estava bonito desse jeito.

Caetano: No show, Gil botou um negocinho em “Terra” que é quase nada, mas que muda tudo. Ele é incrível. Eu toco a canção toda, como sempre toquei, mas tem esse detalhe do Gil.

Gil: Outro dia uma moça disse: “pois é, vi no show, você toca ‘Terra’”. Eu corrigi: “Não, é Caetano que toca”.

Caetano: Sim, você não faz quase nada na música. Mas ela tem razão. Você faz duas notinhas aqui, duas ali, mais três e pronto. Muda tudo.

Tom Zé: É aí que estão os anticorpos. Décio Pignatari dizia: “futebol é uma arte que todo mundo entende”. E o povo entende essa coisa profunda da música popular. Essa geração que está chegando, pra quem a ética é importante, o compromisso com o planeta é importante, eles têm que se alimentar de vocês, do Jobim... Sempre tivemos essa tradição penicilínica na música. A criança pobre fica na lama. Ela morre? Não, cria defesas.

Caetano: O Brasil está estudando o samba.

Tom Zé:Essa canção, “Odeio”, por baixo dessa letra tem outra coisa. O Nordeste agora governa o Brasil todo, a partir de um procedimento nordestino, um jeito nordestino, que acabou tendo problemas, mas se eu falo dos anticorpos é para não falar das superfícies. E “Odeio você” é a coisa mais falada pelo coração do Brasil hoje. Nunca se falou tanto “odeio você”, talvez em nenhum país. “Odeio você” está no coração de todo mundo. A pessoa olha para o lado e diz: “Deixa eu ver se eu vou odiar aquele ali”.

Caetano: Sim, o refrão ecoa. Quando ele entra, as plateias agora tomam conta dele e o endereçam (na recente série de shows no Circo Voador, a plateia completava o “odeio você” com o grito de “Cunha”, destinado ao presidente da Câmara, o que já tinha acontecido há dois anos na turnê de “Abraçaço”, mas dirigido ao então governador do Rio, Sérgio Cabral).

Tom Zé:Quando soube que o povo gritava “Cunha”, nem liguei. Porque posso torcer para cá, para acolá. A maior precisão é a dessa coisa que tá no coração do Brasil, o “odeio você”.

Caetano: Jorge Mautner fala que é a maior canção de amor: “Odeio” (risos).

Gil: É coragem.

Caetano: Quando Mautner ouviu, ele chorou tanto, soluçando. Aí fizeram um clipe e chamaram ele: “venha para chorar na hora”. Ele foi daquele jeito dele: “Está na hora?”. Aí botaram a câmera, quando chegava no refrão ele pingava um colírio, fazia caras de ator japonês, totalmente frio, só a máscara do choro, sem choro nenhum (risos).

Tom Zé: Quando Gil fez e me mostrou “Eu vim da Bahia”, não gostei muito da música. Era como aquela que você fez para o CPC, “O samba vai vencer” (“Samba em paz”)... Mas hoje, é engraçado, vejo que as coisas que vocês fazem podem continuar fortes em várias outras situações. E cada vez mais fortes.

Caetano: A do CPC até hoje eu acho muito fraca, mas “Eu vim da Bahia” eu sempre gostei. Achava bonita aquelas cadências, a harmonia meio barroca. “A gente não viu a descida do homem na Lua porque estava fazendo o show de despedida (para o exílio em Londres)”

Gil: Eu tinha um certo enjoo, tanto que acabei reduzindo a harmonia no “Gilbertos samba” (em 2014). Fiz em dois acordes, tirei tudo, um minimalismo bem exigente.

Caetano: Antes, o João Gilberto tinha gravado.

Gil: Sim, aí é que eu fiquei de bem com “Eu vim da Bahia”. Mas ainda assim eu fiz questão de fazer a redução, limpar aquilo tudo.

Caetano: Para o show, pedi pra você retornar à harmonia original.

Tom Zé: E aquela música da morte, Gil (“Não tenho medo da morte”)?

Gil: É pra nós, velhinhos.

Tom Zé: “Eu terei de estar presente”, achei isso uma maravilha.

Gil: É a diferença entre o morrer e a morte.

Caetano: É muito forte. Quando ele canta isso no show fico olhando para ele, às vezes olho para a plateia.

Gil: Depois desse show, Flora (mulher de Gil) perguntou ao meu neto Bento, de 11 anos, qual era a música de que ele mais gostava. E ele: “Não tenho medo da morte”.

Caetano: Essa música é incrível, e é muito nordestina. O modo como os versos vão: “Não tenho medo da morte/ Mas medo de morrer, sim/ A morte é depois de mim/ Mas quem vai morrer sou eu”. E é a música mais nova de Gil que ele canta no show. Há outra mais nova, “As camélias do quilombo do Leblon” (a composição inédita que os dois lançaram na turnê).

Gil: Gosto muito desse tema (a abolição da escravatura brasileira e seus reflexos, com referência ao núcleo abolicionista do título e às flores que eram um signo da campanha antiescravidão). Quando Caetano veio com a ideia, minha cabeça me levou para o “Noites do norte”, o trabalho que ele fez quando estava lendo Joaquim Nabuco. E tem o estímulo que veio de nossa viagem a Israel, aquela paisagem árida, agreste, nordestina, aquele povo como se fosse os sem-terra daqui, mas na Cisjordânia. E a coisa da Princesa Isabel, esse resgate que Caetano coloca como exigência do papel de importância dela, a partir desse desprezo que parte dos historiadores brasileiros tem em relação à sua figura. Eu ficava me lembrando que botei o nome da minha filha de Isabela por causa dela. Caetano tinha acabado de tomar banho na casa dele em Salvador, teve a ideia da música. Quando chegou lá em casa para jantar, me contou. Falou que tinha uma parte que é parecida com Ary Barroso.

Caetano: “No tabuleiro da baiana”.

Gil: Falei: “Vamos mudar umas notas aqui”. Retoquei, era bonito.

Caetano: Gil manteve a lembrança do Ary Barroso e fez o fecho da canção: “As camélias da segunda abolição virão”. Esse negócio dos anticorpos...

Gil: O sistema imunológico do país.

Caetano: Algo tem que ter, porque as ameaças são muitas.

Dez milhões de fãs tentam comprar ingressos para ver Adele nos EUA

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OSCARS_-GIA124L2N.1.jpgRIO — O fenômeno Adele segue devastador por onde passa. Depois de vender 3,3 milhões de cópias de "25", seu terceiro álbum, apenas na primeira semana do lançamento, a cantora inglesa agora foi responsável por derrubar um site de venda de ingressos. Anunciada na última semana, a turnê americana da jovem diva atraiu 10 milhões de fãs interessados em garantir entradas para os shows, que serão realizados no próximo ano. Adele

Segundo o site "NME", os 750 mil ingressos disponibilizados acabaram pouco depois do início das vendas, na última quinta-feira. A Ticketmaster, empresa responsável por comercializar os bilhetes, afirmou que mais de quatro milhões de fãs tentaram comprar entradas apenas para as apresentações de Nova York. A elevada demanda fez o sistema falhar.

