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Justiça suspende limite de salas que um mesmo filme pode ocupar

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RIO — A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu o limite de salas que um mesmo filme em cartaz pode ocupar. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) afirmou, em nota, que irá "recorrer da decisão para que sejam mantidas as estratégias de política pública do setor sempre em respeito aos postulados constitucionais e legais.”

Desde 2015, a chamada cota de tela suplementar determina que um filme não pode entrar em cartaz em mais de 30% das salas de um complexo. O cinema que desrespeitasse a cota teria que compensar no ano seguinte, exibindo, por exemplo, mais obras brasileiras.

A medida foi implantada para evitar a ocupação predatória de blockbusters. Caso descumprida, o exibidor ficava sujeito a multas.

Na prática, uma superprodução como "Os Vingadores" não poderia preencher sessões de um mesmo cinema a ponto de não sobrar espaço para um longa brasileiro independente, garantindo, assim, a diversidade dos filmes em cartaz.

Na decisão do TRF, o relator e desembargador Johonsom di Salvo afirma que a qualidade da produção brasileira "é bastante irregular":

"Como se vê, a chamada cota de tela assegura uma reserva de mercado para o produto nacional diante da maciça presença do produto estrangeiro nas salas de cinema, dando ensejo a um escoamento mínimo da produção brasileira, cuja qualidade, note-se, é bastante irregular."

Di Salvo afirma ainda que limitar a presença de "megalançamentos" em cinemas representa "severa intervenção" do Poder Público.

A 6ª Turma analisou — e aprovou com unanimidade — uma apelação proposta pelo Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematógráficas de São Paulo. A reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com a entidade.

— Ainda não estou por dentro dos detalhes da decisão, mas a ausência (do limite de 30%) é um enorme retrocesso — diz Leticia Friedrich, diretora da distribuidora Boulevard Filmes. — Vários países têm cota de tela há muito mais tempo que o Brasil e já provaram como ela fortalece a produção nacional. Essa decisão representa para a gente um passo atrás.

O que é a Cota de Tela?

A Cota de Tela determina o número de dias e a diversidade mínima de títulos brasileiros a serem exibidos nas salas de cinema do país ao longo do ano. O mecanismo visa fortalecer a indústria cinematográfica nacional e ampliar o acesso do público à produção audiovisual brasileira.

Por exemplo: em dezembro de 2017, a Ancine determinou que, em 2018, complexos de uma sala deveriam exibir filmes brasileiros por, pelo menos, 28 dias no ano. O número mínimo de títulos brasileiros diferentes também aumentava progressivamente até chegar aos 24, para complexos com 16 ou mais salas.

A tal cota suplementar está prevista na Medida Provisória (MP) 2228-1/01, que assegurava a Cota de Tela por 20 anos e por decretos e instruções normativas da agência reguladora.

"Ao permitir um escoamento mínimo da produção brasileira, ela (Cota de Tela) amplia o acesso ao público e promove a diversidade dos títulos em cartaz", reforça a Ancine. "Trata-se de uma ferramenta adotada em diversos países para promover o aumento da competitividade e a sustentabilidade da indústria cinematográfica nacional."

A ementa publicada pelo TRF, no entanto, rebate o argumento. Diz que a MP nº 2.228-1/01 em nenhum momento "trata de limite a lançamento simultâneo de filmes e cuida somente da fixação de um número de dias definido anualmente."


Editor do Grupo Companhia das Letras divulga carta sobre crise do mercado de livros

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O presidente do Grupo Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, divulgou nesta terça-feira (27/11) uma carta aberta na qual comenta a crise do setor livreiro, agravada pelos pedidos de recuperação judicial das redes de livrarias Cultura e Saraiva.

"Dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos – gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil", escreve Schwarcz no texto, divulgado no blog da editora e, porteriormente, enviado à imprensa.

No final de outubro, a Cultura tomou a decisão justificando que o setor encolheu 40% desde 2014. Um mês depois, a Saraiva alegou não ter conseguido acordo com fornecedores para renegociação de dívidas, listando débitos de R$ 675 milhões. O pedido de recuperação foi aceito pela Justiça nesta terça.

"As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas", escreve Schwarcz. "Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas".

Ao comentar as demissões na própria Companhia das Letras, o editor afirmou:

"Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários (...) Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir".

Schwarcz incentiva os leitores da carta aberta a espalhar "o desejo de comprar livros neste final de ano (...) em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer".

Após venda casada, rock volta ao topo das paradas com novo álbum do Mumford & Sons

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NOVA YORK — Depois de incursões recentes de Bon Jovi, Arcade Fire e Dave Matthews Band, o rock voltou ao topo das paradas americanas nesta semana com “Delta”, quarto disco de estúdio da banda britânica Mumford & Sons. Em comum entre os exemplos, uma tática que tem virado corriqueira na indústria para “bombar” certos lançamentos: a venda casada entre shows e álbuns.

