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O brasileiro Rodrigo Canteras integra o time de tatuadores da terceira temporada de ‘NY Ink’

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NOVA YORK - Aos 17 anos, depois de ser expulso do colégio onde estudava, Rodrigo Canteras decidiu que iria terminar o Ensino Médio, na época ainda chamado de colegial, nos Estados Unidos. O irmão mais velho morava em Miami, e assim ele ainda poderia aprender inglês — pelo menos foi o que ele disse aos pais. Hoje, aos 36 e muitas tatuagens depois, o garoto que só queria saber de andar de skate e ouvir rock faz parte da equipe do Wooster Street Social Club, estúdio de tatuagem comandado por Ami James, e é o primeiro brasileiro a fazer parte de “NY Ink”, reality show ambientado na loja e parte da mesma franquia de “Miami Ink” e “LA Ink”.

Foi na Flórida que Rodrigo conheceu Ami, o homem por trás do Wooster e que se tornou conhecido no mundo inteiro na versão do reality ambientada em Miami.

— Na época, fui trabalhar na mesmo estúdio que ele. Eu fazia piercings, era um moleque, e me falaram para tomar cuidado (com Ami), porque ele não gostava de ninguém. No primeiro dia ficamos amigos — lembra Rodrigo.

O convite para participar do reality show veio logo depois de se mudar para Nova York e começar a trabalhar no estúdio.

— Estava tatuando uma cliente quando Ami passou e me perguntou “E aí, te ligaram?”. Não entendi nada, e ele respondeu “Não sabe da novidade? Você vai estar no programa”. Na hora estava tatuando uma mulher e ela ficou feliz: “Ah, você vai lembrar que quando estava me tatuando descobriu que ia ficar famoso!” — conta.

Em Miami, Rodrigo ganhou as primeiras de suas muitas tatuagens, para desespero da mãe, “super católica”, ele diz. Também foi lá, conta, que tatuou a apresentadora Ana Maria Braga. Em Nova York, com a enorme quantidade de brasileiros que visitam o estúdio, ele ainda acaba atuando como uma espécie de tradutor informal.

— Alguns clientes tentam falar inglês e já manjo, pelo sotaque, que são brasileiros. Digo que podem falar em português e todos comentam “Ah, que legal que você é do Brasil!”. Muita gente não consegue explicar que tipo de tatuagem quer fazer. Tendo uma pessoa que fale a nossa língua, fica mais fácil. Mas meu português está um pouco rústico, né? — diz, entre risos.

“Hot Rod”, como é chamado nas internas, aparece na terceira temporada do reality, que será exibida no Brasil pelo TLC em 2013. A expectativa (dos pais do moço, inclusive) é grande.

— Fazer tattoos com a câmera e sendo visto é diferente, fico um pouco nervoso — admite ele, que não descarta uma volta ao Brasil depois de 10 anos sem visitar o país: — “SP Ink”? Pode ser. A gente nunca sabe...


Gabriel Braga Nunes e Marcelo Médici exploram Salvador durante as gravações de ‘O canto da Sereia’

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SALVADOR - As roupas escolhidas por Gabriel Braga Nunes e Marcelo Médici num dia de folga das gravações da microssérie “O canto da Sereia”, em Salvador, ilustram o tipo de ligação dos atores paulistanos com a capital baiana. Enquanto Gabriel veste camisa de tecido fininho, aberta no peito, com short e Havaianas — e guias protetoras vendidas em feiras de artesanato local penduradas no pescoço —, Marcelo usa calça comprida e camisa polo escuras.

— Eu só tinha vindo para Salvador me apresentar com o teatro e, mesmo assim, fiquei três dias. Agora estou conhecendo de verdade — assume Marcelo, enquanto come uma cocada acompanhada de café.

Os dois passaram quase um mês em Salvador gravando a microssérie de quatro capítulos da Globo. Com estreia prevista para janeiro, a produção é baseada no livro homônimo de Nelson Motta e escrita por George Moura, Patrícia Andrade e Sérgio Goldenberg.

— Fazia tempo que eu não vinha para cá. Para você ter ideia, neste ano eu só vim cinco vezes! — brinca Gabriel, também comendo uma cocada: — Eu venho mais no carnaval. Se bem que eu me lembro de poucas coisas — continua, às gargalhadas.

Filho do diretor de teatro Celso Nunes, morador de Salvador há três anos, Gabriel aparenta ser quase um local. Vibra ao contar ter gravado no topo do Edifício Oceania, conhecido prédio da orla da cidade, em frente ao Farol da Barra. E diz que aproveitou a passagem pelo Elevador Lacerda para tomar um sorvete da tradicional A Cubana.

— O meu pai me alertou para o fato mais marcante desta cidade: o baiano é o povo que tem a maior capacidade de sorrir. Em São Paulo as pessoas não têm essa capacidade como aqui. Eu gosto muito dessa levada, dessa alegria. É mais fácil fazer amizade em Salvador — compara Gabriel.

O ator se apropria dos versos de Dorival Caymmi — “A Bahia tem um jeito”, da canção “Você já foi à Bahia?” — para descrever sua ligação com Salvador, uma cidade que, segundo ele, “oferece um contraste fabuloso”. Assim como seu personagem na microssérie, o produtor musical Paulinho de Jesus, Gabriel é um cara vindo de fora, mas já acostumado ao universo da Salvador contemporânea.

— “Eu sou neguinha”— apela, fazendo todos que estão na sala caírem no riso ao citar outro verso, agora da música de Caetano Veloso.

Na microssérie dirigida por José Luiz Villamarim, que emendou o trabalho atual com “Avenida Brasil”, o personagem de Gabriel é o grande descobridor da cantora de axé Sereia (Isis Valverde).

— Gabriel tem essa pegada do maldito romântico — define Villamarim, relacionando personagem e ator.

Na trama, Paulinho conta com a ajuda do marqueteiro Tuta Tavares (papel de Marcelo), que também trabalha com o governador (Marcos Caruso), na construção da carreira dessa nova diva pop.

— O Paulinho é o cara que tem a ideia de transformar aquela cantora de barzinho em um ícone pop. Neste processo, os dois vivem uma tórrida história de amor — adianta Gabriel, usando três brincos de argola na orelha esquerda (o acessório foi emprestado pelo próprio ator ao personagem).

O envolvimento amoroso entre o produtor musical e a cantora termina pouco antes do assassinato da jovem, que morre no auge, em cima do trio elétrico, numa terça-feira de carnaval. Num primeiro momento, Paulinho se torna o grande suspeito. Mas todos os personagens tem razões para assassinar Sereia. E Tuta Tavares faz parte da lista.

— Eu havia lido o livro do Nelson na época do lançamento, mas reli agora. Eu não conhecia o universo dos cantores de axé nem o que move essa indústria — assume Marcelo.

Longe da TV desde “Passione” (2010), e atualmente em cartaz com a peça “Eu era tudo pra ela e ela me deixou”, Marcelo chegou a gravar a segunda temporada de “Junto & misturado”, com Bruno Mazzeo, no ano passado. Mas o programa foi cancelado. O fato de não estar tão presente no vídeo quanto gostaria, afirma, tem a ver com a dificuldade de conciliar todas as suas funções.

— Tenho feito muito teatro, mas cresci vendo TV. Eu sempre quis ser ator para fazer isso — afirma Marcelo. — É bobagem ator renegar a TV. Tem gente até de Cabo Verde que vem falar comigo por conta dos personagens que fiz em novelas — destaca o ator.

Gabriel se mostra surpreso ao saber que o colega se interessou pela profissão em função da TV. Filho da atriz Regina Braga, ele também diz não ter preconceitos em relação ao veículo — e se mostra entusiasmado ao falar do formato de “O canto da Sereia”, rodado numa levada parecida com a do cinema:

— É uma outra pegada. São três meses de trabalho para fazer apenas quatro episódios.

Nos bastidores da produção, Marcelo ficou impressionado com o assédio sofrido pelos colegas recém-saídos de “Avenida Brasil”. Além de Isis, Marcos Caruso, Camila Morgado e Fabiula Nascimento estão no elenco da microssérie.