A turnê da cantora começa no dia 29 de novembro, em Belfast, na Irlanda do Norte, e chega aos Estados Unidos em julho. Todas as 105 datas anunciadas estão com ingressos esgotados.

Novo ‘Star Wars’ já arrecadou mais de US$ 500 milhões em todo o mundo

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starwars.jpg Pacotão Star WarsLOS ANGELES — Com US$ 238 milhões arrecadados só nos Estados Unidos e no Canadá, “Star Wars: O despertar da Força” superou “Jurassic World: O mundo dos dinossauros” e bateu o recorde histórico de bilheteria no fim de semana de estreia. Em todo o mundo, as salas lotadas garantiram que o novo filme da franquia chegasse a US$ 517 milhões, segundo informações divulgadas pela Disney. O recorde considerando todos os mercados ainda pertence ao último filme da franquia “Jurassic Park” (com US$ 522 milhões), que contou com o mercado chinês a seu favor — por lá, o novo “Star Wars” só estreia em duas semanas.

“O despertar da Força” é o sétimo episódio da franquia de ficção científica épica criada por George Lucas em 1977 — a Disney adquiriu a Lucasfilm, então detentora dos direitos da saga, por US$ 4 bilhões em 2012.

Fãs da série se apegaram à chance de revisitar a galáxia de “Star Wars” nesse fim de semana. Muitos deles foram vestidos de Jedi ou Sith, levaram seus sabres de luz e comemoraram quando personagens clássicos como Princesa Leia e Chewbacca apareceram na tela. Ainda segundo informações da Disney, cinemas de todo o mundo decidiram aumentar o número de sessões para atender à demanda.

O estúdio planeja lançar quatro filmes da franquia até 2019, além de promover grandes expansões em seus parques temáticos. Brinquedos, roupas, acessórios domésticos e videogames sobre “O despertar da Força” já ocupam as lojas nesse período anterior ao Natal.

A nostalgia somado a um planejamento cuidado, com diversos lançamentos de trailers e teasers, despertou o interesse dos fãs em todo o mundo. A Disney, que gastou mais de US$ 200 milhões para fazer o filme, também criou um ar de mistério ao manter a sinopse de “O despertar da Força” em segredo.

Segundo analistas, o longa dirigido por J.J. Abrams pode se tornar o filme de maior bilheteria de todos os tempos. “Avatar” é o atual detentor do recorde, com US$ 2,8 bilhões de arrecadação global. J.J. Abrams e atores de Star Wars falam sobre novo filme da saga

O mercado que pode fazer a diferença é exatamente o da China, o segundo maior do mundo — a estreia por lá está prevista para 9 de janeiro. A grande preocupação da Disney mora no fato de que o último filme da franquia, “Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith”, arrecadou apenas US$ 9 milhões na China.

Por isso, a empresa fez um esforço para criar expectativa pelo novo filme, com ações de marketing. Em uma delas, posicionou 500 miniaturas de Stormtroopers na Grande Muralha da China. Além disso, fez um acordo para exibir os seis filmes anteriores através do serviço de streaming Tencent, o mais popular do país.

Todos os recordes de ‘Star Wars: O despertar da Força’

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20150710235401740afp (1).jpgNOVA YORK — Numa impressionante demonstração de domínio cultural e comercial em escala planetária — com poucos precedentes na história de Hollywood — "Star Wars: O despertar da Força" arrecadou cerca de US$ 517 milhões em vendas mundiais de ingressos, quebrando múltiplos recordes de bilheteria, mesmo depois de contabilizada a inflação. Foi a maior semana de estreia na América do Norte, com US$ 238 milhões em bilheteria. Pacotão Star Wars 2

Para colocar esse número em perspectiva, considere que "Avatar" (2009), a maior bilheteria da história com US$ 3,1 bilhões em vendas totais, levou em US$ 85 milhões em seus três primeiros dias nos EUA. O recordista anterior para uma abertura em dezembro era "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" (2012), com US$ 87,5 milhões.

"Star Wars" há muito tempo joga um campeonato a parte, mas "O Despertar da Força" também representa a forma como Hollywood espera contra-atacar após anos de vendas fracas de ingressos nos EUA, pirataria e competição de videogames e televisão. Concentrando-se em histórias nostálgicas, com personagens familiares, muitas vezes queridos, os estúdios estão montando filmes gigantescos para capturar a imaginação do público de maneiras que lembram os primeiros anos dos blockbusters, antes da hiperfragmentação da cultura pop.

Os consumidores estão começando a perceber essa estratégia — "Jurassic World", que arrecadou US$ 208,8 milhões nos três primeiros dias em junho, foi um dos primeiros exemplos —, mas os estúdios vem se engajando nessa corrida nos bastidores há alguns anos. Os resultados agora estão chegando ao mercado.

ESTÚDIOS PREPARAM SEQUÊNCIAS

A Disney está trabalhando em mais quatro filmes ligados ao universo "Star Wars" e planeja recriar a série "Indiana Jones". Mais três filmes de "Avatar" estão a caminho pela 20th Century Fox. A Universal tem uma sequência de "Jurassic World" planejada para 2018 e está trabalhando para combinar seus monstros clássicos (Drácula, a Múmia, Frankenstein) numa enorme série de filmes. A Warner Bros. vai lançar "Batman v Superman: .A Origem da Justiça" em março e também tem um "King Kong vs Godzilla" sendo feito. Pacotão Star Wars

Hollywood errou repetidas vezes com remakes e sequências malfeitas, mas "O despertar da Força", que custou cerca de US$ 350 milhões, também representa um esforço para melhorar a qualidade dos filmes feitos para grandes públicos. A Lucasfilm, unidade da Disney que controla a franquia "Star Wars", contratou um diretor experiente, JJ Abrams, que voltou ao modo antigo de se fazer cinema, menos dependente de computação gráfica e com mais bonecos e maquetes reais. As críticas de "O despertar da Força" são 95% positivas, de acordo com o site Rotten Tomatoes.

"Os estúdios finalmente parecem estar se lembrando, depois de anos de dependência excessiva de efeitos visuais, que os espectadores gostam de uma boa história", disse Jeanine Basinger, escritora e professora de estudos de cinema na Universidade de Wesleyan. "Pode ser uma história com a qual estejamos familiarizados. Pode ser uma história em série. Mas, por favor, estamos implorando, nos dê histórias."

ESTRATÉGIA PERFEITA

"O despertar da Força" chega num momento em que Hollywood finalmente começou a entender melhor como usar as mídias sociais para transformar o interesse do consumidor em um frenesi. O filme se beneficiou da melhoria da tecnologia na distribuição teatral; do aumento da projeção digital e as pré-vendas online permitiram que os donos de cinema adicionassem rapidamente sessões extra para atender a demanda no primeiro fim de semana.kyloren.jpg

"Alguns cinemas pegaram o planejamento inicial e expandiram em tempo real para três ou quatro vezes a capacidade", disse Dave Hollis, vice-presidente executivo de distribuição da Disney.