Todos aqueles que compraram ingressos para a nova turnê do Mumford & Sons foram agraciados com uma cópia de “Delta”, contabilizada como venda pela “Billboard”, revista americana que ranqueia os mais vendidos nos Estados Unidos em parceria com a empresa Nielsen Music. Em sua semana de lançamento, o álbum dos ingleses registrou o equivalente a 230 mil unidades comercializadas, somando vendas digitais e físicas com as 19 milhões de reproduções que acumulou em diferentes plataformas. Links Mumford

Segundo a “Billboard”, “Delta” representa o maior lançamento de uma banda de rock alternativo em 2018, e o segundo no rock em geral, atrás apenas de “Come tomorrow”, da Dave Matthews Band. É a terceira vez que o Mumford & Sons chega ao topo das paradas, seguindo o caminho de “Wilder mind” (2015) e “Babel” (2012) — o último, laureado com o Grammy de álbum do ano.

A tática de combinar vendas de ingressos com discos não é usada apenas entre bandas de rock, vale salientar. Recentemente, o mesmo foi feito com cantores pop como P!nk (em “Beautiful trauma”), Katy Perry (“Witness”) e Justin Timberlake (“Man of the woods”). Delta

Divulgada nesta segunda-feira, a lista da “Billboard” de mais vendidos nesta semana trouxe uma outra curiosidade: pela primeira vez em 2018, um álbum de rap não aparece entre os cinco primeiros. “Delta” é seguido por “Love” (de Michael Bublé), por “The greatest showman: Reimagined” (em que artistas como P!nk e Kesha fazem releituras do musical “O rei do show”), pela trilha sonora de “Nasce uma estrela” e pelo novo álbum de Mariah Carey, “Caution”.

Decisão de Macron de devolver obras de arte ao Benin movimenta museus pela Europa

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LONDRES - Quando o presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu de volta um relatório que havia encomendado sobre a restituição de tesouros africanos, na última sexta-feira, ele logo anunciou que o Museu do Quai Branly, em Paris, devolveria 26 objetos, resultado de pilhagem das forças francesas em 1892, no Benin. Os autores do relatório, o francês Bénédicte Savoy e o senegalês Felwine Sarr, recomendaram que todos os objetos retirados sem consentimento de países africanos sejam devolvidos a seus países de origem, se estes pedirem.

Macron pediu a seus ministros da Cultura e das Relações Exteriores que executassem um projeto estabelecido há um ano: que os tesouros culturais da África Sub-Saariana se tornem acessíveis, através das restituições e também de exposições, intercâmbios e empréstimos. Ele também convocou uma conferência internacional no começo de 2019 para debater essa política.

Na Europa, o anúncio das restituições gerou reações cuidadosas dos diretores de museus, devido ao precedente que abre. Eles logo enfatizaram que Macron estava falando apenas pela França, embora admitissem que suas ações e discurso tenham turbinado as discussões.

A devolução de 26 artefatos para o Benin “não muda a política do Museu Britânico e nem a legislação na Grã-Bretanha”, disse Hartwig Fischer, diretor da instituição londrina, que tem 73 mil objetos da África Sub-Saariana em suas coleções. Fischer disse que o museu está aberto a “todas as formas de cooperação, mas as coleções devem ser preservadas por inteiro”. Ele reconheceu que o anúncio de Macron contribuiria para a “próxima dimensão da cooperação”, na medida em que os países africanos desenvolvam sua infraestrutura cultural e museológica.

Hartmut Dorgerloh, diretor do Fórum Humboldt, de Berlim, museu de arte não ocidental com abertura marcada para 2019, disse que a decisão de Macron tornou a questão da herança africana “mais óbvia, mais visível e também mais urgente”. No futuro, segundo ele, os museus europeus seriam obrigados a devolver artefatos, em alguns casos, enquanto em outros as coleções teriam que ser vistas como “resultado de história europeia ou mundial”.

— Vamos voltar no tempo até quando, até o Império Romano? — perguntou ele. — Porque muitos dos artefatos foram roubados pelos romanos na Grécia ou no Egito.

79996780_Three large royal statues of the Kingdom of Dahomey from L to R half-man half-lion of King.jpg

Os objetos que Macron está devolvendo ao Benin são as joias da coleção do Museu do Quai Branly. Obtidos quando as forças colonizadoras francesas saquearam a capital do Reino de Daomé, são tesouros que o rei deixou para trás na fuga: estátuas, tronos e até as portas esculpidas de seu palácio.

Embora o relatório de Davoy e Sarr não aconselhe empréstimos a longo prazo, Macron já se disse favorável a “restituições temporárias”. Um exemplo do tipo de cooperação que ele pode estar buscando é o Grupo de Diálogo do Benin, que tem representantes também da Nigéria e dos grandes museus que exibem tesouros do antigo Reino de Benin.

O Príncipe Kum’a Ndumbe III, do povo Duala, da República dos Camarões, que dirige a ONG AfricAvenir International, dedicada à devolução de artefatos do continente, disse que o relatório é “o primeiro passo na direção certa”. Segundo ele, tal compromisso era esperado desde que Camarões e outros países conseguiram sua independência da França, em 1960.

— Não se trata apenas da devolução da arte — disse o príncipe. — Quando alguém rouba a alma de um povo, é muito difícil sobreviver.