— Saí com o Caruso e as pessoas gritavam “Leleco, Leleco”. Camila mudou o visual, mas eu apontava para ela e dizia: “ aqui a mulher do Cadinho” — entrega Marcelo.

Para os atores, os personagens da microssérie, um suspense com forte tintas policiais, são todos multifacetados. Ninguém é mocinho ou vilão.

Definitely not! (definitivamente não)— emenda Gabriel, assim mesmo, em inglês, reforçando que todos os tipos têm diferentes lados.

Na passagem por Salvador — os atores agora gravam cenas em estúdio no Rio até meados de dezembro —, todos eles circularam bastante. E frequentaram até mesmo terreiros de candomblé para entender a ligação dos personagens com esse universo.

As únicas duas semanas de folga de Gabriel entre o novo trabalho e a novela “Amor eterno amor” não foram encaradas como um problema.

— Fiz sete novelas em sete anos, mas estou satisfeito com os trabalhos que tenho realizado — afirma ele, já com os botões da camisa aberta.

O ator não queria perder tempo. Com a entrevista encerrada, corre para a piscina do hotel a tempo de assistir (e fotografar) o pôr-do-sol.

Ambientadas em comunidades, ‘Salve Jorge’ e ‘Lado a lado’ acendem debate sobre as favelas nas novelas

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RIO - Os jingles da ambulante Adriana Evangelista são bem familiares aos moradores do Morro do Alemão, onde ela nasceu e vive há 35 anos e, hoje, vende salgados. Desde a estreia de “Salve Jorge”, a moça vem se dividindo entre a comunidade real — pacificada em março — e a da ficção, retratada na trama das 21h da Globo. Sua presença em cena, com suas empadinhas, é uma das apostas da autora Gloria Perez para dar ao Alemão cenográfico um aspecto verossímil.

Ao mesmo tempo, os autores João Ximenes Braga e Claudia Lage, de “Lado a lado”, buscam meios para narrar de forma crível, às 18h, o surgimento e a evolução do Morro da Providência — a primeira favela carioca, no começo do século XX. No ar, ambas as novelas levam para a ficção dois momentos historicamente distintos, e reacendem a discussão sobre como as favelas vêm sendo representadas na teledramaturgia. Pesquisadores, sociólogos e ativistas apontam acertos e erros neste recorte da vida real na TV.

Em “Lado a lado”, Ximenes explica que procurou, com os personagens, representar todos os acontecimentos da época.

— Mostramos a efervescência criativa e o senso de comunidade com Zé (Lázaro Ramos), Isabel (Camila Pitanga), tia Jurema (Zezeh Barboza) e seu Afonso (Milton Gonçalves). Foi no morro da Providência e na Gamboa que o samba de roda tomou novas formas e abriu espaço para Noel Rosa, Paulinho da Viola e, claro, a bossa nova— pontua: — Naquela época, as favelas estavam longe da explosão de violência que viria algumas décadas depois, mas já eram esconderijos de bandidos. Caniço (Marcello Melo Jr.) representa isso. O descaso das autoridades, das elites e da classe média para o que acontecia ali era total.

A dupla de autores das 18h foi fundo na história do Brasil e do Rio para esmiuçar a realidade daquela época, e não só no texto. O cenógrafo Fabio Rangel reconhece que o trabalho foi difícil, por conta dos poucos registros sobre o local. Além dos livros, a equipe se apoiou em relatos de quem vivia lá.

— Os barracos eram de madeira; os móveis, de alvenaria. A luz elétrica não era acessível a todos, e não tinha água. Desnivelamos o terreno e fizemos até uma vala — contextualiza ele, contando que a montagem dos cenários foi complicada: — Os operários queriam fazer tudo certinho. Expliquei que, na época, não era assim. Os moradores não tinham pregos com facilidade, a madeira era colocada para tapar os buracos. Quando chove, vira tudo uma lama. E devia ser assim mesmo. Calor, mosquitos...

Além do calor, a presença de mosquitos — principalmente os da dengue — continua sendo um problema em muitas comunidades. Estes e outros detalhes não escaparam ao olhar da equipe de cenógrafos de “Salve Jorge”. Para conseguir captar com exatidão todas as minúcias da vida no Alemão, a equipe fez várias visitas ao complexo, enriquecidas com depoimentos de moradores e fotos. Cerca de 4 mil, diz a cenógrafa Juliana Carneiro.

— A minha sensação é de que, durante muito tempo, ninguém chegava a certos lugares, a não ser quem morasse lá. Era importante que o cenário ficasse bem realista. E no estúdio também: já que a casa não pode ser bonita por fora, o investimento está em um geladeira duplex, um TV de 42 polegadas, um sofá confortável — analisa Juliana.

Na cidade cenográfica de 1800 metros quadrados há barraquinhas de frutas, carrocinhas, butique, costureira, chaveiro e lan house, além de vendinhas como o botequim do Clóvis (Walter Breda) e a loja de Galdino (Francisco Carvalho). As paredes são cobertas com panfletos, fios e pichações. Cachorros passeiam, enquanto figurantes jogam buraco na praça.

Na pele de Morena, protagonista da trama, Nanda Costa se impressionou ao pisar no Alemão cenográfico.

— Lembro que até brinquei que teria que buscar meu carro no Projac quando saísse dali — diverte-se, contando que realmente teve a sensação de estar na comunidade real, onde também gravou cenas: — Essa vivência na cidade cenográfica faz com que a gente compreenda o comportamento de quem vive no morro. Morena costuma dizer: “Pacificação é muito bom, mas a gente está endividada”.

Dira Paes, que vive a doméstica Lucimar, mãe de Morena, crê no papel social dos folhetins.

— A novela tem a dupla função de mexer não só com o sentimento, mas com a cidadania. Gosto muito de ver a realidade misturada com a ficção — diz a atriz.

Para dar um tom humano aos personagens, Julia Laks, pesquisadora da trama, também foi ao Alemão. Ela queria entender o que as pessoas esperam após a pacificação:

— Foi muito importante redescobrir uma parte do Rio a que a gente não tinha acesso.

A forma de expor esses dramas, contudo, envolve fatores que ainda geram discussão. O autor e doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana pela USP Mauro Alencar acredita que o novelista pode lançar mão da licença poética para contar sua história:

— Em “Lado a lado”, onde há o compromisso histórico de encenar a ocupação dos morros cariocas, é imprescindível que o tema seja redigido de forma realista. No entanto, novelas como “Salve Jorge” podem povoar as comunidades ficcionais com alguns personagens e situações pitorescas, o que, porém, ainda fica distante do caricatural.

Para a socióloga Bianca Freire Medeiros, do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV), a novela quebra o dogma da diferença entre a cultura da favela e a do asfalto:

— O lado bom dessa exposição é que a TV entra num debate que já vem sendo travado desde o filme “Cidade de Deus” (2002) e da série “Cidade dos homens”. A representação que as favelas têm nas novelas não têm precedentes.

O sociólogo Dario Caldas observa que as novelas têm uma relação dupla e dúbia com o mundo real. Quando interessa, a discussão é levada a sério. Quando não, a obra frisa que não tem qualquer compromisso com a veracidade dos fatos, diz ele.

— Não acho que o brasileiro seja preconceituoso, ou que o espelho incomode. Talvez ele não se reconheça ali. O Alemão pode ser a cara do Rio, mas não a do Brasil. A favela não é a cara da nova classe que vem surgindo. Considero um equívoco alguém achar que está abordando a classe C simplesmente porque mostra uma favela na trama — rechaça ele, diretor do Observatório de Sinais, agência especializada em pesquisas e tendências.

Não é preciso voltar muito no tempo para perceber que, já há alguns anos, as favelas vêm ganhando espaço definitivo nas tramas televisivas, sejam elas novelas ou séries como “Cidade dos homens”, de 2002, e “Antonia”, em 2006. De 2011 até agora, estiveram no ar a Comunidade dos Anjos, em “Malhação”; o Covil do Bagre, em “Aquele beijo”; e o Borralho, em “Cheias de charme”. O recente redesenho da sociedade brasileira e o crescimento da chamada classe C, por sua vez, estão contribuindo para que o morro tenha cada vez mais lugar na televisão.