A boa recepção de crítica e público representa um triunfo pessoal para Robert A. Iger, executivo-chefe da Disney que organizou a compra da LucasFilm por US$ 4 bilhões em 2012, enfrentando os céticos em Wall Street que consideravam o valor muito alto. Além disso, ele foi quase um produtor-fantasma do filme: acompanhou as filmagens, supervisionou as ações de marketing e voou para ficar ao lado de Harrison Ford quando o ator se machucou no set.

Executivos de estúdios rivais passaram o fim de semana maravilhados com a forma como a Disney fez o lançamento do filme, elogiando em particular o uso do vasto império da empresa de entretenimento para promovê-lo: parques temáticos, redes de televisão, um estúdio de vídeo online, produtos de consumo, jogos de vídeo, navios de cruzeiro. "Nem um passo em falso", disse a contragosto o chefe de marketing em um estúdio rival, sob condição de anonimato devido a relutância de elogiar publicamente um concorrente.

O site BoxOfficeMojo.com reuniu todos os recordes que agora pertencem a “O despertar da Força”.

OS RECORDES

Maior fim de semana de abertura de todos os tempos no Reino Unido, Rússia, Austrália, Alemanha, Suécia, Noruega, Finlândia, Áustria, Dinamarca, Romênia, Hungria, Bulgária, Croácia, Ucrânia, Islândia, Sérvia e Nova Zelândia

Maior estreia nos EUA, com US$ 238 milhões (O recorde anterior era de "Jurassic World", com US$ 208,8 milhões)

Segunda maior estreia mundial, com US$ 517 milhões (O recorde é de “Jurassic World”, com US$ 524,9 milhões)

Maior pré-estreia numa quinta-feira, com US$ 57 milhões (O recorde anterior era de “Harry Potter e a Relíquias da Morte – Parte 2”, com US$ 43,5 milhões)

Primeiro filme a vender mais de US$ 100 milhões em um dia

Filme mais rápido a passar de US$ 100 milhões para US$ 200 milhões (Recorde anterior era de “Jurassic World”)

Maior fim de semana de estreia em dezembro, com US$ 294,5 milhões (Recorde anterior era de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, com US$ 84,6 milhões)

Melhor dia em dezembro, com US$ 120,5 milhões (Recorde anterior era de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, com US$ 37,13 milhões)

Maior média por teatro para um grande lançamento, com US$ 57.568 (Recorde anterior era de “Jurassic World”, com US$ 48.855)

Mais salas em dezembro, com 4.134 cinemas (Recorde anterior era de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, com 4.045)

Estreia global em Imax, com US$ 48 milhões (Recorde anterior de "Jurassic World", com US$ 44,1 milhões)

Estreia em Imax nos EUA, com US$ 30,1 milhões (Recorde anterior de "Jurassic World", com US$ 20,9 milhões)

Maior pré-venda, superando os US$ 100 milhões (O recorde anterior era de "O Cavaleiro das Trevas Ressurge", com US$ 25 milhões)

Melhor sexta-feira, com US$ 120,5 milhões (Recorde anterior era de “Harry Potter e a Relíquias da Morte – Parte 2”, com US$ 91,1 milhões)

Terceiro melhor sábado, com US$ 68,7 milhões (Atrás de “Jurassic World”, com US$69,6 milhões, e “Os Vingadores, com US$ 69,5 milhões)

Melhor estreia para um filme da franquia "Star Wars" (O recorde anterior era de “A vingança dos Sith”, com US$ 108,4 milhões)

Festival de curtas no Japão distribuirá US$ 1 milhão em prêmios

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201512210336085261_AP.jpgYOKOHAMA, JAPÃO - O Short Shorts Film Festival & Asia, um festival japonês voltado para curtas-metragens, está oferecendo um prêmio de quase US$ 1 milhão para diretores de qualquer procedência com uma grande ideia para um filme.

Segundo os organizadores, curta é o local para onde o público está migrando, já que celulares e tablets têm sido de suma importância para o consumo de entretenimento. Eles também acreditam que o formato tem potencial para revelar novos cineastas, trazendo uma nova visão e energia para a indústria.

O prazo para apresentar os projetos, com no máximo 500 palavras, é dia 29 de fevereiro. De acordo com o edital, a produção busca "uma história emocionante e empolgante em movimento". O argumento deve ser escrito em inglês ou japonês.

Cinco finalistas receberão US$ 4 mil em dinheiro cada. O vencedor receberá US$ 800 mil como financiamento para produzir o filme. O vencedor ainda vai levar um bônus de US$ 8 mil.

"Filmes não são sobre o comprimento", disse Tetsuya Bessho, ator que fundou o festival em 1999. "Há fracassos em Hollywood, com as apostas todas no marketing. Você não consegue decidir se é uma comédia, uma história de amor ou um filme de ação. As pessoas estão se entediando com isso", disse Bessho.

Rieko Muramoto, diretora executiva de negócios digitais da Avex Digital, responsável pelo concurso, acredita que este é um investimento válido para buscar novos conteúdos para serviços on-line, abrindo caminho para um gênero e desenvolvimento de novos talentos.

"O curta-metragem detém um grande potencial para atrair pessoas ocupadas que assistem a vídeos em smartphones, o que significa que uma história completa deve ser contada muito mais rápido", disse Rieko.

Alcançar o sucesso, no entanto, pode ser mais difícil do que para filmes e séries de TV tradicionais. Mudar para outra tela está apenas a um clique de distância - bem mais fácil que sair no meio de uma sessão pela qual você pagou ingresso.

"A sobrevivência é mais dífícil", ela acrescentou. "Você precisa cooptar o público em 15 minutos".

Para Domenico de Masi, disputa entre situação e oposição destruiu o Brasil

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2015 875730413-201512201751212102.jpg_20151220.jpgRIO - Domenico de Masi é um otimista incorrigível. Dois anos após lançar “O futuro chegou” (Casa da Palavra), em que mergulhou nas interpretações do Brasil feitas por nomes como Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, o sociólogo italiano volta a escrever um livro sobre o país, mas agora apontando para o futuro. Em “2025 — Caminhos da cultura no Brasil” (Sextante), ele faz previsões sobre a cultura brasileira daqui a uma década. Seu diagnóstico foi baseado num questionário respondido por 11 representantes de diferentes áreas: Caio Túlio Costa, Cláudia Leitão, Cléber Eduardo Miranda dos Santos, Cristovam Buarque, Fábio Magalhães, Gloria Kalil, Jaime Lerner, Leonel Kaz, Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, Paulo Werneck e Tárik de Souza.

De Masi afirma que o mundo vive uma crise cultural pela falta de projetos capazes de orientarem o futuro. E, apesar do momento difícil pelo qual passa o Brasil, o sociólogo acredita que o país, por suas características culturais únicas, é capaz de oferecer um modelo alternativo de sociedade para a Europa e os Estados Unidos. Em entrevista ao GLOBO, por e-mail, ele explicou suas decisão de consultar 11 intelectuais antes de formular o seu prognóstico para os próximos dez anos.