Atração do Lollapalooza, The 1975 lança seu álbum mais ambicioso, e Matt Healy debocha de quem questiona se ‘ainda é rock’

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The 1975 lança seu álbum mais ambicioso, e Matt Healy debocha de quem questiona se 'ainda é rock'

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Arctic Monkeys anuncia show no Rio de Janeiro em 2019

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RIO — Os britânicos do Arctic Monkeys anunciaram nesta quarta-feira que farão um show no Rio de Janeiro. A apresentação está marcada para o dia 3 de abril de 2019 na Jeunesse Arena, Barra da Tijuca. A banda também será um dos headliners do Lollapalooza 2019, que ocorrerá entre 5 e 7 de abril em Interlagos, São Paulo. Show arctic

Links arctic monkeysOs ingressos para a apresentação no Rio variam de R$ 160 a R$ 580. Eles poderão ser adquiridos a partir de 3 de dezembro no site da Tickets for Fun.

'Divino Amor', de Gabriel Mascaro, é selecionado para competição do Festival de Sundance 2019

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RIO - Tem Brasil no próximo Festival de Sundance, que acontece entre 24 de janeiro e 3 de fevereiro, em Utah, nos Estados Unidos.

"Divino Amor", do pernambucano Gabriel Mascaro, será exibido na mostra competitiva World Dramatic. A seleção foi anunciada nesta quarta-feira.

— O filme se passa num futuro próximo, quando a religião passa a influenciar o Estado, que ainda se diz laico. É um filme que especula um futuro próximo através de uma alegoria fantástica, mesmo que o presente mande sinais de fantasia. Ele se passa em 2027, quando a festa mais importante do Brasil não é mais o Carnaval — adiantou Mascaro ao GLOBO.

Estrelado por Dira Paes e Julio Machado, o filme acompanha a história de Joana, uma escrivã de cartório que tenta "salvar" casais do divórcio levando-os a uma terapia religiosa de reconciliação chamada Divino Amor. Link festivais de cinema

Evangélica, Joana vê a família como uma instituição sagrada. O problema é que, em casa, ela enfrenta uma crise no casamento com Danilo, que é infértil.

Este é o primeiro longa de Gabriel Mascaro desde o aclamado "Boi neon" (2015), projetado em vários festivais ao redor do mundo, incluindo Veneza e Toronto. "Divino Amor" tem roteiro assinado por Mascaro, Rachel Ellis, Esdras Bezerra de Andrade e Lucas Paraízo.

Outro filme brasileiro em competição é o novo documentário da diretora Petra Costa, ainda sem um título definido, que fará sua estreia mundial em Sundance. O longa, que compete na mostra de docs internacionais, teve "acesso sem precedentes" aos presidentes Dilma Roussef e Luiz Inácio Lula da Silva para contar a ascensão e queda do PT, e a polarização que se criou no Brasil a partir do processo de impeachment.

Por fim, "Abe", de Fernando Grostein Andrade (irmão do apresentador Luciano Huck), representará o país na mostra de filmes infantis. Apesar de ser uma produção brasileira, o filme se passa no Brooklyn. É la que vive o jovem Abe, de 12 anos, interpretado por Noah Schnapp, o Will Byers da série "Stranger things".

Filho de mãe israelense judia e pai muçulmano, o menino tenta terminar com a briga entre os avós dos dois lados, que se odeiam. A direção de fotografia é assinada pelo veterano italiano Blasco Giurato, do clássico "Cinema paradiso" (1988).

O Festival de Sundance é o primeiro grande festival do ano, e é focado no cinema independente. Em 2017, dois títulos brasileiros passaram por lá: "Benzinho", de Gustavo Pizzi, e "Ferrugem", de Aly Muritiba.


Em um exercício de escuta e busca poética, o Grupo Galpão vai aonde o povo está

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RIO — Em sua segunda colaboração com o diretor Marcio Abreu, os mineiros do Grupo Galpão foram literalmente ao encontro do público para desenvolver seu novo espetáculo, “Outros”, que estreia hoje no Rio, no Sesc Ginástico, após temporada de um mês em Belo Horizonte.

Para desenvolver a dramaturgia, os atores levaram às ruas da capital mineira uma série de ações performativas, individuais e coletivas, após realizarem uma oficina de uma semana com a performer e professora carioca Eleonora Fabião. Eduardo Moreira montou no espaço público um varal e sugeria a troca de roupa com os transeuntes; Paulo André criou uma espécie de jogo da memória com o lixo encontrado na rua; Inês Peixoto levou uma máquina de custura para a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, ao som de temas de Chiquinha Gonzaga, convidando o público a fazer “consertos e concertos”.

Grupo GalpãoAinda que não esteja presente de forma explícita no texto de “Outros”, o resultado das performances deram ao elenco — que também inclui Teuda Bara, Lydia Del Picchia, Antonio Edson, Fernanda Vianna, Beto Franco, Júlio Maciel e Simone Ordones — dá a temperatura do espetáculo, dentro da proposta que partia da busca por alteridade e poesia.

Em cena, o 24º espetáculo do Galpão se divide em dois momentos centrais: no primeiro há uma polifonia de discursos, onde as falas se sobrepõem até quase o esgarçamento da palavra. No segundo, o gestual prevalece e o grupo explora outras linguagens, como a dança e a música, para estabelecer o contato com o público. A estreia em Belo Horizonte, a poucos dias do segundo turno das eleições, levou à cena uma dramaturgia calcada na tentativa de escuta, mas onde os personagens criam diálogos impossíveis, onde todos falam e ninguém ouve — uma alegoria das relações sociais contemporâneas?