O pesquisador Mauro Alencar reforça que a representatividade das comunidades na sociedade atual tem feito aumentar suas aparições na TV. Mas o movimento, ao contrário do que muitos podem pensar, começou há mais de 30 anos, ainda que timidamente.

— Uma das primeiras vezes que uma favela ou comunidade aparece na Globo está em “Bandeira 2”, de 1971. Tucão (Paulo Gracindo) era um bicheiro da Zona Norte e mantinha pontos de contravenção em comunidades — relembra Mauro.

Se antes as favelas eram mostradas en passant, a história começou a mudar de 15 anos para cá. Em 2002, Aguinaldo Silva explorou o tema em “Senhora do destino”. Depois, em 2007, voltou ao assunto em “Duas caras”, com a Portelinha, fundada pelo líder comunitário Juvenal Antena (Antônio Fagundes). Ainda no mesmo ano, Marcílio Moraes fez sucesso com sua “Vidas opostas”, na Record. A trama mostrava o romance entre o milionário Miguel (Léo Rosa) e a guia Joana (Maitê Piragibe), moradora do ficcional Morro do Torto. Para Marcílio, a novela foi responsável por quebrar inúmeros tabus na TV.

— Naquela época era raro ver favelados em telenovelas, a não ser em núcleos secundários, e geralmente tratados de maneira folclórica. E “Vidas opostas” rompeu tabus por demonstrar que havia grande interesse por parte do espectador em ver retratados, ficcionalmente, personagens e camadas sociais que estavam diariamente no noticiário.

O autor concorda que, para recriar uma comunidade na TV, não basta apenas copiar a realidade. É preciso humanizar os personagens para que o público se reconheça neles:

—É um processo mais profundo, que diz respeito ao ser-humano e permite que as pessoas das classes A,B, C ou F se identifiquem com o que estão vendo na tela.

Produtor cultural e idealizador de projetos voltados para jovens de comunidades do Rio de janeiro, do Alemão a Manguinhos, Marcos Vinicius Faustini é reticente quanto ao tipo de visibilidade dada às favelas na teledramaturgia e acredita que existam equívocos. Ao mesmo tempo em que ganha o imaginário dos brasileiros e demarca território como um dos ícones da cultura brasileira, o morador das comunidades é retratado como “carente e sem potência”, diz ele.

— Favelado não é só isso. A TV quer mostrar que está antenada com a nova configuração da sociedade brasileira, mas a centralidade ainda está no soldado. O pobre não tem subjetividade — ataca Faustini, idealizador da Agência Redes para Juventude.

Autora de “Escrito nas estrelas”, que teve cenas gravadas no Dona Marta, Elizabeth Jhin reconhece a dificuldade de se abordar a realidade das favelas na ficção. Ela própria confessa que ainda não se sentiu capaz de criar um núcleo exclusivo passado numa comunidade.

— Usei o morro para mostrar a decadência da família da Viviane (Nathalia Dill), fruto dos desmandos do pai. Ao perder tudo o que tinham, foram forçados a morar na comunidade onde ele, incorrigível, se juntou a bandidos — explica ela, dizendo ter medo de soar caricata. — É uma vida muito dura que, ao meu ver, acaba sempre mostrando um falso lado romântico ao ser transportada para a telinha.

O argumento da autora é reiterado por Jorge Barbosa, coordenador geral do Observatório das Favelas. Para ele, as favelas não devem ser marcadas apenas pela violência — a exemplo de filmes como “Tropa de elite” — e nem pela romantização, caso das novelas.

— Favela é lugar onde as pessoas sambam e dançam, mas é também lugar de desigualdade, de desconforto ambiental, de baixa escolaridade. O morador, por sua vez, se identifica com a paisagem, mas não com o personagem. Não defendo o naturalismo, mas é importante manter uma proximidade com a realidade — prega.

Apesar das ressalvas, a socióloga da FGV Bianca Freire Medeiros, autora do livro “Gringo na laje”, diz que a “maré é boa” e que a favela vem ganhando uma relevância inédita na teledramaturgia brasileira. Consolidada como expressão cultural, ela já define o Brasil, assim como o futebol e o carnaval.

— Não é apenas o gringo que reconhece o território. Aos olhos da sociedade brasileira, a favela também é outra. Uma mudança que vem para o bem e para o mal — diz a socióloga. — O bom é que incorporamos outros elementos a este repertório da favela. Existe criatividade, superação e resistência. A favela é um lugar de acontecimento.

Para o sociólogo Dario Caldas, é natural que a TV aposte nestes dramas. Todavia, a generalização é perigosa, visto que a classe média do país é muito mais complexa. Embora as favelas estejam cada vez mais em voga, não há exatamente uma necessidade de exploração das comunidades na televisão brasileira, acredita o sociólogo Dario Caldas.

— A TV precisa conversar com a realidade fazendo ficção. Não acho que as favelas devam ser mostradas obrigatoriamente. Mostrar o quê, afinal? O Brasil é mais complexo do que isso. Acho que seria mais interessante mostrar o que é ser classe média neste Brasil contemporâneo — argumenta ele.

Na opinião de Mauro Alencar, é provável que as comunidades continuem sendo assunto nas tramas. Mas não se trata de uma regra ou condição imposta:

— Acho que é um reflexo natural de nossos tempos.

Escritora cearense lança livro de contos sobre Copacabana

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RIO - Alguma coisa acontece no coração da escritora Natércia Pontes quando ela cruza a Rua Santa Clara com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ela não sabe muito bem o que é, mas começou a notar a sensação na época em que se mudou de Fortaleza para o Rio, para onde veio estudar, em 2004. Do seu Ceará introspectivo, ela foi dar direto em Copacabana, onde o mundo parece estar todo comprimido numa cartelinha de amostra grátis. Ficou encantada. Bastava ir a algum salão de beleza, banco ou supermercado para voltar com um conto pronto. Era só chegar em casa e escrever. Quem já morou em Copacabana sabe: é impossível ir ao Mundial da Rua Siqueira Campos para comprar dois pacotes de açúcar, por exemplo, e voltar sem uma história para contar. É aposentado disputando a fila de prioridade com travesti carregando bebê, Elke Maravilha escolhendo pimentão, turista muçulmano procurando a seção de filtro solar...

Foi assim quando, certa vez, estava com um amigo numa loja de instrumentos musicais, na altura da Praça Serzedelo Correia, e adentrou o estabelecimento uma senhora de óculos Ambervision, pochete e tênis Bamba. Como se fosse algo muito natural, ela começou a dedilhar os acordes de “Carruagens de fogo” num teclado exposto no estabelecimento (aquela do tã-nã-nã-nã-nã-nã que é a trilha de todas as maratonas de corrida). A cena virou o conto “O triste fim da senhora Pochete e tênis Bamba”, que integra o livro “Copacabana Dreams”, a ser lançado pela CosacNaify na quinta-feira, só com histórias do período em que foi tomada pela aura surreal de um dos bairros mais famosos do Brasil.

— O dia que entendi Copacabana, ou melhor, que Copacabana brotou em mim, foi quando abri a janela do apartamento e vi lá embaixo um cara levando um poodle cor-de-rosa para passear. O cachorrinho fez cocô e ele fingiu que não viu. Eu perguntei, gritando, da janela: “Ei, você não vai limpar não?”. Ele respondeu: “Não gostou? Vem cá e limpa você!” — diverte-se Natércia, que desde 2007 vive em São Paulo. — É uma dinâmica social totalmente diferente do Ceará, um cenário muito rico. É aconchegante e assustador ao mesmo tempo, tem um clima de casa de vó louca, Rivotril, bueiro explodindo, gente na rua de toalha na cabeça. Fiquei encantada quando cheguei. À noite, era só escrever o que eu via de dia.