— A ideia para esta pesquisa surgiu de críticas que recebi por causa do meu último livro. Fui acusado de superficialidade intelectual e de não conhecer a estrutura e a cultura do país. Então, eu queria ouvir a opinião de 11 intelectuais para entender como as coisas realmente são — afirma o sociólogo.

A economia do Brasil encolhe, a instabilidade política é grande. Mesmo nesse cenário, o senhor continua acreditando que o Brasil pode oferecer um modelo alternativo para a Europa e os Estados Unidos?

A situação brasileira se caracterizou por uma impressionante disputa autodestrutiva entre os grupos no poder e na oposição. Os dois lados fizeram o possível para levar o Brasil à falência. E, ao menos em parte, eles tiveram sucessoVista de fora, a situação brasileira nos últimos anos se caracterizou por uma impressionante disputa autodestrutiva entre os grupos no poder e na oposição. Os dois lados fizeram o possível para levar o Brasil à falência. E, ao menos em parte, eles tiveram sucesso. O mundo, que agora ganhou um profundo apreço pelo Brasil, se pergunta por que a classe dominante tem demonstrado tamanha miopia para destruir esse tesouro, o progresso socioeconômico que tornou o Brasil tão admirado no grupo dos BRICs. Mas as qualidades antropológicas do povo brasileiro continuam presentes, apesar de suas elites políticas, e continuam a oferecer um exemplo precioso que perpassa o pacifismo, a miscigenação, a estética e o ecletismo cultural.

O senhor afirma nos seus dois últimos livros que o Brasil é o país do futuro e que esse futuro chegou. Por que então o sentimento do brasileiro é de uma crise sem fim?

Todos os países no mundo estão em uma crise profunda: em alguns, a crise econômica, em outros, a crise da guerra. Mas em todos há uma crise cultural, uma crise de identidade. Nenhum país tem um modelo que inspire seu destino no médio e longo prazo. As duas únicas forças que têm um modelo a oferecer são a Igreja do Papa Francisco e o Estado Islâmico.

E como isso afeta o Brasil?

O Brasil ganhou sua identidade apenas no século XX, graças ao trabalho de grandes cientistas sociais, os chamados “inventores do Brasil”: Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Raymundo Faoro, Sérgio Buarque de Holanda. Graças a esses intelectuais, que “revelaram o Brasil aos brasileiros”, como disse Fernando Henrique Cardoso, o povo brasileiro se tornou consciente da sua própria cultura e de suas pragas endêmicas: a corrupção, a violência, a desigualdade, o analfabetismo. Ao mesmo tempo, o PIB cresceu em média 1,6 ponto nos anos 1980, 2,6 pontos nos anos 1990 e 3,9 pontos na primeira década dos anos 2000. Por causa das políticas social-liberais de FHC e Lula, a classe média cresceu e a riqueza foi redistribuída. No entanto, desde 2013 há uma reação neoliberal, sustentada pelos erros e a corrupção da esquerda, que está alimentando esse sentimento de crise que deixa um país rico como o Brasil se sentindo pobre e sem futuro.

“2025 — Caminhos da cultura no Brasil” parece um desdobramento de “O futuro chegou”. Agora, o senhor tenta antever o futuro. Que traços do passado vão continuar presentes em 2025?

O passado do Brasil é marcado por duas características incríveis. A primeira é sua vocação para a paz demonstrada ao longo de 500 anos de boas relações com seus 11 vizinhos no continente, com exceção da guerra com o Paraguai, enquanto os países europeus ficam brigando entre si indefinidamente. A segunda característica é a miscigenação, que permite uma coexistência quase pacífica entre dúzias de grupos étnicos de todo o mundo. Essas duas características estão sedimentadas no curso da história do Brasil e vão marcar o futuro também. Em um mundo dilacerado por conflitos e ondas de migração, o Brasil já é um modelo de coexistência pacífica tanto externamente quanto internamente.

Um dos pontos centrais para se pensar a cultura em 2025 é a inter-relação entre o local e o global. Como a cultura brasileira vai se inserir nesses circuitos globais?

A terceira característica única da cultura brasileira é sua habilidade sensacional para pegar, digerir e assimilar diferentes culturas. Nada pode ser mais oposto, por exemplo, do que as culturas indígenas e a dos portuguesas, que ainda assim se juntaram e permitiram a criação de outra cultura, mameluca, original e frutífera. O Brasil está assimilando a cultura global sem perder as características positivas da sua cultura local. É aí que reside a superioridade do Brasil em relação à Europa, que, ao contrário, é muito mais americanizada. O Brasil está assimilando a cultura global sem perder as características positivas da sua cultura local

O senhor tem uma visão otimista sobre o Brasil, ao contrário de grande parte dos brasileiros. De onde vem o seu otimismo?

Nelson Rodrigues disse que o “Brasil não é popular no Brasil”. Mas, na verdade, poucos países no mundo são tão amados por seus habitantes. Pessimistas, no Brasil assim como em qualquer país no mundo, são a maioria dos intelectuais. Noam Chomsky é pessimista em relação aos Estados Unidos. Pessimistas somos Umberto Eco e eu em relação à Itália. Meu otimismo vem do fato de que eu conheço bem o Brasil, suas enormes diferenças naturais e antropológicas, sua história, seus talentos. E eu conheço bem o resto do mundo para fazer uma comparação embasada.


JK Rowling comemora escalação de atriz negra para viver Hermione

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WINTER_THEATER_REVIEW_1.JPGRIO - Desde que J.K. Rowling anunciou que a sequência de "Harry Potter" tomaria a forma de uma peça de teatro, "Harry Potter and the Cursed Child" tornou-se um dos eventos mais aguardados de Londres em 2016. O espetáculo, que mostra os personagens da série de livros mais velhos, na meia idade, terá Hermione Granger interpretada pela primeira vez por Noma Dumezweni, uma atriz negra. Nos filmes, a personagem ficou a cargo da ruiva Emma Watson. Links Harry Potter

A peça ainda terá Jamie Parker como Harry Potter e Paul Thornley como Ron Weasley. Autora da saga, J.K. Rowling comemorou a escalação de Noma para o papel. "Olhos castanhos, cabelos crespos e muito esperta. A pele branca nunca foi especificada. Rowling ama a Hermione negra", explicou a escritora.

Alguns fãs da saga, no entando, relembraram uma passagem do livro "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" em que a autora escreveu, referindo-se a Hermione: "sua cara branca aparecia atrás de uma árvore".

Noma Dumezweni, nascida na Suazilândia, venceu o prêmio Olivier em 2006 por sua atuação em "A raisin in the sun" e recentemente substituiu Kim Catrall no papel que dá título a "Linda". No cinema, fez uma participação em "Coisas belas e sujas". Ela tem 46 anos.

Os ingressos para a temporada de estreia da peça já estão esgotados.