80076454_SC Rio de Janeiro RJ 28-11-2018 - Estreia do espetaculo Outros do grupo Galpao no Teatro Gi.jpg— Ainda que o espetáculo não tenha a pretensão ou a ingenuidade de dar conta deste momento do país, como qualquer obra de arte ele também é uma testemunha de seu tempo, é um vestígio da passagem das pessoas pela história — destaca Marcio Abreu, que volta a dirigir a companhia mineira depois de “Nós” (2016). — Existe, claro, um pensamento crítico com relação a estes ruídos do diálogo, no discurso que ouvimos nas ruas e no ambiente virtual, onde damos poder tanto a robôs quanto a pessoas que assumem comportamentos robóticos.

Para Eduardo Moreira, ainda que não haja um discurso político evidente no texto, a peça encarna o espírito do tempo atual, inclusive no ato de ir às ruas na tentativa de ouvir o outro, algo que se viu na disputa eleitoral, na reta final do segundo turno.

— O Galpão vem do teatro de rua, sentimos que era fundamental essa volta ao espaço público, de interagir com o cotidiano da cidade — ressalta o ator. — O lugar do artista é o da poesia, não o do discurso político. Mas acredito que a peça retrate a urgência dessa necessidade do encontro, a importância de estar aberto a ouvir o outro.

80076448_SC Rio de Janeiro RJ 28-11-2018 - Estreia do espetaculo Outros do grupo Galpao no Teatro Gi.jpgNos seus 36 anos de trajetória, a companhia experimentou várias formas de linguagens artísticas em seus espetáculos. Em “Outros”, o grupo novamente executa as músicas ao vivo, além de cantar e dançar. A novidade ficou por conta da composição das canções que integram a dramaturgia, desta vez assinadas pela trupe.

— Nos espetáculos anteriores, como o “De tempo somos” (2014), interpretamos músicas de outros autores. Fazer as letras e melodias dos temas que levamos ao palco foi um desafio diferente — comenta Beto Franco.

Inês Peixoto acredita que o processo de criação a partir dos atos performativos abriu possibilidades para o improviso, ainda que o espetáculo necessite de marcações e deixas precisas para funcionar:

— A peça exige que você se coloque no lugar do outro, com todas as suas complexidades. A partir de tudo o que construímos em cena, o acaso é bem-vindo, ele torna o processo vivo.

“Outros”

Onde: Sesc Ginástico — Av. Graça Aranha 187, Centro (2279-4027). Quando: Qua. a sáb., às 19h; dom, às 18h. Estreia hoje, às 20h. Até 23/12. Quanto: R$ 30. Classificação: 16 anos.

Quadro de Renoir é roubado em sala de leilões em Viena

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VIENA - Um pequeno quadro do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir foi roubado de uma casa de leilões no centro de Viena, informou nesta quarta-feira a polícia municipal, que está a procura de três suspeitos.

A pintura, que retrata uma paisagem marítima, deveria ser leiloada nesta quarta-feira, mas desapareceu na tarde de segunda, segundo a polícia. O quadro estava avaliado em entre 120 mil e 160 mil euros.

A polícia divulgou imagens de câmeras de vigilância nas quais três homens entram na sala de leilão de Dorotheum às 17H15m (14H15m Brasília) e se dirigem ao local onde estava o quadro.

"Provavelmente foi um serviço de profissionais", declarou Patrick Maierhofe, porta-voz da polícia de Viena.

A pintura, realizada em 1895, tem 40x27 centímetros e é chamada "Golfo, mar e desfiladeiros verdes".

A convite do GLOBO, personalidades de várias áreas fazem declarações de amor aos livros

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Margaret Atwood, criadora de 'Handmaid's tale', anuncia sequência do livro

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NOVA YORK — Durante anos, fãs fervorosos do clássico distópico de Margaret Atwood, "O conto da aia" (título no Brasil de "Handmaid's tale"), vêm exigindo uma continuação. E por anos, Atwood recusou. Mas agora a autora decidiu continuar o conto, mais de três décadas depois de ter sido publicado pela primeira vez. Atwood anunciou que publicará "The testaments", uma sequência de “The Handmaid's Tale”, em setembro de 2019. 15 anos após a cena final da história, o novo romance vai apresentar três narradoras femininas.

Em um comunicado divulgado por sua editora, Atwood disse que decidiu voltar à história não apenas por causa de seus fãs vorazes, mas porque queria explorar os sinistros paralelos entre sua distopia imaginada e nosso atual clima político.

— Caros leitores: tudo o que vocês me perguntaram sobre Gilead (onde se passa a história) e seu funcionamento interno é a inspiração para este livro— disse ela. — Bem, quase tudo! A outra inspiração é o mundo em que vivemos.

Há claramente um enorme apetite por contos distópicos feministas no momento. As vendas de "O conto da aia" aumentaram após a eleição de 2016, impulsionada pela série de televisão aclamada pela crítica, e o romance vendeu mais de 3 milhões de cópias nos últimos dois anos, ficando 88 semanas na lista de mais vendidos do "New York Times".