O clima de encantamento fica evidente nos contos. O narrador passeia de carro pela Galeria Menescal, come o próprio coração num conjugadão da Avenida Princesa Isabel, emula a Kátia Flávia de Fausto Fawcett num galope à beira-mar, toma chuva de ar-condicionado na Barata Ribeiro. Evoca uma conversa imaginária entre as estátuas do tenente Siqueira Campos e a do poeta Carlos Drummond de Andrade (que lhe reclama uma baita ressaca). O conto “Manequins sem cabeça” atira numa frase: “Felizes posam sem cabeças, os seus biquínis: não pensam em nada, em ninguém, nem mesmo em para onde ir, e em para quem, depois que o sol se for”.

Apesar de ser da praia (no caso, da Praia de Iracema, em Fortaleza), Natércia escreve pouquíssimo sobre a Praia de Copacabana.

— Não foi intencional. Eu escrevia tudo o que via e vivia nesses três anos que morei em Copacabana. Quando vi, achei que tinha um livro pronto. Mandei para algumas editoras e nunca tive resposta. Até que um dia recebi um telefonema da Cosac, e eles até acharam bacana que as narrativas não fossem tão praianas — comenta Natércia, que na noite anterior tinha encarado seis horas num busão São Paulo-Rio para visitar a tia Neuma, que mora, claro, em Copacabana, e também usa pochete (com um chaveiro de ursinho de pelúcia colorido pendurado para fora, conta a sobrinha, detalhista).

Mas nem tudo no livro é deslumbre com o teatro vivo do bairro. A certa altura, Natércia e seus narradores começam a se assustar com tanta decadência. É quando começam as descrições mais descarnadas: uma mendiga que dá de mamar a uma boneca de plástico. Os médicos que fiam receitas de antidepressivos em consultórios mofados. O encontro com a morte nas esquinas.

— Copacabana é uma fatia bem definida da condição miserável humana. Você vai do enternecimento ao horror: tinha um self-service que eu frequentava, não sei se ainda existe (sim, existe), chamado “Kitutes da Deusa”, onde ia todo dia o ator Louzadinha, sozinho, e já muito velhinho. Eu pensava: amanhã ele não vem. E ele ia. E no outro também. Até que um dia ele não foi mais — conta Natércia, lembrando que o ator morreu em 2008 e faria 100 anos este ano.

Aos 32 anos, a escritora começou publicando contos em sites como Cronópios e no jornal “O Povo”. Em 2004, publicou o livro independente “Az mulerez”. Natércia saiu de Fortaleza aos 23 para fazer a terceira faculdade no Rio — já tinha começado Publicidade e Letras em Fortaleza, mas acabou optando por cursar Rádio e TV. Depois de morar um tempo em Botafogo, foi parar num quarto e sala na Rua Anita Garibaldi. Mas a falta de trabalho a empurrou para São Paulo, onde hoje faz roteiros para TV e preparação de textos.

— Ir para São Paulo foi uma volta torta para o Ceará. Toda minha geração saiu de Fortaleza e está em São Paulo. Os músicos do Cidadão Instigado (que prometeram tocar na festa de lançamento do livro, depois de quase dois anos sem fazer shows no Rio), o designer Renan Costalima, os artistas Yuri Firmeza e Vitor Cesar — lista ela, que, volta e meia, vem visitar a tia Neuma da pochete, além dos amigos que deixou aqui, como a cantora Letícia Novaes, do duo Letuce, que lhe mandou por e-mail a epígrafe que abre o livro, a letra da música “Joia”, de Caetano Veloso (“Copacabana, Copacabana/ Louca total e completamente louca/ A menina muito contente/ Toca Coca-Cola na boca/ Um momento de puro amor/De puro amor”).

— Todo mundo deveria morar um pouco em Copacabana — atesta Natércia, que só fez um pedido ao posar para as fotos da reportagem: que fosse na loja das Perucas Lady, tá?

A linha do tempo de Luiz Gonzaga

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Gonzagão 100 anos1912

Em 13 de dezembro, nasce Luiz Gonzaga do Nascimento, em Exu (PE). É o segundo dos nove filhos de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus.

1929

Apaixona-se por Nazinha, filha de um fazendeiro de Exu, que proíbe o namoro por Gonzaga ser um “mulato sem futuro”. Com uma faca, vai tomar satisfação com o coronel, que o deixa escapar por respeito à sua mãe. Após uma surra dos pais, foge de casa. Passa 15 dias no mato. Depois, vai para Fortaleza e Recife. Só voltaria a Exu 16 anos mais tarde.

1930

Sem emprego, sem formação, Gonzaga decide entrar para o Exército, às vésperas da Revolução de 30. Era um modo de ter comida, moradia e ainda ganhar dinheiro. Foi detido duas vezes. Uma quando perdeu uma bota do Exército. Outra quando saiu do quartel para comprar uma sanfona. Nunca deu um tiro.

1939

Dá baixa do Exército, quando servia em Juiz de Fora (MG). Vem para o Rio de Janeiro. Conhece o Mangue, onde começa a tocar. Encontra o músico Xavier Pinheiro, casado com a portuguesa Dina. Vai morar no morro de São Carlos, tranquilo reduto português.

1940

Luiz Gonzaga modifica o seu repertório, aconselhado por estudantes cearenses. Entre eles, estava o futuro ministro da Justiça Armando Falcão, de quem continuaria próximo. Gonzaga tira nota máxima no programa de Ary Barroso, na Rádio Tupi, executando a difícil “Vira e mexe”, de sua autoria.

1945

Gonzaga grava o 25º disco de sua carreira como sanfoneiro e o primeiro como cantor. Em 22 de setembro, nasce Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, que ele assume como filho do relacionamento com a cantora Odaléia Guedes. Conhece Humberto Teixeira, que se torna um de seus grandes parceiros.

1946

Volta à sua terra, Exu, após 16 anos ausente. Impressionado com a miséria, expõe a Humberto Teixeira o drama que viu. No ano seguinte, grava “Asa branca”. A partir de 47, Luiz Gonzaga adota o chapéu de couro semelhante ao usado por Lampião. Começa a namorar Helena das Neves Cavalcanti.

1948

No dia 16 de junho, casa-se com Helena no Rio de Janeiro, e os dois passam a morar, juntamente com a mãe dela, dona Marieta, no bairro do Cachambi. Três anos depois, ao dizer à mulher que era estéril, em razão de doenças venéreas contraídas na juventude, aceita adotar a menina Rosa Maria.

1951

Em maio, Luiz Gonzaga sofre um grave acidente de carro, junto com seus músicos: João André Gomes, apelidado Catamilho, da zabumba, e Zequinha, do triângulo. Sua recuperação comove o país.

1968

Carlos Imperial, apresentador de programas de rádio e televisão, espalha o boato de que os Beatles teriam gravado “Asa branca”. Luiz Gonzaga conhece a advogada Edelzuíta Rabelo numa festa junina em Caruaru. Começa ali um novo relacionamento.

1978

Morre mestre Januário, pai de Luiz Gonzaga. Foi com ele que o músico havia aprendido os primeiros acordes da sanfona. Era ele que consertava o instrumento. Gonzaga apresentou-se pela primeira vez ao substituir o pai numa festa.

1980

Canta para o papa João Paulo II em Fortaleza. Inicia, com Gonzaguinha, a turnê do show “Vida do viajante”, que percorre com sucesso várias cidades do país. É o momento de maior aproximação com o filho, que lhe dá o apelido pelo qual seria conhecido até o fim da vida: Gonzagão.

1989

Luiz Gonzaga grava seus últimos quatro álbuns. Em 6 de junho, numa cadeira de rodas, sobe ao palco pela última vez. Em 21 de junho, é internado no Hospital Santa Joana, em Recife. Morre, em 2 de agosto, aos 76 anos, em razão das complicações de um câncer.

2012

É celebrado em uma série de homenagens no ano de seu centenário, como a exposição “O imaginário do rei — visões sobre o universo de Luiz Gonzaga”, que passa por várias cidades; o musical “Gonzagão — A lenda”; e o filme “Gonzaga, de pai para filho” (ao lado).