Morre Flávio Basso, o Júpiter Maçã, aos 47 anos

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2011100115145.jpgRIO - O músico gaúcho Flávio Basso, mais conhecido pela alcunha de Júpiter Maçã, morreu nesta segunda-feira, aos 47 anos, em Porto Alegre.O cantor, que passava por tratamento para cirrose e complicações pelo uso de drogas, caiu em casa e bateu a cabeça. Ex-integrante de bandas como TNT e Cascavelletes, Basso compôs clássicos do rock'n'roll gaudério como "Um lugar do caralho" e "Eu e minha ex".

O músico faria show nesta terça-feira em Porto Alegre. O evento, no Panama Estudio Pub, vai ser mantido como homenagem e terá entrada gratuita.

Basso lançou-se na música em 1985, com o TNT. Em 30 anos de carreira, transitou do pop ao rock, bebendo nas fontes da psicodelia, do tropicalismo e até da bossa nova. Ele, que se transmutava em Jupiter Apple quando cantava em inglês, era muito influente na cena underground brasileira, elogiado por nomes como Stereolab, Caetano Veloso e Tatá Aeroplano.

Seu primeiro disco solo, "A sétima efervescência", de 1997, foi considerado pela "Rolling Stone" um dos cem discos brasileiros mais importantes da História. A revista voltaria a eleger uma música de Basso, "Modern kid", uma das melhores do ano de 2009. Por "Plastic soda", um álbum gravado em inglês, foi considerado o melhor compositor do ano de 1999 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2011, ele se apresentou no palco Sunset do Rock in Rio ao lado da banda cearense Cidadão Instigado. Júpiter Maçã - Um lugar do caralho

O músico passou mais de dois anos afastado dos holofotes após cair da janela do segundo andar do prédio onde morava, em Porto Alegre, em 2012. Em 2014, lançou o DVD "Six colours frenesi", gravado ao vivo no Opinião, importante casa de shows da capital gaúcha. Este foi seu último trabalho.

Crítica: Baroness supera acidente e reinventa seu metal progressivo

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2015 875304161-baronessjimmyhubbard1.jpg_20151218.jpgRIO - Oque faz um grande disco de rock? Muitos buscaram a receita, em vão. O que parece existir é uma combinação de gênio, ambição, perseverança, energia, sensibilidade... E drama. Por pouco uma tragédia não se abateu sobre o Baroness, banda americana da Geórgia. Em 2012, na Inglaterra, um acidente de van deixou feridos seus integrantes (o baixista e o baterista decidiram deixar o barco depois disso). Mas John Baizley (vocal e guitarra) e Peter Adams (guitarra) foram adiante, para não deixar morrer uma carreira promissora que se descortinava com o álbum duplo “Yellow & green”, lançado pouco antes. Azeitada a sua nova formação, eles voltam com “Purple” — um tiro que vai muito além do esperado.

De bom representante do heavy metal progressivo, o Baroness passa agora a banda de rock de primeira linha. E as razões são várias. Meio como o Metallica, que buscou a concisão no seu álbum preto (de 1991), a banda concentrou suas boas ideias em canções mais objetivas. Mas não abdicou da violência, da exuberância instrumental e da exposição emocional em um dos discos mais cheios de facetas do metal recente. Baroness - Chlorine and wine

A produção de Dave Fridmann (que se especializou em formatar a sonoridade de psicodélicos tardios como Flaming Lips e MGMT) se faz notar na maior quantidade de teclados e de climas. Mas eles só deram um pouco mais de cor à sonoridade sem igual da banda, resultado de uma liquidificação de metal contemporâneo, rock sulista dos anos 1970 e tendências pinkflóydicas.

O rufar de tambores e peso mastodôntico das guitarras dão o susto na abertura, com “Morning star”. Os novos integrantes Sebastian Thomas (bateria) e Nick Jost (baixo) se mostram entrosados e dão o show em “The iron bell”. Discos da semana (22/12)

O refrão pegajoso é o que chama a atenção em “Shock me”, mas vale a pena prestar atenção na elaboração da canção. Piano elétrico e baixo dão introdução tocante para “Chlorine & wine”, tipo de música que o Metallica perdeu a habilidade de fazer, com mão pesada e sentimentos. Quando o disco acaba, o ouvinte se dá conta de que não passou por uma faixa fraca sequer.

Nicolas Cage devolve crânio de dinossauro roubado para a Mongólia

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ITALY-CINEMA-VENICE-FILM-FESTIVALLOS ANGELES — Nicolas Cage concordou em entregar um raro crânio de dinossauro a autoridades americanas para que ele fosse devolvido ao governo mongol. O procurador de Nova York entrou com um processo na semana passada pedindo a devolução do crânio de Tyrannosaurus bataar, que teria sido roubado e foi comprado pelo ator americano numa galeria por US$ 276 mil.

O processo não cita especificamente o nome de Cage como dono, mas o assessor do ator confirmou que ele havia comprado o item de uma galeria em Beverly Hills em março de 2007. Cage não foi acusado de nenhum crime, pois concordou voluntariamente em devolver a peça após saber das circunstâncias envolvidas. No dia da compra, o lance de Cage superou um de Leonardo DiCaprio, segundo notícias da época.

Alex Schack, assessor de Cage, disse num email enviado à Reuters que o ator recebeu um certificado de autenticidade da galeria e foi procurado por autoridades americanas pela primeira vez em julho de 2014, quando soube que o crânio poderia ser roubado. Quando ficou comprovado que o item havia sido retirado ilegalmente da Mongólia, ele concordou em devolvê-la.

A galeria I.M. Chait já havia comprado e vendido um esqueleto de dinossauro contrabandeado pelo paleontologista Eric Prokopi, chamado por Bharara de “homem do mercado negro de fósseis pré-históricos”. A galeria, no entanto, também não foi acusada de nenhum crime.

Em dezembro de 2012, Prokopi se declarou culpado de contrabandear um esqueleto de Tyrannosaurus bataar do deserto de Gobi e foi condenado a três meses de prisão. Durante o julgamento, ele ajudou as autoridades a recuperar outros 17 fósseis.

O Tyrannosaurus bataar, como seu primo famoso Tyrannosaurus rex, foi um animal carnívoro que viveu há cerca de 70 milhões de anos. Seus restos foram descobertos apenas na Mongólia, que criminalizou a exportação de fósseis em 1924.

Desde 2012, o escritório de Bharara já recuperou mais de uma dúzia de fósseis do país asiático, sendo três esqueletos completos de Tyrannosaurus bataar.

Dublê que trabalhou em novo 'Star Wars' terá braço amputado

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OLIVIAJACKSON.jpgRIO — Uma dublê inglesa que trabalhou em "Star Wars: O despertar da Força" vai precisar amputar o braço após sofrer um acidente durantes as filmagens de "Resident Evil: The Final Chapter". Olivia Jackson sofreu o acidente no início do ano e agora revelou a gravidade das lesões em entrevista ao jornal "The Sun". Pacotão Star Wars

"Meu braço esquerdo está paralisado e terá de ser amputado", disse ela.

Os ferimentos teriam acontecido quando a atriz de 34 anos estava na África do Sul filmando uma perseguição de moto em alta velocidade. Ela teria batido no braço metálico de uma câmera, que deveria ter levantado quando ela passou.