Nas telas, conto se expandiu

A série de TV já foi além do escopo do romance, para satisfazer o desejo dos fãs por uma sequência antes de Atwood, e criou um universo paralelo de ficção, um tanto desajeitado, que não reflete a visão de Atwood para uma sequência. Sua editora tentou impedir qualquer confusão no comunicado à imprensa anunciando que "'The Testaments' não está ligado à adaptação para televisão de "Handmaid's Tale". Trailer handmaids tale

Nem todo mundo ficou empolgado com a ideia de uma vida após a morte de “O conto da aia”. Alguns leitores preferem que Atwood deixe seu clássico sozinho, em vez de lucrar com a construção de uma franquia. Sua editora, Nan A. Talese / Doubleday, está antecipando o sucesso e está planejando uma primeira impressão de 500.000 cópias para "The testaments".

Atwood sempre disse que seu romance não se baseava em uma visão horrível do futuro, mas em eras históricas reais nas quais as mulheres não tinham direitos básicos, assim como as sociedades patriarcais teocráticas em todo o mundo. O romance é ambientado em uma sociedade totalitária no futuro próximo da Nova Inglaterra, onde um grupo religioso radical tomou o poder, as mulheres são proibidas de ler, a homossexualidade é punida com a morte e a degradação ambiental levou à infertilidade generalizada. Links handmaid

"O conto da aia" tornou-se um clássico instantâneo quando foi publicado pela primeira vez em 1985. Foi finalista do Booker Prize e vendeu mais de 8 milhões de cópias globalmente. Mas o romance assumiu uma nova ressonância nos últimos meses, já que muitas mulheres se tornaram mais falantes sobre assédio sexual e agressão e restrições sobre os direitos reprodutivos das mulheres. O apelo cultural do romance também recebeu um impulso da premiada adaptação televisiva, estrelada por Elisabeth Moss como a serva Offred, que foi renovada para uma terceira temporada.

Nas ruas, virou política

"O conto da aia", que acontece em um estado teocrático futurista chamado Gilead, no qual as mulheres são tratadas como propriedade e usadas como servos reprodutivos, tornou-se quase uma abreviatura cultural da opressão patriarcal. Mulheres vestidas com roupas vermelhas e gorros brancos, os trajes que as servas de Atwood usam, se reuniram em protestos em diversos lugares para expressar sua oposição às políticas que restringem o acesso das mulheres ao aborto e aos cuidados de saúde. 80073888_FILE PHOTO Activists dressed up as characters from The Handmaid%27s Tale take part in a d.jpg

Nas marchas das mulheres em janeiro de 2017 para protestar contra a posse do presidente Donald Trump, os manifestantes carregaram cartazes referentes ao romance, com slogans do tipo: "Make Margaret Atwood Fiction Again!" E "The Handmaid's Tale NÃO é um Manual de Instruções!".

— Na sociedade ocidental, você não precisa voltar muito longe para encontrar muitas das coisas que eu coloco — afirmou Atwood em entrevista ao The Times no início deste ano, quando falou sobre o crescente interesse em histórias distópicas feministas. — Como recentemente as mulheres ganharam o direito de controlar sua própria propriedade?.

Atwood disse que o recente ressurgimento do romance reflete nossa preocupação cultural em imaginar futuros desastrosos como forma de digerir as ansiedades atuais sobre o extremismo político e o destino do planeta.

— Vivemos em uma época de distopias, não apenas por causa das questões das mulheres, mas por causa do que está acontecendo com o planeta. As coisas não estão certas.

Reggae é eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco

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RIO — Símbolo musical do país caribenho, o reggae jamaicano encantou o mundo através de seu maior ícone, Bob Marley. Agora, o ritmo acaba de entrar para a lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.

Nascido nos subúrbios da capital Kingston, local onde mora a população marginalizada da Jamaica, o reggae é "um amálgama de numerosas influências musicais, incluindo formas jamaicanas anteriores, assim como linhagens caribenhas, norte-americanas e latina", segundo foi publicado o site da organização.

A Unesco destacou o poder de comunicação do estilo musical, que abraça desde temas ligados a combate ao racismo e opressões, até canções de amor e da celebração da natureza.

"Sua contribuição para o discurso internacional sobre questões de injustiça, resistência, amor e humanidade ressalta sua dinâmica de ser ao mesmo tempo cerebral, sócio-político, sensual e espiritual", publicou a instituição. No woman no cry

A lista da Unesco, que conta atualmente com 430 elementos, documenta manifestações e práticas de diferentes culturas que merecem reconhecimento. Links Unesco

O Brasil é representado por cinco tradições culturais: a arte gráfica dos índios oiampis, o samba de roda do Recôncavo baiano, o frevo do carnaval de Recife, o Círio de Narazé em Belém e, mais recentemente, a capoeira.

Grupo Galpão estreia peça criada a partir de performances em espaços públicos

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RIO — Em sua segunda colaboração com o diretor Marcio Abreu, os mineiros do Grupo Galpão foram literalmente ao encontro do público para desenvolver seu novo espetáculo, “Outros”, que estreia quinta-feira no Rio, no Sesc Ginástico, após temporada de um mês em Belo Horizonte.