Carlos Gómez fala sobre os dramas policiais de ‘The Glades’

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RIO - Calmaria? Que nada! A região de Everglades, na Flórida, continua bombando na terceira temporada de “The Glades”, no ar no A&E. Se o segundo ano da série foi cheio de ação, desta vez o drama policial foca também nas relações pessoais entre os personagens. É o que conta o ator Carlos Gómez, em teleconferência com jornalistas da América Latina.

— Na segunda temporada, os produtores quiseram fazer de “The Glades” um programa policial mais... Comum, com mais ação e coisas do tipo. Este ano está mais interessante, vamos mostrar mais as relações entre as pessoas — revela o ator, que interpreta Carlos Sanchez, parceiro do mocinho Jim Longworth (Matt Passmore). — O público vai saber mais sobre Callie (Kiele Sanchez) e Longworth, e sobre a relação do meu personagem com a família.

Na trama, Carlos vive um médico que trabalha na área criminal, supervisionando os exames toxicológicos e autópsias feitas no laboratório criminal do Departamento Legal da Flórida. Foi lá que conquistou a amizade de Longworth, o policial transferido de Chicago para assumir uma rotina bem diferente no estado ensolarado.

— Sanchez enxerga Longworth como um bobão. Às vezes simplesmente não acredita nas trapalhadas que o parceiro faz, mas ele é um ótimo detetive — defende o ator, de 50 anos.

A química entre a dupla vem agradando. “The Glades” foi renovada para mais uma leva de 13 episódios graças à boa audiência que a temporada atual — já terminada nos Estados Unidos — conquistou:

— Depois de três anos, os roteiristas sabem bem quem são os personagens e para onde querem que eles sigam. Acho que isso faz muita diferença com relação às séries que são mais sobre as especificidades técnicas da polícia, como “CSI: Miami”, ou mesmo “CSI”.

Mas engana-se quem pensa que a história vai enveredar de vez por um lado mais sentimental:

— Além da ação, vamos continuar a mostrar o céu azul e as mulheres bonitas de Miami!

Nascido em Nova York, filho de pais latinos, Gómez festeja a boa repercussão de Sanchez, um ótimo profissional, colega leal, bom marido e pai dedicado:

— É importante que o público americano veja na TV um bom personagem latino, que é médico e não bandido. Estão surgindo mais bons papéis do tipo, e o estereótipo vai desaparecer. Hollywood está vendo que somos uma população crescente.

Psy se desculpa por canção antiamericana

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RIO - Antes de emplacar a famigerada dança do cavalo mundo afora, Psy cantou uma música de ódio ao Estados Unidos. Após a letra de "Dear American", do grupo N.E.X.T., se tornar conhecida pelos americanos, no fim da semana passada, o cantor de "Gangnam style" emitiu um pedido de desculpas. Alguns do versos instigam a tortura de soldados americanos e suas famílias: “matem os malditos ianques que ordenaram a tortura/Matem suas filhas, mães, noras e pais/matem todos lenta e dolorosamente”.

"Com orgulho de ser um sul-coreano foi educado nos Estados Unidos e viveu lá por uma parte significante da vida, eu entendo os sacrifícios que os militares americanos fizeram para proteger a paz e a democracia no meu país e ao redor do mundo", disse Psy.

Em 2002, o músico coreano participou de dois shows anti-EUA, após duas garotas coreanas serem atropeladas por um veículo do exército americano, gerando meses de protestos contra o governo de George W. Bush. Na ocasião, Psy destruiu uma réplica de tanque militar no palco.

"A música - de oito anos atrás - foi parte de uma reação muito emocionada à Guerra do Iraque e ao assassinato de duas civis coreanas inocentes, que se juntou ao sentimento de antiguerra dividido por muitos ao redor do mundo naquela época", justificou-se.

"Tive a honra de tocar para soldados americanos nos últimos meses - inclusive apareci no programa de Jay Leno gravado especialmente para eles - e espero que eles e todos os americanos aceitem minhas desculpas. Mesmo que seja importante expressar nossas opiniões, me arrependo profundamente do tom incendiário e da linguagem inapropriada que usei. Na minha música, tento dar às pessoas a libertação, um motivo para sorrir", completou o músico.

A descoberta da canção pode manchar a imagem de Psy, cujo clipe de "Gangnam style" já teve mais de 850 milhões de visualizações no YouTube. Um abaixo-assinado online pede para que o cantor seja retirado da escalação de um show natalino em Washington, com a presença do presidente Barack Obama e sua família. O canal TNT, no entanto, avisou que pretende manter o evento "como o planejado".

As informações são da "NME".

Arqueólogo processa produtoras por uso de cópia de tesouro roubado em ‘Indiana Jones’

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RIO - Um Indiana Jones da vida real está processando as produtoras Lucasfilms, Walt Disney Co. e Paramount Pictures por usar cópia de um tesouro nacional roubado em Belize no filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, de acordo com o site NME.

Segundo o Dr. Jaime Awe, a cópia da chamada Caveira de Cristal seria um tesouro nacional e teria sido roubada há 88 anos. Para o arqueólogo, os produtores do longa não tinham o direito de usar sua cópia no filme "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", de 2009. Awe entrou com um processo, semana passada em Illinois, e pede a devolução da caveira a uma família caçadora de tesouros que supostamente a teria roubado.

Atualmente, existem quatro Caveiras de Cristal no mundo, das quais três estão expostas em museus. A quarta teria sido roubada em Belize pelo aventureiro F.A. Mitchell-Hedge.

"A Lucasfilm nunca procurou, ou teve permissão para utlizar a caveira de Mitchell-Hedge ou sua cópia no filme", alegou Awe. "Até agora, Belize não obteve nenhum ganho resultante da venda do filme ou de seus direitos", acrescentou.

O filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” arrecadou cerca de US$ 786 milhões em todo o mundo.


‘OO7 - Operação Skyfall’ lidera a bilheteria americana no fim de semana

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RIO - O filme do diretor Sam Mendes, “007 - Operação Skyfall”, liderou a bilheteria americana, fechando o fim de semana com US$ 11 milhões, de acordo com o site americano Hollywood Reporter. O longa é a maior arrecadação do agente James Bond e já soma mais de US$ 261 milhões nos EUA.

A animação infantil da DreamWorks e da Paramount, “A origem dos guardiões”, garantiu o segundo lugar, com US$ 10.5 milhões. E “A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2” ficou na terceira posição somando US$ 9.2 milhões.

Gavin Rossdale e Gwen Stefani cantam ‘Glycerine’ juntos

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RIO — Os fãs de Bush e No Doubt tiveram uma surpresa especial na noite deste sábado. No show de Natal da rádio KROQ, o vocalista do Bush, Gavin Rossdale, ganhou a companhia da esposa, Gwen Stefani, durante a apresentação de um dos maiores sucessos da banda.

Enquanto Rossdale cantava a balada “Glycerine”, só com voz e guitarra elétrica, o público foi surpreendido com a entrada de Stefani no palco. Ela se juntou a ele da segunda parte da música em diante, para delírio da plateia. O momento não foi escolhido por acaso. Gwen e Gavin se conheceram no show de Natal da KROQ, há 17 anos. O show foi o último de uma longa turnê de dois anos do Bush.

Segundo a revista Rolling Stone, a ideia do dueto foi de Stefani, que inicialmente queria cantar a música “The afterlife”, sua favorita do Bush. Mas os dois acabaram optando por “Glycerine”.

“Eu achei quer seria poderoso, nós dois no palco daquele jeito, isso que buscamos”, disse o cantor à Rolling Stone.

Rossdale e Stefani se conheceram em 1995, mas se casaram apenas em 2002. O casal tem dois filhos, Kingston James McGregor Rossdale, de seis anos, e Zuma Nesta Rock Rossdale, de quatro.