Após o incidente, Jackson foi colocada em coma induzido. Ela também sofreu ferimentos na cabeça, perfurações em um pulmão e feridas no rosto.

"As cicatrizes faciais são horríveis e eu gostaria de ter meu rosto de volta, mas estou realmente grata por estar viva", disse ela ao "The Sun".

Jackson também trabalhou em "Mad Max: Estrada da Fúria", "Guardiões da Galáxia" e "Os Vingadores: Era de Ultron", entre outros filmes. Ela é casada com o dublê David Grant, que também trabalhou em "O despertar da Força".

"Resident Evil: The Final Chapter", com Milla Jovovich, tem lançamento previsto para setembro de 2016.

Harrison Ford recebeu o maior cachê por novo ‘Star Wars’ (spoilers)

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han-solo.jpgRIO — “Star Wars: O despertar da Força” reuniu em seu elenco os heróis da trilogia original, ao mesmo tempo mantendo a tradição de colocar nomes pouco conhecidos como protagonistas. E nessa mistura de astros de Hollywood e atores iniciantes, Harrison Ford teria recebido até 50 vezes mais que alguns de seus colegas de elenco. Pacotão Star Wars

De acordo com uma pesquisa feita pela “Variety”, Ford recebeu na casa dos oito dígitos (entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões) para voltar ao papel de Han Solo. A revista especializada em cinema foi atrás de suas fontes depois que o tabloide inglês “Daily Mail” publicou que Ford receberia US$ 25 milhões. Um representante da Disney negou, dizendo que a história era “completamente falsa e o valor alto demais”.

Outras fontes, no entanto, confirmaram que cachê do ator de 73 anos foi o maior de todos. Mark Hamill e Carrie Fisher teriam ficado nas casas baixas dos sete dígitos, enquanto os iniciantes John Boyega e Daisy Ridley, apesar de serem os protagonistas, receberam na casa dos seis dígitos (US$ 100 mil a US$ 300 mil). Com o (provável) sucesso do filme, os dois devem conseguir contratos melhores para os próximos filmes.

SPOILERS ABAIXO

Adam Driver e Oscar Isaac teriam ficado nas casas mais altas dos seis dígitos por já terem contratos fixados de trabalhos anteriores no cinema e na televisão. Driver fez papéis menores em filmes como "Lincoln" (2012), "Frances Ha" (2012) e "Inside Llewyn Davis", estrelado por Isaac (2013), mas é mais conhecido pela série "Girls". Isaac tem carreira mais extensa, com filmes como "Ex-Machina" (2015) e "O ano mais violento" (2014) e a série "Show me a hero" (2015). O ator será ainda o vilão em "X-Men: Apocalipse", previsto para o ano que vem.

Ford é considerado a maior estrela do grupo, mas o salário maior provavelmente tem outro motivo. Os cachês de Hamill e Fisher devem aumentar nos próximos filmes, conforme seus papéis cresçam. Ford, no entanto, participou apenas do primeiro filme, uma vez que seu personagem, Han Solo, morre em “O despertar da Força”.

Adele mantém liderança da Billboard pela quarta semana

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RIO — Adele se manteve na liderança da Billboard pela quarta semana seguida e agora "2%" é o disco mais vendido nos EUA desde "21", o álbum anterior da cantora inglesa.

"25" seguiu na liderança com 825 mil cópias vendidas, de acordo com a Nielsen. Esse número considera 790 mil cópias do disco em si, além das vendas singles e execuções em sites de streaming, onde está disponível apenas a faixa "Hello".

Em sua quarta semana na parada, "25" chegou a 5,98 milhões de cópias vendidas, deixando "1989", de Taylor Swift, para trás com 5,57 milhões. Lançado em 2011, "21" já vendeu mais de 11 milhões de cópias nos EUA e 30 milhões no mundo.


Jennifer Lawrence admite ter fumado maconha antes de cerimônia do Oscar

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20130110030804240AP.JPGRIO — Normalmente discreta em relação a sua vida pessoal, Jennifer Lawrence admitiu ter fumado maconha antes de uma cerimônia do Oscar, mas não confirmou qual foi. Ela ganhou o prêmio de melhor atriz em 2013 e tropeçou nas escadas quando subia para receber o troféu, e voltou a levar um tombo no tapete vermelho no ano seguinte.

OSCARS_-GIA124MGI.1.jpgJennifer, de 25 anos, deu a declaração durante o programa "Watch what happens", de Andy Cohen. O apresentador comentou que Susan Sarandon já havia admitido ter fumado em todas as cerimônias do Oscar, ao que a atriz respondeu:

"Isso é incrível. Mas eu sou o contrário. Não fumei em nenhuma. Mas uma vez eu vi meu irmão fumando em um bong antes de um Oscar", disse ela. Ao ser questionada se experimentou um pouco ela respondeu, "Ah, sim."

Jennifer também confirmou ter ficado uma vez com Liam Hemsworth, seu colega de elenco em "Jogos vorazes".

"Liam e eu crescemos juntos. Liam é muito gato. O que você teria feito?".

Gay assumido, Cohen brinca que "pegaria Gale (personagem de Hermsworth) antes de Peeta (interpretado por Josh Hutcherson) a qualquer momento" e Jennifer segue a piada: "Eu peguei! Uma vez".

Jennifer Lawrence admite ter fumado maconha antes de cerimônia do Oscar

Diretor troca Paraty em Foco por festivais em Santos e no interior do Rio

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2015092698749.jpgRIO - Principal festival de fotografia do país e um dos dez maiores do mundo, o Paraty em Foco perdeu um de seus principais diretores, Iatã Cannabrava. O fotógrafo e empresário rompeu com a organização, a cargo do italiano Giancarlo Mecarelli, alegando “divergências de estilo”. À frente de nove das 11 edições do evento, Cannabrava passa a se dedicar a um novo festival, em Santos, no litoral paulista, batizado de Valongo, e busca uma cidade no interior do Rio de Janeiro para continuar investindo na produção cultural do estado.

Previsto para acontecer em agosto de 2016, quando se comemora o mês internacional de fotografia, o Valongo pretende abranger os diferentes aspectos da imagem.

— Este festival aconteceria mesmo se eu continuasse à frente do Paraty em Foco, é um projeto antigo de levar um evento do tipo para São Paulo, com tanta demanda. Quero trazer os roteiristas de “House of cards” e “Breaking bad”, para que a criação do roteiro seja discutida antes da imagem — explica Cannabrava, em entrevista ao GLOBO. — Quanto ao Rio, nossa ideia é criar um projeto no interior do estado ligado às narrativas visuais, mais próximo à literatura e ao cinema, não só voltado para o que está exposto nas paredes das galerias. Pensamos em Vassouras ou Petrópolis, cidades mais baratas que Paraty, que é muito cara para o público.

Apesar de garantir que o rompimento com Mecarelli, que está em Milão, foi “o mais amigável possível”, Cannabrava alega que o criador do festival tem uma visão “mais ortodoxa e romântica” da fotografia.