Para desenvolver a dramaturgia, os atores levaram às ruas da capital mineira uma série de ações performativas, individuais e coletivas, após realizarem uma oficina de uma semana com a performer e professora carioca Eleonora Fabião. Eduardo Moreira montou no espaço público um varal e sugeria a troca de roupa com os transeuntes; Paulo André criou uma espécie de jogo da memória com o lixo encontrado na rua; Inês Peixoto levou uma máquina de custura para a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, ao som de temas de Chiquinha Gonzaga, convidando o público a fazer “consertos e concertos”.

Grupo GalpãoAinda que não esteja presente de forma explícita no texto de “Outros”, o resultado das performances deram ao elenco — que também inclui Teuda Bara, Lydia Del Picchia, Antonio Edson, Fernanda Vianna, Beto Franco, Júlio Maciel e Simone Ordones — dá a temperatura do espetáculo, dentro da proposta que partia da busca por alteridade e poesia.

Em cena, o 24º espetáculo do Galpão se divide em dois momentos centrais: no primeiro há uma polifonia de discursos, onde as falas se sobrepõem até quase o esgarçamento da palavra. No segundo, o gestual prevalece e o grupo explora outras linguagens, como a dança e a música, para estabelecer o contato com o público. A estreia em Belo Horizonte, a poucos dias do segundo turno das eleições, levou à cena uma dramaturgia calcada na tentativa de escuta, mas onde os personagens criam diálogos impossíveis, onde todos falam e ninguém ouve — uma alegoria das relações sociais contemporâneas?

80076454_SC Rio de Janeiro RJ 28-11-2018 - Estreia do espetaculo Outros do grupo Galpao no Teatro Gi.jpg— Ainda que o espetáculo não tenha a pretensão ou a ingenuidade de dar conta deste momento do país, como qualquer obra de arte ele também é uma testemunha de seu tempo, é um vestígio da passagem das pessoas pela história — destaca Marcio Abreu, que volta a dirigir a companhia mineira depois de “Nós” (2016). — Existe, claro, um pensamento crítico com relação a estes ruídos do diálogo, no discurso que ouvimos nas ruas e no ambiente virtual, onde damos poder tanto a robôs quanto a pessoas que assumem comportamentos robóticos.

Para Eduardo Moreira, ainda que não haja um discurso político evidente no texto, a peça encarna o espírito do tempo atual, inclusive no ato de ir às ruas na tentativa de ouvir o outro, algo que se viu na disputa eleitoral, na reta final do segundo turno.

— O Galpão vem do teatro de rua, sentimos que era fundamental essa volta ao espaço público, de interagir com o cotidiano da cidade — ressalta o ator. — O lugar do artista é o da poesia, não o do discurso político. Mas acredito que a peça retrate a urgência dessa necessidade do encontro, a importância de estar aberto a ouvir o outro.

80076448_SC Rio de Janeiro RJ 28-11-2018 - Estreia do espetaculo Outros do grupo Galpao no Teatro Gi.jpgNos seus 36 anos de trajetória, a companhia experimentou várias formas de linguagens artísticas em seus espetáculos. Em “Outros”, o grupo novamente executa as músicas ao vivo, além de cantar e dançar. A novidade ficou por conta da composição das canções que integram a dramaturgia, desta vez assinadas pela trupe.

— Nos espetáculos anteriores, como o “De tempo somos” (2014), interpretamos músicas de outros autores. Fazer as letras e melodias dos temas que levamos ao palco foi um desafio diferente — comenta Beto Franco.

Inês Peixoto acredita que o processo de criação a partir dos atos performativos abriu possibilidades para o improviso, ainda que o espetáculo necessite de marcações e deixas precisas para funcionar:

— A peça exige que você se coloque no lugar do outro, com todas as suas complexidades. A partir de tudo o que construímos em cena, o acaso é bem-vindo, ele torna o processo vivo.

“Outros”

Onde: Sesc Ginástico — Av. Graça Aranha 187, Centro (2279-4027). Quando: Qua. a sáb., às 19h; dom, às 18h. Estreia hoje, às 20h. Até 23/12. Quanto: R$ 30. Classificação: 16 anos.

Ex-integrantes da Legião Urbana deverão pagar pelo uso da marca

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RIO — Mais de duas décadas após a morte de Renato Russo, a marca Legião Urbana continua em disputa. O último episódio do imbróglio ocorreu na terça-feira (27), quando a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá possam usar gratuitamente o nome da banda que foi liderada por Russo (1960-1996).

Desde 2015 os ex-integrantes estão em turnê tocando os sucessos da banda, inicialmente com o projeto "Legião Urbana 30 anos", que apresentava o disco de estreia na íntegra, e atualmente com músicas de dois outros LPs, "Dois" e "Que País é Este?". Em 2013 os músicos haviam conquistado o direito de usar a marca, após ficaram impedidos de usá-la pelos familiares do vocalista.

Segundo a nova decisão, eles terão que pagar um terço do que faturaram com a turnê para a empresa Legião Urbana Produções Artísticas, de propriedade de Giuliano Manfredini, único filho de Renato Russo. Procurado pelo GLOBO, o advogado de Dado e Bonfá, Maurício Melek, afirmou que ainda não foi intimado oficialmente. Porém, disse que o resultado não teria sido "razoável".