YouPIX Rio reúne Marcelinho dos contos eróticos e Valesca Popozuda

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RIO - Nesta segunda-feira (10), o evento nerd YouPIX chega ao Rio de Janeiro e promete um encontro histórico: Marcelinho dos contos eróticos e Valesca Popozuda serão as estrelas de abertura, que terá inicio às 14h. O produtor de vídeos Erik Gustavo acompanhará seu amigo fantoche para analisar versos de funk, que serão declamados com tom poético por Valesca. Os fãs podem montar e levar um paper toy (bonequinho de papel) de Marcelinho, sugerido pelo portal do festival.

São mais de 90 convidados. O festival contará com a presença de atrações como os humoristas Rafinha Bastos e Gil Brother; o apresentador do programa Larica Total, Paulo Tiefenthaler; e o vlogueiro Felipe Neto. Um dos destaques desta edição será o comediante americano Judson Laipply, famoso pelo vídeo viral de “Evolution of dance”. Laipply foi um dos primeiros a obter sucesso por meio do YouTube. Ele promete reproduzir e atualizar a coreografia do clipe que lhe rendeu a fama.

O YouPIX Festival Rio de Janeiro 2012 terá duração de dois dias, de 10 a 11 de novembro, e será realizado no Centro Cultural Ação da Cidadania, com entrada gratuita e censura de 15 anos. A expectativa é reunir cerca de cinco mil jovens, o público mais íntimo da tecnologia e do universo digital, para debater e comemorar a nova expressão cultural que se forma através da comunicação em rede virtual.

— O YouPIX é uma plataforma que celebra, discute e é palco para cultura de internet, dando espaço e voz para os agentes da revolução silenciosa que acontece através dos fios de rede e já mudou um sem número de aspectos da cultura, comportamento, negócios e da comunicação no mundo — se define o movimento, “onde a internet se encontra fora da internet”.

O evento propõe um diálogo descontraído e atual sobre as tendências na produção de conteúdo, interatividade e poder da expressão da juventude no espaço cibernético, que vem produzindo as chamadas “webcelebridades”. Por isso, o festival também promove o Content Talent Show, concurso para reconhecer e estimular os produtores de conteúdo, e a premiação dos Melhores da Twittosfera, um título de reconhecimento para aqueles que se destacaram no Twitter brasileiro ao longo do ano.

As interações se estendem até a meia-noite, com direito a cerveja e balada no fim dos dois dias. Para conferir a programação completa do evento, acesse o site do YouPIX. O Centro Cultural Ação da Cidadania fica na Avenida Barão de Tefé, 75, na Saúde.

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Clarice Lispector ganha site e concerto para celebrar a data em que completaria 92 anos

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RIO - Na certidão: Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920. Nome de batismo, Haia. Mas esses dados duraram apenas dois anos. Com a vinda da família para o Brasil, Haia viraria Clarice e a sua naturalidade seria mais brasileira do que ucraniana. Um dos nomes mais fortes, e cada vez mais populares, da literatura brasileira, Clarice Lispector completaria 92 anos nesta segunda-feira. Para celebrar a data, o Instituto Moreira Sales (IMS) lança um site e realiza um concerto para homenagear a escritora.

É a segunda vez que a instituição participa do evento Hora de Clarice. O poeta Eucanaã Ferraz, que dirige o concerto e organizou o site, conta que em 2011 o IMS colaborou com a festa, mas como eles são os titulares do acervo da autora de clássicos como "A Paixão segundo G.H." e "A hora da estrela", houve o desejo de reunir as informações sobre a escritora, sua vida e obra.

— Para a edição desse ano achei que seria importante fazer algo digital. A ideia era reunir conteúdo sobre a Clarice, pois muitas informações sobre ela estão dispersas e, às vezes, não são confiáveis — conta Ferraz ressaltando a necessidade de juntar em um ambiente com mais credibilidade o conteúdo sobre a escritora, que é muito citada na internet.

Para refazer a trajetória da escritora, morta na véspera de completar 57 anos, em 1977, sua história foi dividida por temas, como vida, bibliografia e traduções comparadas. No site, também é possível fazer o download gratuito de dois ebooks de Roberto Corrêa dos Santos, um dos maiores especialistas em Clarice Lispector no Brasil: "Ela, Clarice", publicação esgotada, e "Na cavidade do Rochedo – A pós-filosofia de Clarice Lispector", livro inédito que deverá entrar no ar no site até o final do ano.

Ao navegar pelo portal, é possível cruzar com manuscritos, anotações usadas como inspiração para livros, além de fazer um passeio virtual pelos cenários do Rio de Janeiro que inspiraram Clarice. A página conta ainda com vídeos de especialistas como o ensaísta e músico José Miguel Wisnik e da professora e pesquisadora Nádia Gotlib, autora de diversos artigos sobre a escritora e o livro “Clarice - Fotobiografia”, lançado em 2008.

— Conseguimos reunir um grande volume bibliográfico. E cada detalhe do site é assinado por um especialista. É um portal muito sério e com informações muito sólidas — fala o organizador, que considera Clarice uma das "autoras de sua vida".

Inspirado no show "A hora da estrela" que Maria Bethânia apresentou em 1984, na terça-feira será apresentado um concerto com 18 canções que têm alguma relação com a obra de Clarice.

O repertório tocado por Jussara Silveira (voz), Bebê Kramer (acordeom), Marcelo Costa (percussão) e Muri Costa (violão) vai de canções clássicas de Chico Buarque e Caetano Veloso a músicas contemporâneas como "Invejoso", de Arnaldo Antunes. O recital, que acontece no IMS, às 20h, vai ser intercalado com a narração do ator João Miguel de textos da escritora.

Sucesso no Facebook, 'Dilma Bolada' vai lançar um blog

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RIO - A rotina de Jeferson Monteiro poderia ser como a de qualquer estudante: o rapaz de 22 anos, morador de Mesquita, acorda cedo, vai para o estágio, no Rio, e corre para a Universidade Rural, em Seropédica, onde cursa Administração. Entre as viagens, fica de olho no Twitter e no Facebook. A diferença é que, quando está online, Jef, como gosta de ser chamado, “transforma-se” na terceira mulher mais poderosa do mundo. É ele quem assina os fakes de Dilma Rousseff no Twitter (@DiIma) e e no Facebook, na página Dilma Bolada.

Com o perfil ativo há mais de um ano, Jef conta nesta segunda-feira no YouPix (evento de internet que no rola nos dias 10 e 11 de dezembro no Centro Cultural Ação da Cidadania) como faz para manter a piada viva por tanto tempo. Embora diga não planejar muito na hora de escrever, o estudante acredita que ficar de olho na agenda da presidente faz a diferença na hora de agradar os 132 mil seguidores da sua página no Facebook.

- O que rende muito são comentários de coisas bem atuais. Recentemente, teve o veto dos royalties. Foi um dos textos mais bem aceitos, por incrível que pareça - conta Jef, que todo dia de manhã acessa o Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br), canal oficial de comunicação da presidente, para saber o que a Dilma de verdade está fazendo. É de lá também que ele costuma tirar as fotos que ilustram o perfil.

Apesar de tirar tudo de fontes oficiais, Jef diz que jamais foi procurado por alguém do governo, mesmo que seja seguido por servidores públicos e políticos. O jovem, que não revela em quem votou em 2010, sabe que a página fez muita gente ver a presidente com mais simpatia. Na internet, Dilma é bem-humorada e um tanto convencida. Autointitulada “Rainha das Américas”, a Dilma Bolada tem como diversão implicar com a mulher do vice-presidente, Marcela Temer, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Embora o fake deixe bem claro que é uma sátira (“se você não sabe o que é uma sátira, pega o número da fila do Bolsa Escola”, avisa a página), muita gente ainda confunde a personagem com a Dilma de verdade – no dia desta entrevista, por exemplo, Jef havia acabado de receber um e-mail de uma moradora de Niterói, que pedia ajuda para comprar medicamentos.

- As pessoas passaram a associar a Dilma Rousseff à Dilma Bolada, esse lado mais descontraído dela – diz Jef, que não esconde a admiração pela presidente: - A Dilma surpreendeu muita gente, ela me surpreendeu. Muita gente temia a chegada dela. Mas eu acredito que hoje, com a primazia que ela tá realizando o governo, as pessoas estão gostando do governo.