— O que eu fiz à frente do Paraty em Foco foi acompanhar as transformações pelas quais passou a fotografia nos últimos anos, e elas foram muitas. Câmeras digitais, smartphones, GoPro, drones, tudo isso foi discutido. Gosto de priorizar a discussão da realidade política da fotografia, já o Mecarelli tem uma visão mais romântica, voltada para a fotografia das galerias.

Segundo Cannabrava, seu desligamento da direção não deve afetar a realização da próxima edição do Paraty em Foco. Apesar da crise no Brasil e no estado do Rio, o produtor garante que a relação do festival com a prefeitura da cidade litorânea é “excelente” e que ele tem tudo para continuar acontecendo.

— Nestes anos todos, abordamos os extremos que a sociedade vive através da fotografia. Eu nunca quis fazer um festival de fotografia em si, e sim refletir através dela. Foto boa ou ruim pouco importa hoje, o importante são as narrativas que se constróem com os instrumentos: seja foto, vídeo, literatura.

Ivete Sangalo fala de clipe em 360 graus: 'Reflete o meu movimento'

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Ivete.jpgRIO - Não é novidade que Ivete Sangalo não para. Além da agenda de shows pelo país, apresenta o "Superbonita", no GNT, faz participações recorrentes em programas de TV de várias emissoras, estrela comercial de supermercado e é uma das juradas do "The voice kids", que estreia na Globo em 3 de janeiro. Essa movimentação toda justifica o clipe de "O farol". Clipe Ivete Sangalo

Lançado nesta segunda-feira, às 17h da tarde, na página da cantora no Facebook, o vídeo pode ser acompanhado de vários ângulos, em 360 graus, e já rendeu mais de um milhão de visualizações. Segundo Ivete, representa bem o que ela é:

- Eu imprimo o não estático. O clipe reflete meu movimento. Estou sempre em movimento e o público tinha que estar nesse movimento junto com a gente. Eu gosto de coisas inusitadas, diferentes, e a ideia é que a energia do sol e da noite acompanhem as pessoas no astral - explica ela, que gravou o clipe em São Paulo, nos estúdios da 02, e explica que teve dificuldades para entender o conceito de primeira - O diretor, Ricardo Laganaro, me falou várias vezes que haveria várias câmeras, em várias situações. E aí eles criaram uns truques, umas sobreposições. É um negócio de raciocínio e lógica, de estar na vanguarda.

Gravado em São Paulo, nos estúdios da O2, o clipe é o primeiro de três singles que a cantora vai lançar até abril, quando gravará um DVD. A música, diz, é influência de várias referências de vida, como Prince, Fat Family, Michael Jackson.

- Depois que participei desse projeto do Tim Maia, eu entrei nesse beat, um beat gostoso, com pegada forte. Uma música solar, que fala da construção do dia que vira noite, que vira dia de novo.

Sobre as visualizações, Ivete se empolga:

- Minha filha, fiquei doida. Meus fãs são pancadão mesmo - festeja ela, contando que ficou acompanhando o andamento do vídeo, nervosa. - Estou sempre na emoção, na vibração. Eu sempre quero sentir, gosto disso. Não fico conformada com meus 22 anos de carreira. Ajo sempre como se fosse a primeira vez.

Criadores de ‘Game of thrones’ vão mudar cenas de estupro

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game-of-thrones-sansa-ramsay-wedding-hbo.jpgRIO - A sexta temporada de “Game of thrones” vai trazer uma abordagem diferente nas cenas que mostram violência sexual. As muitas reclamações dos fãs sobre a cena em que Ramsay Bolton (Iwan Rheon) estupra Sansa Stark (Sophie Turner) levaram os criadores da série, David Benioff e DB Weiss, a reconsiderar o modo como retraram o assunto na tela.

De acordo com o diretor Jeremy Podeswa, que dirigiu dois episódios da série, incluindo "Unbowed, unbent e unbroken", o da polêmica cena, os showrunners "foram receptivos à discussão e mudaram algumas coisas como resultado". Podeswa comandará os dois primeiros episódios do novo ano de "Game of thrones". Links GoT

"É importante frisar que isso não é auto-censura. A série mostra um mundo brutal onde coisas horríveis acontecem. Eles não querem ser excessivamente influenciados pelas críticas, mas eles absorveram algumas delas e isso os influenciou de certa maneira", disse o diretor em um evento na Austrália, sem especificar quais mudanças serão feitas.

A polêmica cena de "Unbowed, unbent e unbroken" não constava nos livros de George R. R. Martin, nos quais a série é baseada. Logo após o episódio ir ao ar, Martin defendeu as alterações do livro, descrevendo Sansa como "uma mulher endurecida que faz uma escolha como uma forma de voltar para sua terra".

Podeswa justificou suas escolhas: "Foi uma cena difícil e brutal e nós sabíamos que tinha que se desafiadora para o público. Mas para nós era muito importante não fazer da cena uma forma de exploração. Para ser justo, as críticas falam sobre a ideia de ela ser estuprada, não a execução em si. Isso (o estupro) foi tratado da maneira mais sensível possível, você mal vê o que acontece".

O episódio não foi o único a mostrar atos de violência sexual em "Game of thrones". Normalmente, membros do elenco e da equipe justificam a presença de cenas de estupro sob o argumento de que o mundo fictício de Westeros era brutal. O próprio Martin defendeu. "Estupro, infelizmente, ainda é parte da guerra até hoje. Não deveríamos fingir que ele não existe", disse. As informações são do “Telegraph”.

Chico Buarque e Dado Villa-Lobos gravam canção em apoio a estudantes

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2015 875836960-201512210905262409.jpg_20151221.jpgRIO - A cara do cantor e compositor Dani Black era, como ele mesmo disse, a “de quem não está acreditando”. Fim da ensolarada tarde do último domingo, no estúdio do guitarrista Dado Villa-Lobos, no Horto, e quem aparece é Chico Buarque. Ele chega para gravar sua participação em “O trono do estudar”, que Dani fez em homenagem aos estudantes que ocuparam escolas estaduais de São Paulo, no mês passado, para protestar contra o plano de reorganização escolar do governo que culminaria no fechamento de 92 escolas. Chico Buarque e outros artistas gravam canção em homenagem a estudantes de SP

Rapidamente, Chico se põe a par dos versos do refrão dessa espécie de repente com toques eletrônicos: “Ninguém tira o trono do estudar/ ninguém é dono do que a vida dá/ e nem me colocando numa jaula/ porque sala de aula/ essa jaula vai virar”. “Vai no feeling”, sugere Dani. “Se você cantar comigo, vai ficar ótimo”, devolve o cantor, que não quis dar entrevista. E funciona: a gravação vira uma festa, com um coro reunindo Chico, Dado e o titã Paulo Miklos num catártico “vocês vão ter que me engolir!”.