— A decisão faz com que o herdeiro ganhe 33% (um terço), que seria o que o Renato ganharia se estivesse vivo, mas sem trabalhar nos shows como o pai.

Para Meleck, o que legitima o pagamento dos royalties por uso de marca é o investimento que foi feito para faze-la ficar famosa.

— Esse investimento foi feito por Dado e Bonfá também. Foram eles que trabalharam e deram suas vidas para fazer desse nome o que é hoje.

A Legião Urbana Produções Artísticas surgiu em 1987, junto com outras três empresas criadas pelos integrantes da banda para proteger os interesses dos músicos. Renato Russo era o sócio majoritário da empresa. Nessa época, a banda entrou com pedidos de registro da marca “Legião Urbana” no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Mas o registro só foi obtido depois que Dado e Bonfá deixaram a sociedade, e a empresa passou aos cuidados da família de Russo.

Segundo o advogado da produtora, Guilherme Coelho, Dado e Bonfá tinham cotas minoritárias, que foram vendidas para Russo ainda em vida. Para ele, a nova decisão foi a "mais correta".

— Eles têm que pagar pelo uso. A manutenção do registro implica em custos, que são gerenciados pela produtora. Se eles podem usar o nome, isso não pode ser gratuito.

Ele afirma ainda que Giuliano jamais se opôs a turnês dos músicos com as canções da banda. Porém, o uso da marca teria que ser em acordo com a empresa.

— Em vida, o acordo nunca foi deles (Dado e Bonfá). Querem se aproveitar que o Renato Russo não está mais aqui para ter o domínio pleno da marca.

A decisão vale até que o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, fixe o entendimento sobre o imbróglio judicial.


Pietá canta a cidade e o feminino no terraço do GLOBO

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RIO — A banda é composta por poesia, arte e rua. Carrega um pouquinho do Nordeste, mas foi no Rio que sua música se encontrou. E, desde 2012, a Pietá vem ocupando espaços pelo Brasil. Nesta semana, o grupo formado por Juliana Linhares, Fred Demarca e Rafael Lorga entrou em mais um desses espaços: o trio gravou a canção "Suçuarana", de Fred Demarca e Iara Ferreira, na série Toca no Telhado, em que artistas se apresentam no terraço do jornal O GLOBO, no Centro do Rio de Janeiro. A música, que fará parte do segundo disco da banda, a ser lançado no início de 2019, foi escolhida para destacar a força da mulher.

— Ela foi feita pensando no repertório do disco e no feminino que é muito necessário para as mulheres, e para os homens também, para toda a Humanidade — diz Juliana.

Pietá toca no telhado do Globo

A Pietá tocará "Suçuarana", novas canções e também músicas de seu primeiro disco, "Leve o que quiser", no palco da Caixa Cultural Rio de Janeiro, entre sexta-feira (29 de novembro) e domingo (2 de dezembro). Os shows terão participações especiais de Caio Prado, Doralyce, Lívia Nestrovski e Duda Brack. cada um a cada dia. Sobre o novo disco, Rafael afirma:

— A gente vive intensamente o Rio e acumula e absorve experiências. Com certeza o segundo álbum carrega essas vivências.

Sequence Toca no Telhado O Globo.00_03_29_07.Still006.jpg

O som da Pietá, que nasceu num quintal em Santa Teresa, traz a leveza e o caos do Rio em algumas letras. Segundo eles, tocar com a paisagem do Centro da cidade ao fundo traduz esse sentimento.

— Olhando para o entorno a gente vê favela, o Centro do Rio... Primeiro dá um arrebatamento. Mas, quando a gente começa a cantar, se sente em cima das nuvens — conta Fred.

A sensação de deslumbramento com a cidade está em algumas das novas músicas que serão apresentadas nos shows, como os novos singles “Virará” e “Jabaculê". O primeiro, "Virará" fala sobre a cidade que ao mesmo tempo acolhe e distorce, sob uma voz que se empoderou do ser urbano, mote da banda. Já o segundo, “Jabaculê” brinca com palavra “propina”, tão combatida quanto consagrada pelo que se convencionou de 'jeitinho brasileiro'.

— As referências foram se misturando, e o que hoje a gente traz como música é fruto do nosso encontro de sete anos, das nossas vivências, do que a gente quer agora —reflete Juliana.

Links Toca no Telhado (29/11)A gravação da Pietá foi a 34ª do Toca no Telhado. O projeto já recebeu artistas como Zeca Pagodinho, Novos Baianos, Sublime with Rome, Andru Donalds, Tim Bernardes, Humberto Gessinger, Lucy Alves, Rubel, Thiago Amud e Julia Vargas com Caio Prado.

SERVIÇO

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro - Teatro de Arena (Av. Almirante Barroso, 25, Centro) Data: de 29 de novembro a 02 de dezembro (quinta a domingo)
Horário: de quinta a sábado, às 19h; domingo às 18h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia. Classificação: Livre

RIO2C 2019 foca em criatividade brasileira e neurociência

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SÃO PAULO - Em 2019, o Rio Creative Conference (Rio2C) terá novos espaços dedicados às áreas de neurociência e inovação, com foco em exemplos brasileiros. Sucessor do Rio Content Marke, em sua segunda edição o RIO2C será realizado novamente na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, de 23 a 28 de abril do ano que vem. O maior evento da indústria criativa na América Latina tem expectativa de receber 25 mil pessoas, entre profissionais e fãs, com painéis que tratam de produção audiovisual, musical, mídia e tecnologia.