Com a aprovação da página tão em alta quando os índices de popularidade da presidente, Jef já pensa em lançar um blog para o fim deste ano ou o começo de ano que vem. O site deve servir como um arquivo para os textos da Dilma Bolada no Facebook, que às vezes são bem longos. Além disso, o jovem acredita que será uma oportunidade para lucrar um pouquinho.

- Eu nunca fiz propaganda no Facebook, porque é contra as regras da rede social. Com relação a monetizar, gerar lucro desse quase trabalho, entra a questão do blog, onde você pode colocar propagandas.

Sem saber se a página deve durar até as próximas eleições ou não, o jovem pelo menos já sabe que a Bolada mudou o rumo da sua vida. Foi graças a ela que ele conseguiu um estágio em uma produtora, onde trabalha com redes sociais.

- Eu acho que a mudança na minha vida é justamente essa, descobrir que eu tenho esse talento pra escrever, pro humor. Cada dia que passa eu enxergo de forma diferente. Ainda vejo como uma brincadeira, mas hoje com mais responsabilidade, eu tenho que entender mais sobre política. É tudo muito louco – resume.

Lady Gaga, Bruce Springsteen e Black Keys participam de show dos Rolling Stones nos EUA

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RIO - Os ingleses que viram os shows dos Rolling Stones na O2 Arena, em Londres, presenciaram as participações de Eric Clapton e Florence Welch. No último sábado, aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos, a segunda parte da miniturnê em comemoração pelos 50 anos do nascimento da banda. E no próximo eles desembarcam em Newark para dar sequência à série de concertos. Para a ocasião, eles convidaram Lady Gaga, Bruce Springsteen e Black Keys.

Mick Jagger e companhia publicaram no Twitter, nesta segunda-feira, uma mensagem em português sobre o show que terá transmissão via internet:

@RollingStones Veja #OneMoreShot: Os @RollingStones AO VIVO Sábado, 15 dezembro às 00h exclusivamente no Multishow! Veja como assistir http://www.rollingstones.com/watch/

Os Stones estrearam a turnê em Londres com duas apresentações em novembro. O segundo show contou com a participação de Bill Wyman, ex-integrante da banda, que tocou baixo em "It's only rock'n'roll" e "Honky tonk woman". O ex-guitarrista Mick Taylor também subiu ao palco em "Midnight rambler".

Show em benefício das vítimas da tempestade Sandy será o evento musical mais transmitido da história

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RIO - Aproximadamente 2 bilhões de pessoas em mais de 190 países vão ter a chance de assistir ao concerto em benefício das vítimas da tempestade Sandy. Na próxima quarta-feira, artistas e bandas como Paul McCartney, Rolling Stones e Bruce Springsteen vão subir ao palco ao lado de personalidades como Quentin Tarantino, Kristen Stewart e Leonardo diCaprio para arrecadar fundos e ajudar os desabrigados por causa da tempestade, que deixou Nova York alagada e sem luz em outubro. A audiência global pode fazer do show um dos eventos mais assistidos da história como o Super Bowl ou a cerimônia de entrega do Oscar.

Batizado de "12-12-12", o show vai estar disponível para 114 milhões de casas americanas, além de outras 400 milhões espalhadas pelos cinco continentes. Portais e serviços como YouTube, AOL, Yahoo, Hulu também transmitirão o evento ao vivo - a tranmissão do áudio fica por conta da Clear Channel Media and Entertainment, que tem 239 milhões de ouvintes por mês. As informações são do "Hollywood Reporter".

"Temos orgulho de poder dizer que esse concerto já está batendo recordes ao assegurar distribuição total ao redor do mundo", orgulham-se os produtores do show, que será realizado no Madison Square Garden. "A distribuição massiva significa que o concerto estará disponível para quase todas as pessoas do planeta que tenham uma televisão, um aparelho de rádio, um computador, tablet, smartphone ou outro dispositivo conectado à internet", completam.


‘Xingu’, de Cao Hamburguer, vira microssérie em quatro episódios

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RIO - Dirigido por Cao Hamburguer, o filme “Xingu” chega à televisão a partir do dia 25 de dezembro em formato de microssérie, em quatro episódios, antes do “Jornal da Globo”. O enredo narra a trajetória real de Cláudio (João Miguel), Orlando (Felipe Camargo) e Leonardo (Caio Blat), os irmãos Villas-Bôas. Parte da equipe da expedição Roncador-Xingu que, na época do governo Getúlio Vargas, pretendia explorar locais ainda desconhecidos do Brasil, os três se apaixonaram pela cultura indígena e foram responsáveis por preservar a cultura de diversas tribos com a criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961.

— Os irmãos Villas Bôas são alguns dos maiores heróis brasileiros e, ao mesmo tempo, os mais anônimos. A grande importância dessa adaptação é essa história estar disponível a uma quantidade de gente muito maior na televisão. Na TV, ela ganha um significado político e ideológico enorme — explicou o diretor de núcleo Guel Arraes, durante o evento de lançamento da microssérie para a imprensa, na manhã desta segunda-feira.

O diretor Cao Hamburguer conta que o auxílio de Guel foi fundamental para transformar o filme em um produto para a televisão. Além de cenas extras, a nova produção ganhou uma narração em off feita pelo ator João Miguel.

— Incluímos mais algumas cenas que haviam ficado de fora e retrabalhamos o conteúdo para deixar o ritmo um pouco mais acelerado. Fizemos um trabalho de edição que deixou a série com cara de TV de boa qualidade, gostosa de assistir na tela pequena — conta Cao.

O diretor e os atores contaram ainda sobre a experiência de preparação para o filme que, segundo Cao, começou 3 anos antes das gravações, com o processo de pesquisa. Para os atores, a convivência com os índios — que atuam no filme — ajudou muito a entender o processo pelo qual passaram os irmãos Villas-Bôas.

— Com a ajuda dos índios, entendemos melhor a trajetória dos irmãos. Moramos nas casas junto com eles, passamos semanas dentro da mata, aprendendo a fazer o que eles faziam. Para os índios, a atuação tem um outro sentido. Eles não estavam ali interpretando, e sim contando sua própria história. Talvez tenha sido a experiência cinematográfica mais forte que eu tive, principalmente pela responsabilidade de interpretar esses caras — relembra o ator João Miguel.

Caio Blat contou que várias das tribos com que a equipe trabalhou no Xingu têm acesso a internet e que ainda mantém contato com alguns deles.

— O gerador deles fica ligado apenas duas horas por dia. Às vezes, estou na internet e dá para perceber que eles ligaram o gerador: começam a pipocar vários índios em janelas no Facebook falando “Oi, Caio” — disse o ator.

Êxito de musicais faz de Hamburgo a Broadway europeia

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RIO - Uma montagem do “Fausto”, de Goethe, com oito horas de duração, deve ser o grande sucesso da intelectualidade no grande teatro Thalia. Mas é um espetáculo de natureza absolutamente diferente — o musical da Disney “Tarzan” — que melhor explica por que Hamburgo se tornou um daqueles casos raros no mundo teatral: um lucrativo centro para musicais, fora dos dois maiores mercados, Nova York e Londres.

A cidade alemã provou que pode reverter até os maiores fracassos da Broadway. Quando encerrou temporada em Nova York, em 2007, depois de 14 meses em cartaz, “Tarzan” tinha acumulado um prejuízo de cerca de US$ 12 milhões. Ligeiramente remodelado, ele vem sendo encenado há cinco anos seguidos em Hamburgo e se tornou a mais bem-sucedida versão desse musical no mundo, com uma renda estimada em US$ 224 milhões.

Conhecida em alguns círculos teatrais como a Broadway da Europa, Hamburgo transformou musicais americanos em atrações turísticas. Por exemplo: muitos dos que vão assistir a outro musical da Disney, “O Rei Leão”, têm que cruzar o rio Elba num passeio de barco de cinco minutos para chegar ao resplandescente teatro em forma de tenda. E o musical com o terceiro maior orçamento na cidade é “Rocky”, que leva para os palcos mais um famoso filme americano.