Mas essas são apenas algumas das 18 vozes de um arco da MPB que participaram da gravação de “O trono do estudar”, cujo clipe está sendo lançado nesta terça dentro do site do Virada Ocupação, movimento organizado pela rede de mobilização Minha Sampa. O ex-titã Arnaldo Antunes, Lucas Silveira (do grupo Fresno), Lucas Santtana, Tiê, Fernando Anitelli (do Teatro Mágico), Miranda Kassin, Tetê Espíndola (que é mãe de Dani), Helio Flanders (do Vanguart) e Tiago Iorc foram alguns dos artistas que gravaram suas participações em São Paulo, sob os cuidados do produtor Fabio Pinczowski.

No Rio, no domingo, Chico, Dado, Zélia Duncan e Pedro Luís deixaram as suas vozes registradas com Pinczowski, numa empreitada realizada com a urgência (e a solidariedade) que os acontecimentos pediam — afinal, das 196 escolas tomadas no auge do movimento, ainda há 47 ocupadas, e a pressão tem dado certo: no dia 4, o governador Geraldo Alckmin suspendeu a proposta de reorganização.

201512210901412402.jpgPaulo Miklos foi um dos artistas que, junto a Maria Gadú, Dani Black, Criolo, Pitty, Céu e Tiê, participaram dos dois dias de shows nas escolas, organizados pela Virada Ocupação.

— Muita gente se prontificou e apareceu voluntariamente para dar uma força. Os primeiros dias foram fantásticos. Nas trocas de banda, enquanto um entrava e outro folgava, os estudantes falavam as palavras de ordem, traziam cartazes, contavam o que estava acontecendo. Lógico que eu subi lá e cantei “Polícia” (dos Titãs) — conta. — A gente estava ali para cantar, mas também para ouvir. Aí, esse cara aqui passou uma noite em claro e compôs uma canção que deu uma panorâmica no que está acontecendo.

Dani Black, o cara em questão, segue com a história.

— O que eu ia fazer lá na ocupação, tocar as músicas do meu disco? A galera estava lá, morando na escola... Aí resolvi canetar, fazer uma coisa para cantar no dia seguinte. Madruguei fazendo a música e, quando amanheceu, gravei um vídeo. E o negócio virou um viral — diz ele, que cantou a canção em primeira mão, com Maria Gadú, na Escola Estadual Brigadeiro Gavião Peixoto, na zona norte de SP.

Na produção da Virada Ocupação, estava Renata Galvão, da Polar Filmes, namorada de Miklos, que assumiu também a produção da gravação do clipe de “O trono do estudar”.

— Tudo aconteceu rápido. A Virada foi produzida em uma semana. E quando a Gadú me mostrou a música do Dani, a gente começou a ligar para todos os artistas e produziu em quatro, cinco dias. Todo mundo foi voluntário, dos cantores e músicos ao pessoal que cedeu o equipamento. Muita gente queria participar (da gravação) e não conseguiu por causa da agenda, como a Pitty, a Céu, o Chico César, a Mariana Aydar — revela.

“PARA MOSTRAR QUE ELES TÊM ALIADOS”

Filha do cantor dos Titãs, a doutora em Relações Internacionais Manoela Miklos, que é ligada a redes de ativistas, foi quem pôs Renata em contato com ONGs como a Minha Sampa e quem, na verdade, iniciou o movimento dos músicos na direção dos estudantes.

— Eu já vinha acompanhando o que os meninos vinham fazendo, havia muita maturidade política e uma inovação de mobilização. E, num determinado momento, eles pediram para que as pessoas doassem aulas. Comentei com o meu pai e aí veio a ideia da Virada, com os dois dias de shows para os estudantes — diz Manoela. — Aí achamos que era bom registrar essa música, dar mais um presente a esses estudantes, ajudá-los com essa narrativa e mostrar que eles têm aliados.

Essa é uma briga de todo mundo, e quando você vê uma juventude tomando atitude, você tem que apoiar, ainda mais numa época tão sombria. E o Dani é tão menino... É um deles. A música diz tudo que a gente precisa, com um jeito brasileiroUma das pessoas com quem Manoela mantinha contato era a jornalista Regina Zappa, biógrafa de Chico Buarque, que falou para o cantor da mobilização em torno da música de Dani Black — e Chico topou participar antes mesmo de ouvi-la. Já Dado Villa-Lobos soube por intermédio do guitarrista Fernando Catatau, do grupo Cidadão Instigado, que participara com ele dos shows da Legião Urbana 30 Anos nas cidades de Franca e Campinas.

— O Catatau estava diretamente envolvido com os meninos da ocupação, e quando a gente conversou é que eu fiquei entendendo o que realmente estava acontecendo — conta Dado. — Não tinha como não topar participar.

Parceira de Dani Black, Zélia Duncan estava feliz de ter conseguido tempo no domingo para deixar o seu toque a “O trono do estudar”, no estúdio do produtor Kassin, em Botafogo.

— Já tinha ouvido a música na internet e achado o máximo. E fiquei feliz de isso ter chegado ao Rio, fico vendo os caras nas escolas para tocar pra molecada lá, fico babando de vontade de participar. É uma maneira de estar junto — diz ela. — Essa é uma briga de todo mundo, e quando você vê uma juventude tomando atitude, você tem que apoiar, ainda mais numa época tão sombria. E o Dani é tão menino... É um deles. A música diz tudo que a gente precisa, com um jeito brasileiro.

Pedro Luís chegou em cima da hora:

— Ontem (no sábado), eu estava em Belo Horizonte, onde vi o show do qual o Dani fazia participação. Voltamos juntos no avião e ele me chamou para participar. Eu já tinha visto a música. Às vezes uma canção funcional não é bacana, e nesse caso ela juntou as duas coisas — explica. — A chegada de todo mundo fez pressão e endossou um dos movimentos mais legítimos que a gente está vendo. Depois das manifestações de 2013, essa foi a coisa mais interessante que aconteceu no Brasil, pessoas de fato tomando conta dos seus espaços e dizendo o que ali deve ser feito diferente.

VEJA COMO FICOU O CLIPE:

"O trono do estudar"

LEIA A LETRA DE 'O TRONO DE ESTUDAR'

Ninguém tira o trono do estudar

Ninguém é o dono do que a vida dá

E nem me colocando numa jaula Porque sala de aula

Essa jaula vai virar

A vida deu os muitos anos de estrutura do humano à procura do que Deus não respondeu

Deu a história, a ciência, a arquitetura, deu a arte e deu a cura e a cultura pra quem leu

Depois de tudo até chegar neste momento me negar conhecimento é me negar o que é meu

Não venha agora fazer furo em meu futuro, me trancar num quarto escuro e fingir que me esqueceu

Vocês vão ter que acostumar porque

Ninguém tira o trono do estudar Ninguém é o dono do que a vida dá

E nem me colocando numa jaula Porque sala de aula

Essa jaula vai virar

E tem que honrar e se orgulhar do trono mesmo e perder o sono mesmo para lutar pelo que é seu

Que neste trono todo ser humano é rei seja preto, branco, gay, rico, pobre, santo, ateu

Pra ter escolha tem que ter escola ninguém quer escola, isto ninguém pode negar

Nem a lei, nem estado, nem turista, nem palácio, nem artista, nem polícia militar

Vocês vão ter que me engolir, se entregar

Porque ninguém tira o trono do estudar

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