Entre os 600 palestrantes do evento já estão confirmados nomes como Aron Walker, produtor da franquia Shrek; o autor e roteirista Patrick Somerville, criador da série “Maniac” (Netflix); o músico Heitor TP, brasileiro há muito tempo radicado nos EUA, ex-guitarrista do Simply Red e compositor de trilhas de blockbusters do cinema, como “Minions” e “Meu Malvado Favorito 2”. Mais nomes serão anunciados nos próximos meses.

O evento terá novos espaços: a Casa das Marcas, dedicada a discussões na área de conteúdo; o Brain Space, voltado à neurociência e a suas pontes com a inovação. Rafael Lazarini, criador e CEO do evento, ressaltou a ampliação temática do Rio2C em uma cerimônia de lançamento realizada nesta quinta-feira, 29/11, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

— Inovar não é mais inovador. O mundo urge uma visão muito mais abrangente para gerar novidades — disse Lazarini. — O Rio2C é pra todo mundo que não está acomodado e não quer se acomodar.

Nesta edição, o evento se dividirá nos campos Conferência, Mercado e Festival. Os dois primeiros são voltados para profissionais da indústria criativa, e o terceiro engloba uma programação voltada a estudantes, universitários e recém-formados.

O crepúsculo do tiozão

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Análise: reconhecimento do reggae pela Unesco faz justiça à cultura do Terceiro Mundo por linhas tortas

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Filme francês ‘A prece’ conta a história de jovem viciado em heroína que se interna em comunidade religiosa

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Protagonista de “A prece”, um jovem de 22 anos decide se internar em uma comunidade religiosa de ex-dependentes químicos para acabar com o vício da heroína. Aos pés dos Alpes franceses, Thomas (Anthony Bajon) enfrentará uma dura rotina de preces e trabalho para se livrar do vício. Em uma jornada cheia de obstáculos, ele se verá diante de um dilema: se entregar ao sacerdócio ou ceder a uma paixão. No início do ano, Bajon, um ator iniciante que foi escolhido para o papel por meio de testes, levou o prêmio de melhor interpretação masculina no Festival de Berlim.

“A prece”, que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde ontem, tem origem em uma pesquisa da jornalista e escritora francesa Aude Walker sobre experiências religiosas no tratamento de toxicômanos. O diretor do filme, Cédrik Khan, que também é ator, conta que, a princípio, tentou escrever ele mesmo uma primeira versão do roteiro a partir dos dados levantados por Aude. Mas empacou na dificuldade de entrar, sem ser moralista, nos temas que queria abordar e ligar a partir da história do personagem: as drogas e a religião.

— Não sou toxicômano nem religioso — explica Khan, por telefone, de Paris. — Por isso, não consegui encontrar um caminho satisfatório para falar dessas duas coisas. Quando Fanny Burdino e Samuel Doux, uma dupla de roteiristas, entrou na projeto, voltamos a fazer entrevistas com pessoas que passaram por essa experiência. E tudo começou a fazer mais sentido.

O que intrigava Khan era como a fé preenchia o vazio produzido pela ação das drogas na via dos usuários. E também como uma pessoa tomada por uma pulsão de morte de repente caminha para um movimento totalmente contrário, de pulsão da vida:

— Não era só falar de um não religioso que se rende à fé — fala ele. — Era tentar mostrar a experiência dessas pessoas de forma mais ampla e complexa, com todas as dificuldades pelas quais elas passam. Queria que os espectadores, religiosos ou não, usuários de drogas ou não, fossem tocados por histórias extremamente humanas, como as de Thomas.

79732686_RS - cena do filme A prece.jpg

Bajon, diz Khan, foi fundamental na composição do protagonista de “A prece”. Nos testes com o ator, que começou carreira no teatro e, até então, só fizera alguns papeis secundários em curtas e longas, o cineasta disse ter se lembrado do jovem Gerard Depardieu de “1900” (1976):

— Ele tem uma presença forte e uma intensidade, mas também uma candura e uma sensibilidade. Não parece adulto, mas também é difícil classificá-lo como adolescente. E não dá para definir sua origem muito facilmente. Era exatamente o que eu precisava naquele momento, e Anthony respondeu à altura — disse o diretor.

Outra presença marcante no filme é a da veterana Hanna Schygulla, atriz que foi musa, entre outros, de Rainer Werner Fassbinder. Aos 74 anos, a alemã que tem no currículo clássicos como “As lágrimas amargas de Petra von Kant” (1972) e “Lili Marlene” (1981) faz o sugestivo papel de uma freira. A irmã Miriam funciona como uma espécie de mentora de Thomas em sua busca pela fé:

— Desde o início, a ideia era trabalhar com rostos desconhecidos, como fiz no início da minha carreira como diretor — explica Khan. — Hanna foi a exceção à regra, e por uma boa razão. Com essa aura mítica, ela conseguia transmitir ao mesmo tempo uma autoridade que a personagem pedia e uma doçura de que Thomas necessitava. Mesmo com pouco tempo, ela cumpriu o papel de forma excelente.

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