A ascensão de Hamburgo ao posto de importante eixo para musicais — e de cidade mais importante para os produtores nova-iorquinos do que capitais como Berlim, Paris e Roma — surpreendentemente pouco tem a ver com os custos dos salários de elenco e equipe, da produção ou do aluguel dos teatros. O que artistas e produtores dizem é que a razão está no enorme apetite do público alemão por musicais — e que foi alimentado ao longo de 25 anos, por outdoors e anúncios de TV em todo o país, para fazer de Hamburgo a casa dos musicais em estilo Broadway.

Mas a revolução cultural na cidade tem dividido opiniões.

— É bom ter esses musicais como forma de atrair visitantes, mas temo que eles não estejam produzindo nada de culturalmente significativo — disse Barbara Kisseler, membro do Senado de Hamburgo, principal órgão do governamental da cidade, que fiscaliza o orçamento cultural.

Novo vilão de ‘Homem de Ferro 3’ é chamado de Sean Connery chinês

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RIO - Começa nesta segunda-feira a fase final de filmagens de "Homem de Ferro 3" instaladas em Pequim. E, de acordo com o site Deadline, o vilão Dr. Wu acaba de ser escolhido: será interpretado por Wang Xuequi, chamado de Sean Connery da China.

Aos 64 anos e com uma carreira de mais de 25 no cinema chinês, Xuequi é tratado como um artista veterano e de prestígio na Ásia. Recentemente, ele esteve em filmes premiados como "Forever enthralled" (2008) e "Bodyguards and assassins" (2009). Sua escalação, porém, foi confirmada de última hora, segundo a publicação.

O chinês travará uma batalha com o personagem de Robert Downey Jr. e contracenará ainda com Gwyneth Paltrow, Guy Pearce, entre outros. A direção do terceiro filme do herói fica a cargo de Shane Black.

A maior parte do filme já está pronta. Os produtores deixaram apenas a parte da capital chinesa por último. A sequência será lançada em maio de 2013 no Brasil e mostrará o embate de Tony Stark contra O Mandarim (Ben Kingsley).

Casal faz vídeo para comunicar separação aos amigos, e clipe vira hit

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RIO - Em vez de contar para cada amigo que o namoro havia acabado ou apenas mudar o status de relacionamento no Facebook, um casal americano resolveu fazer um vídeo comunicando o término e postá-lo no YouTube. Mas o vídeo “We’ve got to break up” (“Nós temos que terminar”) não é comum: ele é o clipe muito cool de uma música grudenta composta pelo músico Jonathan Mann, a metade masculina do ex-casal.

No videoclipe, que também conta com a participação da ex-namorada, Ivory King, os dois jovens recém-separados aparecem cantando versos auto-explicativos. Enquanto Jonathan começa a canção dizendo “I want to have kids” (“Eu quero ter filhos”), Ivory responde em outro verso: “And I really don't” (“E eu realmente não quero”). A óbvia conclusão vem logo depois: “So we've got to break up” (“Então nós temos que terminar”).

Em cinco dias, o vídeo já conseguiu mais de 660 mil visualizações e se tornou um viral. Tocadas com o desejo de Jonathan de ter filhos, muitas moças escreveram para o músico através das redes sociais se candidatando para o cargo de mães dos filhos dele.

“Havia uma mulher que parecia ter bastante certeza de que o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro, e escreveu: ‘Hey, venha me encontrar em Bali, e nós faremos bebês antes que o mundo acabe’. Essa foi ótima!”, contou o músico de 30 anos ao jornal “The Observer”.

A intenção da música era avisar os amigos do casal sobre o término do relacionamento de cinco anos sem transformar a notícia em uma simples mudança de status de Facebook. A composição ainda tem outros versos fofos e diretos, como “Just invite us to your parties and we’ll work it out/ Don’t feel weird, we love all of you” (“Apenas continuem nos convidando para as festas e nós vamos dar um jeito/ Não se sintam esquisitos, nós amamos todos vocês”).

Jonathan ainda comenta que, apesar das ofertas, não faz planos de chorar suas mágoas nos ombros das candidatas.

“Estou feliz com a reação das pessoas, mas isso não afeta meu sentimento. Ainda estou muito triste”, diz o compositor. “É bom saber que sua dor pode fazer outras pessoas sentirem coisas”, completa ele.

A música “We’ve got to break up” faz parte de um projeto maior de Jonathan, que escreve, grava e posta na internet uma nova canção todos os dias, desde o dia 1º de janeiro de 2009. Sendo assim, “We’ve got to break up” é a música de número 1.435. Seu trabalho pode ser acompanhado pelo Facebook ou Twitter.

Comédia romântica predomina em ‘De pernas pro ar 2’

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SÃO PAULO — Com estreia em 700 salas em 28 de dezembro, “De pernas para o ar 2” chega aos cinemas com fôlego para igualar a performance nas bilheterias do primeiro filme da franquia, recordista de público em 2011 com mais de 3,6 milhões de espectadores. Se antes a protagonista Alice, personagem de Ingrid Guimarães, estava em busca do orgasmo, agora, como uma bem-sucedida empresária, ela precisa desacelerar no trabalho para salvar seu casamento.

— Já no primeiro filme, falávamos de orgasmo de uma perspectiva familiar. No segundo, isso é ainda mais forte, porque tratamos de prazer através da descoberta de uma família — disse Ingrid em coletiva de imprensa de lançamento do filme nessa segunda-feira em São Paulo.

A atriz contou estar impressionada por ser reconhecida nas ruas graças a Alice, um personagem de cinema, não da TV.

— Mas o que mais me surpreende é a quantidade de adolescentes que viu o filme. Paro e pergunto: quem deixou vocês assistirem? Achei que ia atingir uma parcela muito limitada de público com “De pernas pro ar”. Mas não. Ginecologistas contam de senhoras perguntando sobre os brinquedinhos. Para os adolescentes, ver o filme é como entrar numa sex shop pela primeira vez.

A produtora da franquia, Mariza Leão, explicou que a comédia rasgada dá lugar à comédia romântica na sequência. Foi a forma da equipe criar um novo filme, em vez de se limitar a repetir a fórmula do primeiro.

— Foi totalmente intencional que o segundo filme fosse mais uma comédia romântica. No primeiro, Alice batalha com sua sexualidade, mas supera o problema. Partimos então de um novo plot, já presente, dela ser workholic. Preferimos correr o risco e fazer outro filme — explicou Mariza.

— Queríamos entregar ao público o que ele espera, mas com frescor — completou o diretor do longa, Rodrigo Santucci.

Com filmagens em Nova York, onde Alice e Marcela, interpretada por Maria Paula, vão iniciar a expansão internacional de sua marca, a sequência teve um orçamento de R$ 6,2 milhões, 20% a mais que o primeiro longa. O elenco maior e os direitos autorais pela trilha sonora, que inclui “Rehab” (Amy Winehouse), “Glad you came” (The Wanted) e “Moves like Jagger” (Maroon 5), também justificam o gasto maior.

— Tivemos a ambição de dar à sequência uma pegada mais cinematográfica. Não só por filmar em Nova York, mas pela direção de arte, a fotografia, um elenco maior — listou a produtora.

O spa onde Alice é internada para se tratar da compulsão pelo trabalho é a deixa para a participação de um núcleo de comediantes formado por Alice Borges, Tatá Werneck, Pia Manfroni, Luiz Miranda e Wagner Santisteban. Ingrid lembra da liberdade de improviso dada pelo diretor e os roteiristas, Marcelo Saback e Paulo Cursino.

— Só tive oportunidade de improvisar assim no teatro. Santucci algumas vezes deixava a câmera ligada, gastava filme enquanto improvisávamos. Principalmente nas cenas do spa e numa apresentação que faço para investidores estrangeiros depois de misturar calmante com bebida — conta Ingrid.

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